quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O NATAL E SEU DIVINO SIGNIFICADO

A figura do Papai Noel é marcante para as crianças que acreditam
que o “bom velhinho” vai trazer o presente tão esperado

Universal, abrangente, calorosa assim é a festa de Natal, que envolve a todos. Independente do consumismo, o Natal mantém símbolos sagrados do dom, do mistério e da gratuidade. É uma das mais coloridas celebrações da humanidade, é a maior festa da cristandade, da civilização surgida do cristianismo.
“O Natal é um momento de reviver o nascimento de Jesus Cristo. Jesus Cristo divide a história, por isso que sempre falamos: antes de Cristo e depois de Cristo. Para todo cristão, Ele veio ao mundo para salvar a humanidade, por isso que nós o chamamos de salvador e redentor. Esse é o verdadeiro sentido desta data”, descreve o arcebispo Metropolitano Don Itamar Vian sobre o real significado da comemoração.
Não há quem consiga ignorar a data, por mais que conteste a importação norte-americana nos simbolismos: neve, Papai Noel vestido com roupa de lã e botas, castanhas, trenós, renas. Até os antinatalinos acabam cedendo às celebrações e dão um presentinho. Uma estrelinha de Belém na porta de casa, uma luzinha, um mimo para marcar a celebração da vida, que é o autêntico sentido da festa.

ORIGEM DO NATAL
As comemorações festivas do ciclo natalino vêm da distante Idade Média, quando a Igreja Católica introduziu o Natal em substituição a uma festa mais antiga do Império Romano, a festa do deus Mitra, que anunciava a volta do Sol em pleno inverno do Hemisfério Norte. A adoração a Mitra, divindade persa que se aliou ao sol para obter calor e luz em benefício das plantas, foi introduzida em Roma no último século antes de Cristo, tornando-se uma das religiões mais populares do Império.
A data conhecida pelos primeiros cristãos foi fixada pelo Papa Júlio I para o nascimento de Jesus Cristo como uma forma de atrair o interesse da população. Pouco a pouco, o sentido cristão modelou e reinterpretou o Natal na forma e intenção. Conta a Bíblia que um anjo anunciou para Maria que ela daria a luz a Jesus, o filho de Deus. Na véspera do nascimento, o casal viajou de Nazaré para Belém, chegando na noite de Natal. Como não encontraram lugar para dormir, eles tiveram de ficar no estábulo de uma estalagem. E ali mesmo, entre bois e cabras, Jesus nasceu, foi enrolado em panos e deitado em uma manjedoura.
Pastores que estavam próximos com seus rebanhos foram avisados por um anjo e visitaram o bebê. Três reis magos que viajavam há dias seguindo a estrela guia, igualmente, encontraram o lugar e ofereceram presentes ao menino: ouro, mirra e incenso. No retorno, espalharam a notícia de que havia nascido o filho de Deus.

“DESRESPEITO COM A DATA”
Apesar de o Natal manter símbolos sagrados do dom, do mistério e da gratuidade, o arcebispo metropolitano de Feira de Santana, Dom Itamar Vian, lamenta desvalorização do real significado do festejo: o nascimento do menino Jesus. Segundo ele, o consumismo, representada pela a figura do Papai Noel, domina a data religiosa.
Para o arcebispo, hoje, existe um “desrespeito com essa data”. “Há grupos que se mobilizam para que o feriado de natal deixe de existir, isso, particularmente, em outros países, como os Estados Unidos”, conta Don Itamar, que salienta: “Esse dado revela que há pessoas com grande desejo de retirar datas religiosas do calendário. Atrás dessas manifestações, percebe-se que alguns não valorizam mais a data significativa da história do nascimento do salvador”.
A figura do Papai Noel é marcante, principalmente, para as crianças que acreditam que o “bom velhinho” vai trazer o presente tão esperado. O arcebispo comenta sobre a influência da imagem do Papai Noel no consumismo nessa época do ano. “Há hoje uma preocupação muito grande de falar mais em Papai Noel que em Jesus Cristo. O comércio explora muito a figura do Papai Noel e, assim, Jesus, praticamente, desaparece da vida das crianças, dos jovens e da sociedade em geral”, diz.
Don Itamar relembra como a data era celebrada antigamente: “Antes, falava-se que quem trazia presentes para as crianças era o menino Jesus. E as crianças imaginavam que realmente ele iria trazer o presente, e cultivava essa dimensão religiosa. Hoje, é muito difícil encontrar uma família onde a criança diga que quem traz o presente é o menino Jesus. Todas elas são levadas, pelo comércio, a acreditar que quem traz os presentes é o papai Noel, uma figura pagã”.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 20.12.2009)

CELEBRAÇÃO DA TRADICIONAL MISSA DO GALO



O arcebispo Dom Itamar Vian celebra
a Missa do Galo na catedral
metropolitana, às 20 horas




A Missa do Galo será realizada em 37 paróquias da arquidiocese. Em Feira de Santana, cada uma estabelece horários próprios, diferentemente do costume de celebrá-la depois do jantar da véspera de Natal, à meia noite de 24 para 25 de dezembro, a celebração da Missa do Galo pelas igrejas cristãs, hoje, acontece em horários mais acessíveis aos fiéis. Na catedral metropolitana, a missa será iniciada às 20 horas.
Segundo arcebispo metropolitano Dom Itamar Vian, a mudança foi a pedido dos fiéis. “Antigamente, a missa do galo era celebrada à meia noite. Mas, devido à situação de violência que a cidade está vivendo, os fiéis pediram a antecipação da Missa. Julgamos procedente esse pedido. Então, dia 24, Vigília da grande festa de Natal, será realizada a celebração”, esclarece o religioso.
De acordo com a tradição, a Missa celebrada na véspera do Natal é denominada Missa do Galo. Este é o nome dado à celebração da Eucaristia que deve acontecer à meia-noite do dia 24 de dezembro, isto é, na véspera de Natal. A Missa foi instituída pelo Papa São Telesforo, no ano 143.
Desde o século IV um hino latino cantado na cerimônia do Natal aponta o nascimento do Cristo no meio da noite. Daí o costume de assumir a meia-noite como hora do nascimento de Jesus.
A comunidade cristã de Jerusalém ia em peregrinação a Belém para participar da Missa do Natal, na primeira vigília da noite dos judeus, na hora do primeiro canto do galo. Anteriormente, no dia 25 de dezembro, as festividades eram pagãs, pois que nesta data celebrava-se o Deus do Sol. O Imperador romano Constantino era cristão e instituiu a Festa de Natal neste dia. Em Roma, a celebração da Missa do Galo acontece desde o século V na Basílica de Santa Maria Maior.
Segundo alguns religiosos, o nome "Missa do Galo" teve origem no fato de Jesus ser considerado o sol nascente que veio nos visitar. Só a Missa do Galo e a Missa de Páscoa são celebradas à meia noite, pois nelas há o sentido de procurar a luz no meio da noite.
O galo era considerado uma ave sagrada no antigo Império Romano. O animal passou a simbolizar vigilância, fidelidade e testemunho cristão. A igreja explica que esta ave é a primeira a ver os raios de sol e, portanto, ao reverenciar o sol nascente, o galo estaria louvando, primeiramente, a Jesus Cristo. Ele lembra que as Igrejas mais antigas têm um galo em seus campanários, como o caso da Irmandade Nossa Senhora da Glória do Outeiro, na Glória, e da Ordem Terceira São Francisco de Paula, no Largo de São Francisco.

MISSA NO PRESÍDIO
Na última sexta-feira (18), o arcebispo Metropolitano dom Itamar Vian, celebrou a Missa de Natal no Presídio Regional de Feira de Santana. A missa, que é organizada pela Pastoral Carcerária da Arquidiocese, desenvolve um trabalho permanente junto aos presos e suas famílias. “A formação humana religiosa dos presos muito contribui para que eles possam reintegrar-se na família e na sociedade”, diz dom Itamar Vian.


Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 20.12.2009)

MAGIA DOS SÍMBOLOS NATALINOS


O presépio já tem uma história
de mais de sete séculos


O Natal é uma festa rica em símbolos, não muito diferente de outros festejos que possuem, também, imagens que falam por si. Mas, talvez estejamos tão acostumados a estes símbolos que nem são mais percebidos e acabamos não lhes dando a devida importância. O FOLHA DO ESTADO, com ajuda do arcebispo dom Itamar Viam, destacou os principais símbolos e seu significados. Confira:
Coroa do advento - Aparece no início do advento, anunciando o tempo de Natal. É uma guirlanda verde, sinal de esperança e vida. A fita vermelha que a envolve simboliza o amor de Deus com todos. Nela aparecem quatro velas, correspondendo aos quatro domingo do advento. Estas velas acesas, uma a cada domingo, simbolizam alegria pelo Deus que vem;
Árvore de Natal – A árvore utilizada é o pinheiro, pela sua capacidade de manter-se verde mesmo durante as estações mais adversas, nunca perdendo as folhas. A árvore, símbolo da vida, é enfeitada para acolher a verdadeira vida: Jesus Cristo. Com a árvore de Natal manifestamos a Jesus nossa alegria pela vida. Essa tradição surgiu na Alemanha, no século 16. As famílias germânicas enfeitavam suas árvores com papel colorido, frutas e doces. Somente no século 19, com a vinda dos imigrantes à América, é que o costume espalhou-se pelo mundo;
Sinos - Os sinos anunciam mensagens. O nascimento de Jesus é a boa notícia que o povo esperava. O toque dos sinos representa a alegria pelo fato de Jesus esta entre todos;
Bolas coloridas – Elas enfeitam a árvore de Natal, significando os dons maravilhosos que Jesus trouxe. São as boas ações dos seguidores e seguidoras de Jesus: perdão, partilha, verdade, oração, fé, esperança, justiça, solidariedade, compreensão e diálogo;
Presentes de Natal – O presente que oferecemos a alguém significa que se tem amizade por esta pessoa. No presente, que é um gesto de doação, nos incluímos no dom ofertado. No Natal, o presente quer expressar a alegria pelo nascimento de Jesus. “Deus deu o maior de todos os presentes: Jesus”, diz o arcebispo;
Estrela de Natal - “O evangelista Matheus, ao narrar o nascimento de Jesus, diz que os magos vieram do Oriente para adorar Jesus e foram guiados por uma estela (Mt 2,2.9). Assim como a estrela ilumina a noite , Jesus é a luz que vem nos visitar”, conta o religioso. As quatro pontas da estrela estão a nos dizer que todos os povos do norte, sul, leste e oeste vêm adorar Jesus. “Nós precisamos ser uma estrela de fé, de esperança”, salienta Don Itamar;
Velas - Representam a boa vontade. No passado europeu, apareciam nas janelas indicando que os moradores estavam receptivos;
Presépio – “O presépio é um elemento bastante significativo para o Natal dos cristãos. Nessa época, algumas famílias montam seu próprio presépio ou, pelo menos, pode admirá-lo na igreja da comunidade, geralmente em tamanho maior”, diz o arcebispo. O presépio já tem uma história de mais de sete séculos. Foi durante a missa de Natal, em Greccio, na Itália, que São Francisco de Assis decidiu representar o nascimento de Jesus, para que todos pudessem compreender melhor a mensagem de Deus.
Conta-se que São Francisco organizou tudo exatamente como aconteceu no dia em que Jesus nasceu. “Numa gruta, ele armou a manjedoura com palha e feno, chamou algumas pessoas para representar Maria, José, os reis magos e os pastores e, ainda, colocou um burro e um boi dentro da gruta. A missa foi celebrada por um sacerdote”, conta Don Itamar Vian. Segundo conta a história, muitas pessoas compareceram ao local com velas acesas.
Atualmente, em cada lugar, a montagem de presépio é adequada às expressões culturais e ao folclore dos respectivos povos;
Cartões - Surgiram na Inglaterra em 1843, criados por John C. Horsley que o deu a Henry Cole, amigo que sugeriu fazer cartas rápidas para felicitar conjuntamente os familiares;
Comidas típicas - O simbolismo que o alimento tem na mesa vem das sociedades antigas que passavam fome e encontrava na carne, o mais importante prato, uma forma de reverenciar a Deus.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 20.12.2009)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

PREVENÇÃO É O MELHOR CAMINHO CONTRA AS DOENÇAS DE PELE

Enquanto a luz solar é necessária para a síntese de vitamina D, a exposição excessiva pode danificar seriamente a pele. Dano solar surge inicialmente na forma de sardas, seguidas por aspereza, manchas, rugas e câncer, um dos mais frequentes. A pele protege nosso organismo contra a radiação, os agentes químicos e infecciosos. Por isso, merece cuidados especiais no verão, época em que a incidência dos raios solares na pele é maior.
Ao contrário do que se pensava, há alguns anos, grande parte das alterações que encontramos na nossa pele, especialmente após os 30 anos, não é decorrente do aumento da idade e sim da exposição ao sol durante toda a nossa vida. Queimadura solar, insolação, mais os danos crônicos: fotoenvelhecimento (termo usado atualmente para caracterizar as alterações causadas pelo sol em nossa pele), que são rugas, manchas marrons, aspereza, telangiectasias (pequenos vasos na superfície da pele), cor amarelada da pele e o câncer são as consequencias que a exposição ao sol pode promover, segundo a dermatologista Rivana Almeida (foto).
Segundo Rivana, “quanto mais queimaduras solar se adquire na infância, maiores são as chances da pele, no futuro, desenvolver um melanoma. Então, para prevenir, é necessária a utilização de filtro solar desde criança – a partir dos seis meses de idade, já está liberado o uso de protetor solar infantil e cuidados físicos, como chapéu, sombreiro, roupas com filtro solar, proteção UVB”.
A especialista diz desconhecer a existência de outro produto que substitua o filtro solar. “Para fotoproteção, só existe o protetor solar. Existem produtos que podem funcionar como filtro físico, que causa o mesmo efeito que a roupa, mas isso não vai ser o mel nem muito menos a coca-cola, como muita gente pensa”, esclarece Rivana.


CÂNCER DE PELE
De acordo com a dermatologista, os tipos de câncer de pele são divididos em dois grandes grupos, o melanoma e o não melanoma. O melanoma é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. Embora só represente 4% dos tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais grave, devido à alta probabilidade de metástase (quando o câncer ‘espalha-se’ para outras regiões do corpo).
Os não melanomas, Rivana explica, são os mais comuns. “São cânceres que não se espalha pelo corpo (metástase), e são do tipo que a cirurgia é curativa na maioria dos casos. Diferente do melanoma, que vem com mais agressividade, por isso é o que mais preocupa”, define a médica.
“O câncer de pele é um dos mais comuns, mas é um dos mais tratáveis”, afirma a dermatologista. Segundo ela, o tratamento do câncer de pele depende do seu tipo e de sua localização no corpo. Entretanto, independentemente do tipo de tratamento que seja oferecido, o paciente é enfaticamente aconselhado a diminuir drasticamente qualquer futura exposição ao sol.
O fato de o indivíduo ter desenvolvido um câncer de pele significa que outras regiões de seu corpo também correm risco de terem sido lesadas pela luz solar e estejam igualmente vulneráveis para instalação de outros processos cancerosos, principalmente se você continuar a se expor ao sol.
“Uma vez, uma paciente me falou ‘eu usei o filtro solar, mas não surtiu efeito’. Na verdade, o efeito do filtro você vai ver daqui a 20, 30, 40 anos. O filtro é prevenção. Eu costumo dizer que o resto, as outras medicações para manchas e envelhecimento, ou para tratamento do câncer de pele, é correr atrás do prejuízo. Quem previne tudo isso aí é o filtro solar”, detalha a dermatologista.
De acordo com Rivana, a cor da pele não influencia na eficiência do protetor solar. “Seja qual for a cor da pele, deve-se repetir várias vezes a aplicação do protetor solar durante o dia. E os filtros mais altos, a gente vai usar de acordo se a pessoa tem alguma doença ou não. Vai por indicação médica e não necessariamente por conta da cor”, explica a dermatologista, que ainda salienta: “Claro que, para peles muito claras, quanto mais proteção, melhor”.

