sexta-feira, 9 de julho de 2010

PREFEITURA PODE ABRIR CONCURSOS PARA ANESTESISTAS

Os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) de Feira de Santana há 30 dias estão sem anestesistas. Ainda não houve nenhuma reunião com o Conselho Municipal de Saúde para discutir o fato. Em entrevista, hoje (8), ao programa Acorda Cidade, o prefeito Tarcízio Pimenta afirmou que a abertura de concurso público para o cargo é a solução para o problema.
Segundo o prefeito, o número de anestesistas que se formam na especialidade é insuficiente para atender as necessidades do mercado. “Os anestesistas vão estabelecendo a vontade: determinam de que formam trabalham e quanto querem ganhar na especialidade. Isso repercute de forma mais dolorida e evidente justamente no Sistema único de Saúde.
Tarcízio ainda afirmou que os médicos anestesistas não são funcionários da prefeitura, e sim prestadores de serviços. “Esses médicos não têm vinculo empregatícios com a prefeitura. A gente paga em função do serviço prestado mediante a um contrato assinado com as unidades hospitalares”.
Através de uma carta enviada ao Acorda cidade, a Casa de Saúde Santana informou que desde o início da greve, 1.500 pacientes deixaram de ser submetidos à cirurgia, “causando um grande prejuízo a população”. “Só aqui no Hospital Casa de Saúde Santana deixamos de efetuar cerca de 391(trezentos e noventa e uma) cirurgia”, diz o diretor Ângelo Mário de Carvalho. Ainda de acordo com a carta, o diretor cita um fato considerado grave na visão dele: “... me sensibilizou a vinda aqui de um senhor portador de câncer de próstata, morador de Bonfim de Feira, urinando sangue, necessitando de uma cirurgia imediata”.
Segundo o diretor, há necessidade de uma intermediação entre a prefeitura e os anestesistas. O motivo da greve da categoria é a reivindicação de 100% nos valores dos procedimentos. O prefeito retrucou, afirmando que ontem (7) teve uma reunião com o provedor da Santa Casa, com a diretoria do Don Pedro, onde foi abordada a greve dos anestesistas. “Os hospitais estão querendo jogar parcela de sua culpa na prefeitura”, diz Tárcízio.
“Mas quem tem o poder de reajustar a tabela não é a prefeitura. Eles precisam entender que a tabela é confeccionada pelo Ministério da Saúde. Então, se deve cobrar ao Ministério”, salientou o prefeito.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no portal
Acorda Cidade, no dia 08.07.2010)

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