O PODER DO PROTETOR SOLAR
CONTRA PROBLEMAS DA PELE
A pele deve ter um tratamento diário com o protetor solar

As nossas atividades diárias contribuem com aproximadamente 80% da nossa exposição solar total. Os filtros (ou protetores) solares são substâncias que, quando aplicadas sobre a pele, protegem-na contra a ação dos raios ultravioleta (UV) do sol. Os filtros solares podem ser químicos (absorvem os raios UV) ou físicos (refletem os raios UV). É comum a associação de filtros químicos e físicos para se obter um filtro solar de FPS mais alto.
FPS significa Fator de Proteção Solar. Segundo a dermatologista Rivana Almeida, isso quer dizer “quanto tempo você pode se expor ao sol sem que sua pele fique vermelha”. Todo filtro solar tem um número que determina o seu FPS, que pode variar de 2 a 60 (até agora, nos produtos comercializados no Brasil). O FPS mede a proteção contra os raios UVB, responsáveis pela queimadura solar, mas não medem a proteção contra os raios UVA.
O filtro solar com FPS 15 bloqueia a maior parte dos raios UV e o aumento do FPS aumenta pouco o bloqueio desses raios. No entanto, o tempo em que o filtro solar continuará a absorver os raios UV será maior quanto maior for o FPS, diminuindo a frequência da reaplicação. “A partir do FPS 15 nós já temos uma proteção alta contra o sol. Não é como muita gente pensa, que o 15 protege a metade do 30, que o 30 protege a metade do 60. Você não aumenta proporcional a isso. O FPS significa quanto tempo você pode ficar exposto ao sol sem a pele ficar vermelha”, explica Rivana Almeida.
Toda essa exposição solar ocorre especialmente no nosso dia a dia: no carro, nas caminhadas na hora do almoço, durante a prática de esportes. A dermatologista salienta que é preciso repetir várias vezes ao dia a aplicação do filtro solar. “A gente precisa repetir e aplicar bem o protetor. Não colocar uma camada fininha, pois isso reduz o fator de proteção que está sendo aplicado na pele”, esclarece Rivana.

ESCOLHA DO POTETOR
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) não reconhece a avaliação sobre protetores solares da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste). Ao testar os 10 principais produtos vendidos no país, a pesquisa concluiu que cinco não são resistentes à luz e perdem o poder de proteção aos raios UVB após uma hora de sol.
"Não temos uma posição formada sobre os resultados apresentados, pois desconhecemos a metodologia de avaliação. Temos uma série de questionamentos sobre os métodos empregados e tememos que o resultado desestimule o uso do protetor solar", diz a dermatologista.
Segundo a dermatologista, o filtro solar deve proteger a pele evitando o dano causado pela radiação solar. “Se o filtro que você utiliza permite que sua pele fique vermelha após a exposição ao sol, isto é sinal de que a proteção não está sendo eficaz. Neste caso, você deve aumentar o FPS ou então reaplicar o filtro solar com um intervalo menor”, explica.
O fator mínimo para uma proteção adequada é o FPS 15, aplicando o filtro generosamente, sempre 20 ou 30 minutos antes de se expor ao sol e reaplicá-lo a cada 2 horas. Entretanto, como o FPS é determinado em laboratórios, sob condições especiais, os especialistas recomendam dar uma margem de segurança, usando sempre um filtro solar com FPS igual ou maior que 30.
“Ao contrário do que se pensa, os cuidados com a pele no verão precisam ser diários, mesmo quando não estamos na praia ou na piscina”, salienta a dermatologista. Segundo ela “a proteção solar é importante, já que evita o envelhecimento precoce, câncer de pele e queimaduras. Cuidados como a hidratação e limpeza da pele também são indispensáveis”, finaliza.
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Entenda seu filtro solar

A linguagem utilizada nos rótulos dos filtros solares muitas vezes deixa o consumidor confuso na hora da compra. Aprenda o que significam os termos mais frequentes e escolha aqueles mais indicados ao seu tipo de pele:

•Anti UVA e UVB: filtros que protegem contra os raios ultravioleta A e ultravioleta B.
•Hipoalergênico: utiliza substâncias que geralmente não provocam alergias.
•Livre de PABA ou "PABA Free": filtros que não contém a substância PABA, que tem alto poder de causar alergias.
•Livre de óleo ou "oil free": filtros cujos veículos não contêm substâncias oleosas. São os mais indicados para pessoas de pele oleosa ou com tendência à formação de cravos e espinhas.
•Não-comedogênico: filtros que não obstruem os poros, evitando assim a formação de cravos. São também indicados para pessoas de pele oleosa e com tendência à formação de cravos e espinhas.

Dica da especialista: Filtro solar que protege não deixa queimar. Filtro solar que deixa queimar não protege.
Por Williany Brito
(Matérias publicadas no Jornal Folha do Estado, no dia 13.12.2009)

NOVAS TECNOLOGIAS SUBSTITUEM A TRADICIONAL CARTA

Jovens preferem a ferramenta internet para se comunicar,
e confessam nunca ter escrito uma carta

Está chegando o final do ano. É época de enviar cartas. Cartas? Há tempos que muita gente não sabe o que é enviar e receber uma correspondência desse tipo pelo correio. Em tempo de internet, mensagens por celular, preços altos para envio de correspondências e encomendas via Correios, as pessoas foram deixando de usar o serviço e adotando cada vez mais as altas tecnologias, que, por sinal, vem inovando a cada dia.
O software de correio eletrônico surgiu em 1972 com o objetivo de auxiliar a comunicação e a troca de informações entre as pessoas. Anteriormente ao surgimento do correio eletrônico, os documentos e mensagens eram distribuídos de maneira menos ágil, comparando-se com o trabalho realizado pelos correios ou por outros meios tradicionais. Para quem escrevia, era angustiante a espera de resposta da mensagem enviada há dias.
Com o crescimento do webmail surgiram várias empresas que fornecem este serviço, gratuitamente ou não. Internacionalmente destacou-se a Hotmail, no Brasil a BOL, Yahoo! Mail e Zipmail e em Portugal a SAPO e Portugalmail. Nos dias de hoje, o serviço do Google, Gmail, tem também ganhado grande destaque; algumas das suas novas funcionalidades têm marcado uma evolução no estilo de webmail.
“Na nossa geração é muito difícil alguém escrever carta, pois a tecnologia oferece ferramentas muito mais ágeis. Hoje, nós precisamos ter respostas imediatas, e com a carta isso é impossível”, diz o estudante Egberto Siqueira (23), que cita o e-mail e o telefone como os principais meios de comunicação utilizados por ele, amigos e parentes. “Para desejar um feliz natal a amigos e familiares que moram distante, nada melhor e mais rápido que uma mensagem de texto pelo celular ou falar por telefone” diz Egberto.
A estudante Leidna Santos (26) concorda com o amigo quanto à vantagem dos meios eletrônicos na hora de se comunicar com amigos e familiares. Para ela, seria quase impossível falar com a irmã que atualmente mora em Cuba. “Nunca enviei cartas pelo correio e também nunca respondi as que recebi até hoje. Com os avanços da tecnologia é inviável o uso de cartas. A velocidade é incomparável, principalmente na hora de se comunicar com a minha irmã, que mora tão longe”, afirma a estudante.



TRADIÇÃO SOBREVIVE ÀS MODERNAS TECNOLOGIAS


Mesmo com o advento das tecnologias, a missionária Maria Neusa Alves Pereira (foto), de 69 anos, ainda escreve cartas, e confessa sua paixão na hora de redigi-las e conta que fica bastante ansiosa a espera da resposta.
“Adoro escrever e receber cartas. Nelas posso dizer tudo que quero e da forma que gosto. Por telefone, tenho que falar rápido por conta do custo que é bem alto”, diz Maria, que confessa ficar chateada quando a resposta da carta enviada há dias não chega. Segundo ela, a última cata escrita foi a 15 dias para uma amiga que reside em Goiás.
Questionada sobre o uso do computador, ela afirma que nunca teve interesse de aprender a usar e que pessoas da família utilizam dessa tecnologia, mas a grande paixão é mesmo pelas cartas. “Meus sobrinhos têm computador, mas nunca quis aprender a usá-lo. Prefiro o modo convencional”, finaliza Maria Neusa.


Por Williany Brito
(Matérias publicadas no Jornal Folha do Estado, no dia 07.12.2009)

domingo, 6 de dezembro de 2009

ADOLESCENTE ENFRENTA O DIABETES E TENTA LEVAR VIDA NORMAL

Edilene relata a força do filho Enrique diante o descobrimento da doença

Curso de inglês, educação física, andar de bicicleta e agora natação. Estas são algumas das atividades de Enrique Quidute Pinto, 12 anos, estudante do 6° ano e portador do diabetes tipo I. Entusiasmado, o garoto diz saber tudo sobre a doença: "Diabete tipo I é a que necessita de insulina para viver e a II é a que a pessoa não precisa de insulina, pois o pâncreas produz uma quantidade pequena. Já falei sobre diabetes para universitários e pessoas também com a doença”, revela orgulhoso.
O diabetes tipo 1 afeta cerca de 5% de todos os diabéticos. É conhecido também como diabetes juvenil ou diabetes insulino-dependente, pois o índice de diagnósticos do diabetes tipo 1 em crianças entre 10 e 14 anos é maior. Entretanto, pessoas de qualquer faixa etária podem desenvolver o diabetes tipo 1.
O diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente (tipo 1), que é o caso de Enrique, ou quando o corpo não pode usar efetivamente a insulina que ele produz (tipo 2). A hiperglicemia, ou o aumento do açúcar no sangue, é um efeito comum do diabetes sem controle que, com o tempo, leva a sérios danos a vários sistemas do corpo, especialmente nervos e veias. O nome "diabetes mellitus" significa "urina doce" e vem da Grécia Antiga, quando os médicos experimentavam a urina do paciente como parte do diagnóstico.

O CASO ENRIQUE
"Tudo começou quando ele tinha apenas cinco anos. Teve uma inflamação na garganta, moleza constante e a professora avisou que ele estava indo muito ao banheiro e bebendo muita água. Foi quando levamos ele ao médico e foi constatado o diabetes", contou a psicopedagoga Edilene Quidute, mãe de Enrique.
Desde então, o açúcar foi retirado de sua alimentação diária e as quantidades passaram a ser rigorosamente controladas. "Tenho ciência que preciso me cuidar. Como sempre o que posso", explica o garoto, que diz agir como qualquer outra criança. “Ando de bicicleta, brinco, estudo, faço atividades físicas. Sou igual a todo mundo”, diz o garoto sorrindo. Edilene explica que para um bom controle da doença é preciso a realização de atividade física diária e boa alimentação.

CONVIVER COM O DIABETES
O portador de diabetes tipo I, no qual o pâncreas não produz a insulina responsável pela síntese de açúcar no sangue, precisa aprender a conviver com a doença devido ao seu compromisso diário com medicamentos, restrições alimentares e atividades físicas. Tendo a ciência disso, Enrique faz tudo que é preciso, visando à estabilidade da doença e uma melhor qualidade de vida.
Ele possui uma espécie de diário onde são anotadas as aplicações de insulina e medição da glicemia. “Desde os cinco anos, é marcado tudo direitinho. Antes, era anotado pelos meus pais em um diário. Hoje, fazemos tudo no computador”, diz Enrique, que leva todo o material (medidor de exame, dois tipos de insulinas - basal e rápida - e fita) dentro de uma bolsa e faz aplicação dos dois tipos de insulinas diariamente em si mesmo. “Hoje em dia, boa parte da família, inclusive Enrique, sabe quando e como aplicar a insulina", diz a mãe de Enrique.
“Ele faz os exames dele quando necessário, seja na escola ou em qualquer outro lugar. Enrique começou a usar quando teve necessidade. Nós damos todo o suporte para ele, mas Enrique tem autonomia em tudo”, conta a mãe, orgulha.

SINAIS
Os sinais que ajudam os pais a desconfiar que o filho possa ter diabetes do tipo 1 são: sede e fome intensa, perda súbita de peso, urinar com mais frequência, cansaço e desânimo. São sintomas que, se não identificados, podem evoluir para quadro grave de desidratação e coma, com risco de morte.
A endocrinologista Ana Maira, que cuida de Enrique desde o descobrimento da doença, afirma que, em um primeiro momento, a notícia do diagnóstico do diabetes em uma criança tende a ser um choque para a família. “Trata-se de uma doença que não tem cura, assim, o médico dará o diagnóstico de uma doença que a pessoa terá que conviver pelo resto da vida. Por isso, a família tem um papel fundamental no descobrimento da doença”, comenta.


APOIO FAMILIAR É FUNDAMENTAL PARA PACIENTES DIABÉTICOS

“Nossa vida depois de 18 de julho de 2002 mudou. Diminuí toda minha carga horária e tive que trancar a universidade durante seis meses. Durante esse tempo, vivi exclusivamente para conhecer o diabetes. Dormia e acordava pensando na doença. Nós, eu e Ricardo (seu esposo), estudávamos sobre o assunto para saber o que, de fato, estava acontecendo e o que poderia vir acontecer com Enrique”, esse é o relato da mãe de Enrique, Edilene Quidute, sobre as mudanças sofridas após a descoberta da doença.
Segundo ela, a família fica desestruturada, pois tudo é novidade na vida de todos. “No início, claro, tudo é desesperador. Percebi que não poderia entrar em pânico, pois sabia que meu filho precisava de mim. Eu e meu marido sustentamos o sofrimento de toda a família. Então, a gente sabe que abala uma família inteira”, conta Edilene.
Toda rotina da família mudou. A mãe de Enrique conta que vai passando a ser rotina a medição de glicemia e o uso da insulina. “O que era desesperador, passa a ser controlado com mais naturalidade”, afirma, e salienta: “É uma doença crônica, a gente sabe que não tem cura. Você precisa conviver com isso”.
Ela dá um recado às pessoas que passam pelo mesmo problema. “O que eu posso dizer aos pais, ou para alguém que tem pessoas na família com diabetes, é estudar, ler e compreender como se dá a doença. Pois, foi dessa forma que consegui acalmar o meu coração para poder aceitar com mais naturalidade a situação”, Edilene orienta e revela que o artigo da sua pós-graduação é referente ao diabetes.

ACOMPANHAMENTO MÉDICO
Desde a descoberta da doença, a endocrinologista Ana Maira cuida do garoto. Segundo Edilene, o acompanhamento médico foi muito importante no processo de aceitação e no incentivo à família. “Todo esse incentivo que ela deu, a gente agradece. Ana Maira foi muito presente desde o começo na nossa vida. Prova disso, é a convicção de Enrique com a carreira profissional escolhida”, diz a mãe.
“Quero ser um endocrinologista. Até já tenho o meu estetoscópio”, diz o garoto sorrindo e mostrando o aparelho que recebeu de presente da médica. “Eu gosto muito dela. Ana disse que serei seu súdito”, conta o garoto.
Há 25 anos, a endocrinologista Ana Maira dedica seu trabalho ao tratamento de portadores de diabetes. Ela deixa claro que a família tem um papel “importantíssimo” na vida da pessoa que possui a doença. “No começo foi muito complicado. O período de aceitação é complicado para a família”, diz.
“O caso de Enrique não foi diferente das outras pessoas. Lembro bem as dificuldades passadas pela família. Mas, o importante é a explicação, colocar todos os pontos sobre a doença. E isso Edilene soube fazer direitinho”, afirma a endocrinologista. Entretanto, ela salienta que Enrique sempre foi uma criança tranqüila. É muito fácil lidar com ele”, afirma.

Por Williany Brito
(Matérias publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 29.11.2009)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

ANIMAIS NECESSITAM DE CUIDADOS NO CALOR

A troca de calor ocorre pela boca, o que explica o fato
deles ficarem ofegantes quando expostos ao calor

A menos de um mês da chegada do verão, já é possível sentir os reflexos da estação mais quente do ano. Basta ir às ruas e verificar as pessoas vestindo roupas mais leves, bebendo muita água e saboreando sorvetes e picolés. Mas e os animais? Quem tem bichinhos de estimação percebe a mudança de comportamento de cães e gatos nesta época do ano. Eles bebem mais água, costumam se deitar no chão e ficam à procura de sombra. O pelo é responsável por grande parte do desconforto dos animais.
De acordo com o veterinário Jásson Souza Moreira, durante o calor é fundamental que donos de cães e gatos priorizem o bem-estar, deixando a questão estética em segundo plano, ou, então, unindo as duas coisas. "Não adianta ter um animal todo peludo e comprometer a saúde dele devido à manutenção do pelo diante das altas temperaturas de Feira, que no verão são mais elevadas. O certo é unir a estética com o conforto do animal. Os pelos longos são bonitos para a gente. Já os animais se sentem melhor com os pelos mais curtos. Mas não precisa deixar totalmente pelado", esclarece.
Ele explica que os cachorros têm a temperatura média corporal mais alta que a dos humanos, sendo que o cachorro chega a 38,5° e a do gato até 39° . Além disso, os cães e os gatos não possuem glândulas sudoríparas (que produzem o suor) em todo o corpo, somente na parte de baixo da pata. A troca de calor ocorre pela boca, o que explica o fato de eles ficarem ofegantes quando expostos ao calor. "É assim que eles trocam calor e conseguem esfriar os corpos, controlando a temperatura corporal", explica.
Com o aumento do calor, aumenta o risco de infestação de parasitas, como pulgas e carrapatos. O veterinário explica que as pulgas têm um ciclo reprodutivo muito rápido. Segundo ele, é de “extrema importância que os donos façam uso de produtos que previnam o aparecimento destes parasitas".

CUIDADOS COM SOL
Assim como os seres humanos, os bichinhos podem contrair doenças devido aos raios UVA (que causa envelhecimento da pele e pode causar câncer de pele tanto em adultos quanto em animais) e UVB
( que causa vermelhidão, queimadura solar e predispõe, também, ao câncer de pele no animal).
“Já existe no mercado produtos como protetor solar para cães. Então, animais de pele e pelagem clara ou escura devem evitar o sol no mesmo período que os seres humanos, entre 10 horas e 14 horas (horário de maior incidência dos raios UVA e UVB)”, orienta o veterinário, que salienta: “Os horários mais apropriados é entre 5 e 6 horas e entre 17 e 18 horas”.
Atenção também para os passeios de carros, já que sair com os bichos para passeios longos em caçambas provoca a exposição ao sol. Deixar o animal em veículo fechado também pode contribuir para que a temperatura corporal aumente. A dica do veterinário é que os donos ofereçam locais frescos e arejados. Ele também orienta sobre a importância da água: “A hidratação deve ser feita sempre. Deixando água limpa e em abundância. Têm que haver a troca todos os dias, pois a água suja pode trazer transtornos gastrintestinais ao animal se ele ingerir”.


BANHO E TOSA TAMBÉM NECESSITAM DE ATENÇÃO
Sobre a tosa, o veterinário Jásson Souza Moreira destaca que a mesma contribui para a redução do desconforto causado pelo calor. Os gatos, inclusive, podem ser tosados, mas é mais indicado à raça persa, que tem pelos mais longos. Mas, ele não indica o processo.
“Alguns proprietários tosam os gatos, mas o interessante é não tosar. Eles mesmos fazem sua higiene, não sendo necessário dar banho sempre. O gato é um animal que não tem muito transtorno térmico, porque, normalmente, ele não é de raça definida por isso têm
uma resistência maior a doenças e a variações de temperatura”, explica.
De acordo com alguns proprietários de pet shop de Feira, a procura por tosas e banhos aumenta significativamente durante o calor, mas não está restrita ao verão. Ainda não chegou o verão e já é possível perceber o aumento da demanda. Essa declaração é compartilhada por outros proprietários de pet shop da cidade.
Segundo os especialistas, intensificar o número de banhos em cães nos dias mais quentes não traz vantagem para os bichinhos porque o alívio é apenas momentâneo. Não é necessário dar banho toda semana, mesmo nos mais peludos. O ideal é a cada 15 dias em cachorros que ficam dentro de casa, uma vez por mês em cães criados em quintais. O mais importante é que o proprietário se informe a respeito do que é mais indicado para cada raça, porque existem algumas em que o banho deve ocorrer a cada seis meses.
Sobre a água, a veterinária lembra que a temperatura deve ser de fria a morna, a fim de garantir a refrescância aos cães. O uso do secador também merece cuidados. A temperatura não deve estar alta para não haver o risco de hipertermia.
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DICAS ESSÊNCIAIS DO VETERINÁRIO

- Vermifugação a cada três meses (vermífugos ou vermicidas são produtos - naturais ou sintéticos - que têm a finalidade de eliminar vermes - nematódeos e platelmintos - que vivem como parasitas nos intestinos de animais e do homem);
- Vacina em dia, para a saúde do animal;
- Evitar que o animal tenha ectoparasitas (é uma classificação de parasitas do ponto de vista da repartição topográfica no corpo dos hospedeiros. São designados por ectoparasitas ou parasitas externos os tipos de parasitas que se instalam fora do corpo do hospedeiro, como no caso de piolhos, pulgas,carrapatos e sanguessugas;
- Sempre oferecer uma boa higiene para o seu animal;
- Sempre disponibilizar água e alimento em abundância;
- Levar o animal ao médico veterinário, pelo menos, a cada seis meses para fazer um checape geral.
Por Williany Brito
(Matérias publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 22.11.2009)

PL TORNA CRIME A DISCRIMINAÇÃO DE PORTADORES DO VÍRUS HIV

Foi aprovado, por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 6124/05 que prevê que a pessoa que discriminar um portador do vírus HIV poderá ser presa e cumprir pena de um a quatro anos. A aprovação do projeto, que recebeu parecer favorável do relator, o deputado federal Regis de Oliveira (PSC-SP), beneficiará os cerca de 630 mil infectados pelo vírus no Brasil. A aprovação ocorreu semana passada e foi aceita por diversas pessoas.
Poderá ser punida e presa a pessoa que impedir, recusar ou cancelar a inscrição de uma criança portadora do vírus em uma creche ou estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado. Será também crime negar emprego, segregar no ambiente de trabalho, divulgar a condição de um portador e exonerar ou demiti-lo de seu cargo. Caberá também prisão a quem recusar ou retardar o atendimento de saúde para um infectado.
Em Feira de Santana, a notícia foi bem recebida pelo Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania Homossexual - GLICH. Isso porque o Grupo, em parceria com departamento Nacional de DST/AIDS e Hepatites virais ligados ao Ministério da Saúde e a UNESCO, mantém o projeto "Aconselhamento e Assessoria Jurídica Gratuita para PVHA (Pessoas Vivendo com HIV/AIDS) e Outras Minorias Sociais”.
“O projeto de Lei será de súbita importância. É preciso garantir os direitos desta população, para que as pessoas com AIDS tenham o mínimo de qualidade de vida. Estamos vivendo numa era de violência. E isso precisa acabar com urgência”, afirma o presidente do GLICH e coordenador de atividades do projeto, Rafael Carvalho (foto).
A lei impedirá que os infectados pelo HIV sejam proibidos de exercer qualquer atividade social, física ou profissional. A falta de legislação federal sobre o tema levou os Estados a editarem leis para punir e coibir constantes atos de discriminação, como o caso julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), no qual uma funcionária de autarquia contratada pelo regime celetista foi demitida após descobrir, durante exames de pré-natal, que era portadora do vírus do HIV.

PROJETO DE ACONSELHAMENTO
Fundado em 2004, o projeto foi criado, segundo o coordenador Rafael Carvalho, em virtude da “grande discriminação contra as pessoas com AIDS e da violência e assassinatos de homossexuais e travestis”. “O objetivo é garantir os direitos sociais e sexuais das pessoas vivendo com HIV/AIDS, promovendo os direitos humanos e a cidadania destas pessoas. É necessário salientar que há, também, atendimento a população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais Travestis) e transexuais”, explica Rafael.
Segundo dados notificados pela Secretaria de Saúde de Feira de Santana, de janeiro a novembro deste ano foram notificados 12 casos de portadores do HIV no município, sendo um caso entre 15 e 19 anos; 10 casos entre 20 e 34 anos e um caso entre 35 e 49 anos.
De acordo com o coordenador de atividade do projeto, 90 portadores de HIV já foram atendidos pelo grupo. “Alguns casos resolvemos no Aconselhamento, sem precisar enviar algum dos três advogados. São várias as dúvidas dos portadores, principalmente sobre direitos, discriminação, violação de direitos e direitos previdenciários. O projeto existe para ajudar essas pessoas”, conta Rafael.
De acordo com O Centro de Referência Municipal DST/HIV/AIDS não possui uma atualização nos dados sobre infecção do vírus da AIDS em Feira de Santana e região.
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O que o Projeto de Lei 6124/05 prevê:
Pena de um a quatro anosO que será considerado crime:
- Promover qualquer ato de distinção; - Promover exclusão ou restrição;- Dificultar a inscrição ou impedir a permanência de alunos portadores do HIV em escolas e creches;
- Promover a discriminação dos soropositivos em ambientes de trabalho;
- Exonerar ou demitir um portador do vírus de seu cargo ou função;- Discriminar um portador em seu ambiente profissional;- Divulgar a condição de um portador do HIV ou de doente de AIDS com o intuito de ofender-lhe dignidade ou sem sua autorização;
- Recusar ou retardar o atendimento de saúde ao paciente.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 22.11.2009)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

MANGA É ELEITA PELOS FEIRENSES A FRUTA DA ESTAÇÃO

Simone da Conceição, vendedora de frutas há 13 anos, está satisfeita com a venda da manga

A primavera é a estação da beleza das flores, mas é nesta época onde as mais diversas frutas são degustadas pelos consumidores. O sabor e a suculência da manga a faz ser considerada a rainha das frutas tropicais. É desta forma que os feirenses qualificaram a manga, eleita a fruta mais gostosa.
Da família das anacardiáceas, originária do Sul da Ásia, hoje a mangueira é cultivada em todos os países tropicais e subtropicais. Seu fruto apresenta uma polpa carnosa, algumas vezes fibrosa, mas sempre em tons amarelos. Chupar, fazer suco, doces, não importa, a manga é a fruta preferida dos consumidores entrevistados pela equipe do FOLHA DO ESTADO.
Apesar da alergia a algumas frutas, a dona de casa Matiniete dos Santos se diz fã de todas elas, mas considera a manga uma das suas prediletas. “Tenho alergias a frutas ácidas. Adoro uva, mas a manga não pode faltar”, conta a dona de casa. A manga também está na lista da feira de dona Albertina Alves de Figueredo: “Caju, melancia, figo e a manga não podem faltar na lista de compras. Durante todo o ano como frutas. Adoro”.
Rica em vitaminas e outros elementos importantes para o nosso organismo, a manga já foi difamada por conta de preconceitos e tabus. Um deles é considerá-la veneno quando misturada ao leite. Isso não passa de superstição criada a partir da necessidade dos senhores de engenho, à época da escravatura, de preservar os frutos só para o uso na casa grande, pois a manga era considerada uma fruta nobre e o seu cultivo não era tão propagado quanto hoje em dia.
Há também uma falsa informação de que manga é uma fruta pesada e indigesta, especialmente se ingerida no desjejum ou à noite. Mas, em vez de prejudicar, têm grande importância como auxiliares dos movimentos peristálticos intestinais.
Sem superstições com relação a manda, Jaciara Nunes, dona de uma pousada na Chapada Diamantina, afirma que a fruta é a mais consumida pelos hospedes e confessa sua preferência pessoal pelo alimento. “Sempre é pedido suco de abacaxi, mas o de manga é o mais consumido. Na minha pousada pode faltar qualquer outra fruta, só não pode faltar a manga”, revela.

AUMENTO NA PROCURA
Rica em terebintina (um óleo-resina) e de agradável paladar ao natural ou sob forma de compotas, marmeladas, geleias e refrescos, a manga está entre as frutas mais vendidas nesta época pelos feirantes de Feira de Santana. Seja manga espada, rosa, Bourbon ou favo-de-mel, os consumidores querem levar para casa esse alimento saboroso e nutritivo, hoje nativa cultivada em várias regiões do Brasil.
“Sem dúvida, nesta época do ano a manga é a fruta preferida pelas pessoas. Vendo muito mais que as outras frutas que ofereço no meu tabuleiro. Não consigo nem contabilizar quanto vendo por dia, mas posso garantir que é muita”, conta Simone da Conceição Borges, que há 13 anos vende frutas na cidade.
Outra feirante que comemora a venda do alimento é Maria Celsa Lima: “Com a manga, podemos fazer suco, doce e chupar. Deve ser por isso o consumo excessivo da fruta essa época. Para nós está sendo ótimo”, diz.

PROTEÍNAS
Presentes em boa quantidade nas suculentas mangas, as vitaminas do complexo B fazem parte das enzimas digestivas e da absorção dos nutrientes. Sua carência no organismo torna impossível a ingestão equilibrada de carboidratos e proteínas, causando falta de apetite, fadiga, apatia e transtornos no crescimento. A manga também possui boa quantidade de potássio, um mineral bastante útil ao equilíbrio dos líquidos no corpo.
O principal valor da manga está em seu alto teor vitamínico, principalmente de vitaminas A e C. Sendo que a quantidade de vitamina C varia conforme a qualidade da manga. A manga rosa, por exemplo, é a que possui a mais elevada quantidade de vitamina A, cuja matéria-prima é o betacaroteno.
Sobre o betacaroteno, sabe-se que é o melhor combatente dos radicais livres (que são considerados a ferrugem do corpo, por provocar envelhecimento precoce) a manga possui as vitaminas B1, B2 e B5. Contém ainda fósforo, cálcio, ferro, proteínas, gorduras e hidratos de carbono. Seu uso é recomendado em casos de bronquite e escorbuto, sendo depurativa do sangue.

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Manga e suas utilidades medicinais


Anemia - A manga pode ser incluída na dieta dos anêmicos, junto com alimentos que contenham ferro.
Asma - Chá das folhas tenras da mangueira. Tomar morno, com mel.

Diarréia - Tomar o chá dos ramos tenros.

Distúrbios da digestão - Fazer uma ou mais refeições só de manga.

Diurese - Comer mangas ou tomar o suco.
Doenças das vias respiratórias - Xarope de manga: cozinhar o suco natural de manga com mel, até ficar reduzido à metade. Tomar uma colher de sopa de hora em hora.

Sarna - Cataplasma com a goma-resina que se extrai do tronco.

Verminoses - Preparar um cozimento dos brotos dos ramos e da amêndoa das sementes, bem triturados, e tomar uma xícara de chá em jejum, juntamente com suco de limão.

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Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 15.11.2009)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

VEJA O QUE MUDA COM A NOVA LEI NACIONAL DA ADOÇÃO

Novas regras limitam tempo que crianças ficam em abrigos

Entrou em vigor, na última terça-feira (03), a nova Lei Nacional de Adoção. Pelas novas regras, crianças e adolescentes não devem ficar mais que dois anos em abrigos de proteção, salvo alguma recomendação expressa da Justiça. Os abrigos também devem mandar relatórios semestrais para a autoridade judicial, informando as condições de adoção ou de retorno à família dos menores sob sua tutela.
O cadastro nacional de adoção aponta que há cerca de 3.500 crianças e adolescentes aguardando pela adoção e mais de 22.000 pessoas dispostas a adotar. Cerca de 80% das famílias interessadas, no entanto, procuram crianças de até 3 anos, sendo que apenas 7% das crianças cadastradas estão nessa faixa etária.
Com informações da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e substitutivo do projeto de lei 314/04 do Senado, o JORNAL FOLHA DO ESTADO destacou as mudanças na nova lei. Confira.


Direito da criança

Gestantes - A nova lei estabelece que o poder público deva dar assistência a gestantes ou mães que queiram entregar seus filhos para adoção. A mãe que tem interesse em colocar o filho para adoção deve ser encaminhada ao juizado da infância sob pena de multa aos médicos e enfermeiros.
Abrigos – Antes, o juiz só justificava e fundamentava a entrada e a saída de criança do abrigo. A nova lei determina que os juízes analisem a permanência da criança em abrigos a cada seis meses, sendo que o prazo máximo de estadia no abrigo não pode ser mais que dois anos. No entanto, a lei não explica o que acontece com a criança que ultrapasse esse tempo no abrigo.
Família extensa – A nova lei regulamenta o que já vinha sendo colocado em prática por muitos juízes, que é a preferência da família extensa (tios, primos, cunhados) para a adoção.
Adoção de irmãos – As novas regras tornam clara a necessidade de manter irmãos unidos sob responsabilidade da mesma família, prática que já era usual por muitos juízes.
Maiores de 12 anos – As crianças maiores de 12 anos serão obrigatoriamente ouvidas em audiência pelo juiz no processo de adoção.
Deveres dos pais

Perfil dos pais –
A lei deixa claro que podem adotar pessoas com mais de 18 anos, de qualquer estado civil. Casais devem ter união civil ou união estável, o que, segundo especialistas, exclui os homossexuais. No entanto, a Justiça, se provocada, pode conceder guarda a casais homossexuais. Os divorciados ou ex-companheiros também podem adotar, desde que haja “afinidade” das duas partes com a criança a ser adotada.
Estágio de convivência – É obrigatório o estágio de convivência de 30 dias, exceto no caso de pessoas que já tem a guarda tempo suficiente para se avaliar o vínculo afetivo. No caso de estrangeiros, o estágio deve ocorrer no Brasil.
Preparação para adoção – Agora, os candidatos a pais passarão obrigatoriamente por preparação “psicossocial e jurídica”. Antes, o procedimento era adotado por alguns juízes, mas não havia regra.

Processo de adoção

Cadastro nacional –
O atual cadastro de pais adotivos será diferente para residentes no país e para estrangeiros. Todos que pretendem adotar devem fazer parte do cadastro. Cria ainda um cadastro de criança e adolescentes aptos para adoção.
Prioridade de adoção – A nova lei diz que a prioridade é manter a criança em sua família de origem e, quando não for possível, tentar mantê-la na família extensa, com parentes próximos. Casais residentes no Brasil têm preferência sobre estrangeiros.
Adoção internacional – A nova lei reduz o tempo de habilitação de estrangeiros de dois anos para um. Ou seja, após serem considerados aptos pela Justiça de seu país e do Brasil, os estrangeiros só têm um ano para efetivar a adoção. Vale também para brasileiros residentes no exterior.
Adoção direta – Somente em casos excepcionais, os candidatos a pais não terão que passar pelo cadastro nacional de adoção: quando for pedida por parente com o qual a criança tenha afinidade ou quando o pedido for de família que já detém tutela.


Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 08.11.2009)

SAÚDE ALERTA PARA CUIDADOS DE PREVENÇÃO CONTRA A MENINGITE


Janice Estrela: “Em Feira de Santana,
a meningite está sob controle”


A população baiana está assustada com o índice de mortes pela meningite em Porto Seguro (no litoral sul da Bahia). A Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) da Bahia confirmou a sexta morte, semana passada, em razão da meningite C: um homem, de 39 anos, motorista de uma ambulância. Ele teve contato com outra vítima da doença e morreu na noite da última terça-feira. No total, nove casos foram registrados na região. Duas pessoas permanecem internadas.
Já em Feira de Santana, as pessoas não precisam se preocupar. Isso porque, de acordo com a Secretaria de Vigilância Epidemiológica, a doença está sob controle na cidade. A coordenadora Janice Estrela afirma que o estado de controle é baseado nos índices registrados em 2008: 19 casos confirmados e 22 no ano corrente.
A coordenadora ressaltou que a população do município pode se tranquilizar porque a Vigilância Epidemiológica e a Secretaria de Saúde têm desenvolvido um trabalho junto às escolas e policlínicas, orientando sobre os sintomas e cuidados com a doença.

PREVENÇÃO
Embora sob controle, a coordenadora alerta que alguns cuidados devem ser adotados na prevenção da doença. “As crianças não devem compartilhar objetos de uso individual, as instalações sanitárias devem ser mantidas sempre higienizadas e as janelas e portas devem ser mantidas abertas para o sol incidir dentro de casa e matar algumas bactérias e fungos”, orienta.
Ao aparecimento de qualquer um dos sintomas, o paciente deve se dirigir a uma unidade de saúde, uma vez que a doença só é detectada através de uma avaliação médica.
O Ministério da Saúde disponibiliza as vacinas contra a doença para um público alvo específico como cardiopatas, adultos com Síndrome de Down e crianças a partir dos dois meses, mas não oferece para a população, a não ser a de Haemphilus Influenzae – que protege contra infecções graves como epiglotite, pneumonia, meningite e septicemia, principalmente nos menores de 5 anos.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 08.11.2009)

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O VESTIBULAR UNEF

A Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana (UNEF), além de possuir uma equipe de professores qualificados, tem todos os cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) e comprova sua credibilidade com o índice de mais de 70% dos estudantes e profissionais (formados pela instituição) inseridos no mercado de trabalho.
A instituição produz, sistematiza e socializa o saber científico e tecnológico através de ensino, pesquisa e extensão (tríade de fundamental importância para uma boa formação superior), formando pessoas habilitadas para o exercício profissional e aptas para participar da construção de uma sociedade mais justa e mais solidária.
A UNEF oferece todo o suporte necessário para que o aluno desenvolva o aprendizado e saia da academia um profissional de verdade. A faculdade dispõe de Laboratórios de fotografia, radio jornalismo, telejornalismo, informática e o Jornal Laboratório. Possui uma biblioteca informatizada, com acervo constituído de livros, periódicos, bases de dados, fitas em VHS, DVDs etc.; Salas de Vídeo; Auditório; Empresa Junior de administração (ASI) e Agência Experimental de Comunicação (Escola de Ideias).
Cursos oferecidos pela faculdade: Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Administração são os. As inscrições para o vestibular podem ser feitas através do site
www.unef.edu.br ou na Secretaria Geral de Curso da instituição. O investimento é de R$20,00. As provas serão realizadas no dia 21 deste mês.
Outras informações pelo telefone (75) 2101-5656 ou na própria instituição.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 08.11.2009)

ORIENTAÇÃO E CUIDADOS GARANTEM SUCESSO NA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS

A atividade física consiste em exercícios bem planejados e bem estruturados, realizados repetitivamente. Eles conferem benefícios aos praticantes e têm seus riscos minimizados através de orientação e controle adequados. Esses exercícios regulares aumentam a longevidade, melhoram o nível de energia, a disposição e a saúde de um modo em geral. Afetam de maneira positiva o desempenho intelectual, o raciocínio, a velocidade de reação, o convívio social. O que isso quer dizer? Há uma melhora significativa na qualidade de vida.
Formado em educação física e especialista em treinamento esportivo e fisiologia do exercício, há quatro anos Tony Maurycyo Jatobar Falcão (foto) é instrutor de uma academia em Feira de Santana. Em entrevista ao FOLHA DO ESTADO, ele esclarece os benefícios e os cuidados com a prática de exercícios físicos.

Folha do Estado - Qual a importância dos exercícios físicos?
Tony Maurycyo - Hoje em dia sabemos que é essencial o exercício físico. Ele não está voltado, como era antigamente, somente para a questão da estética, mas vai trabalhar cada parte do corpo para um melhor funcionamento. A prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. A atividade melhora o condicionamento físico. Por exemplo, uma pessoa que pratica, jamais vai se sentir cansado ao subir uma escada. Por isso, oriento a todos a separar um tempinho para praticar algum tipo de atividade física.

FE - Nessa época do ano, há aumento no número de pessoas que entram na academia por causa do verão que está chegando?
TM –
Com certeza. O índice cresce bastante agora nos meses que antecedem o verão. Esses são os chamados malhadores de verão. Se o indivíduo vem há bastante tempo sem praticar algum tipo de exercício físico, tem que ter o período de adaptação. Esse período leva de um a dois meses, para que a pessoa veja uma sobrecarga diferente para que perceba um ganho, uma melhora. Isso porque não é da noite para dia.


FE - No verão, as pessoas costumam malhar para ficar em forma para ir à praia e acabam atropelando o processo por conta da pressa em ficar bem para o verão. Qual o conselho que você dá para essa turma que decide malhar de última hora para ficar em forma?
TM -
Que não venha querendo milagre, pois tem que haver o período de adaptação. Não se pode pular essa etapa. É importante que elas façam da maneira correta para não recorreram a outros métodos que prejudicam a saúde delas.

FE - Quais os cuidados que devemos ter ao optar por fazer as atividades físicas?
TM -
O principal é ter uma boa alimentação, depois procurar uma academia especializada, que tenha bons professores, para que eles possam orientar da maneira correta os alunos, principalmente os novatos, que precisam de uma atenção maior.

FE - Quais os cuidados que devemos ter com as atividades físicas?
TM -
O certo é ter o período de adaptação. Se a pessoa pula essa fase, vai dar sobrecarga nos exercícios físicos que não era para se fazer ainda, e vai querer fazer. Isso pode vir a causar lesão, tendinite (se manifesta inicialmente com dores e muitas vezes com a incapacidade da pessoa em realizar certos movimentos), torção, que de início pode ser sem importância, mas que pode vir a se agravar.

FE – O excesso de exercícios pode prejudicar tanto uma pessoa que iniciou agora quanto uma que já está adaptada?
TM -
O excesso pode prejudicar, por isso é necessário o auxilio de um profissional formado, que saiba lidar com esses exercícios, para está determinando um treino correto, fazendo a dosagem de cargas para o aluno. É importante pedir a orientação de um profissional em vez de praticar os exercícios de forma aleatória. Existem alunos que chegam com vergonha de pedir orientação ao professor. É essencial a presença do instrutor, ele está na academia para fazer seu treinamento.

FE – Quando nós devemos saber qual o momento de parar de fazer as atividades físicas, como sabemos o limite?
TM -
É importante que nunca se pare de fazer exercícios. Não há um limite para parar, mas sim fazer uma dosagem de cargas, de treinamento. O que não pode haver é a sobrecarga, pois somos seres vivos e o organismo vai sentir as consequências, como dores na musculação, nas articulações.

FE – A pessoa pode malhar todos os dias sem que haja qualquer dano físico?
TM -
Pode. Não tem problema algum. Entretanto, sempre tem que ter um descanso. O organismo vai pedir descanso. O aluno tem que contar o que sente fisicamente ao professor. Não há problema em chegar ao instrutor e dizer que hoje está cansado. Pode sim pedir esse descanso. Então, o indivíduo pode malhar todos os dias, mas tem que saber dosar as atividades.

FE – Os exercícios são iguais para todos ou são de acordo com o porte físico ou até o objetivo da pessoa quanto a sua forma física?
TM -
A escolha é feita individualmente, levando-se em conta os seguintes fatores: preferência pessoal, em benefício da atividade só é conseguido com a prática regular da mesma, e a continuidade depende do prazer que a pessoa sente em realizá-la. Assim, não adianta indicar uma atividade que a pessoa não se sinta bem praticando; aptidão necessária, em que algumas atividades dependem de habilidades específicas. Para conseguir realizar atividades mais exigentes, a pessoa deve seguir um programa de condicionamento gradual começando por atividades mais leves e estar atento ao risco associado à atividade, em que alguns tipos de exercícios podem associar-se a alguns tipos de lesão em determinados indivíduos que já são predispostos.

FE – Com relação à alimentação, quais os cuidados que as pessoas devem tomar neste verão?
TM -
Sempre indico aos meus alunos acompanhamento por profissional qualificado, incluindo médicos, fisioterapeutas e profissionais de educação física. Os indivíduos devem procurar um nutricionista para que ele venha adequar a sua alimentação, principalmente para chegar ao seu objetivo. Isso é essencial. O meu trabalho influencia 30%. Os 70% restantes é em casa. O individuo passa comigo 50 minutos, uma hora, então, não tem como eu estar com ele o restante do dia. Por isso, a necessidade dele está, também, sendo orientado por um nutricionista.

FE – As pessoas que começam a fazer algum tipo de atividade física precisam mudar os hábitos alimentares?
TM –
Com certeza. É essencial para que a meta que deseja atingir seja alcançada com a mudança nos hábitos alimentares. Se ele não mudar a forma de se alimentar pode colocar tudo a perder.

Por Williany Brito
(Entrevista publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 01.11.2009)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

SOCIEDADES FILARMÔNICAS MARCAM HISTÓRIA DE FEIRA DE SANTANA

A cidade era dividida em dois grupos, o Clube da Vitória e o Clube da 25 de Março (foto)

O sol está nascendo. Em frente à igreja da cidade, um grupo começa a se manifestar. São os primeiros acordes da filarmônica do município que se prepara para sair pelas ruas animando o dia. Cenas como essas não são mais comuns em cidades do interior da Bahia.
Mantidas durante muito tempo por grupos de admiradores, as sociedades filarmônicas de Feira de Santana tiveram um papel importante durante vários anos. Euterpe Feirense, 25 de Março e Vitória marcaram a vida dos que fizeram, de fato, parte da música instrumental da cidade.
De acordo com a musicóloga especialista em música instrumental, Josélia Figueiredo, as Filarmônicas chegaram à Bahia, em 1930, com a influência de outros estados, como o Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. Ela, que faz parte do Centro de Etnomusicologia da Bahia, órgão especializado em documentação musical, conta um pouco da história da chegada da filarmônica em Feira de Santana.
“As nobres famílias da cidade faziam uma sociedade beneficente, que tinha apoio da igreja. Tanto a Vitória quanto a 25 de Março tinham todo o apoio dos padres da época. Eram eles que conseguiam essas doações. Para manter as orquestras era preciso ter condições financeiras. As pessoas na época, em 1930, sabiam da importância de se preparar um músico para se tocar na Festa de Santana e em outras festas dos demais padroeiros”, conta a especialista, que salienta que, para fazer parte das Filarmônicas, era preciso associar-se ao grupo que fazia parte dos sócios beneficentes.
A Euterpe Feirense, única hoje em funcionamento, retoma seu brilho original com a colaboração do maestro Amorim. “Da 25 e da Vitória, surgiu a Euterpe, que é a mais novinha, com pouco mais de 50 anos. A Euterpe ainda está funcionando pela colaboração do maestro Amorim, que é o último maestro vivo da nossa cidade. Ele está fazendo uma filantropia com a Euterpe, tentando segurar os últimos músicos”, conta Josélia.

MOVIMENTAÇÃO NA CIDADE
A cidade era dividida em dois grupos, o Clube da Vitória e o Clube da 25 de Março. “Esses clubes eram muito mais fortes que os clubes de bola. No domingo, quando a 25 de Março tocava na Matriz, todos os adeptos da Vitória vinham prestigiar, e vise-versa. Isso movimentou a cidade por três décadas”, explica Josélia Figueiredo, que admirava o respeito das pessoas pela música com instrumentos de sopro.
Segundo ela, a única banda ativa, hoje, é a da polícia, que junto com os músicos que ficaram sem trabalho, formou-se (sob o comando do maestro Amorim) a nova Filarmônica de Feira, a Lira Feirense. “A orquestra Lira Feirense está começando numa cidade onde brotou muitos músicos. Não se admite que em uma cidade, que exportou para o mundo inteiro músicas de filarmônicas não tenha sempre alguém voltando e fazendo”, diz a musicóloga.
“Era muito bom quando as filarmônicas se apresentavam nos coretos. Na época, toda festa que se prezava tinha apresentação das orquestras. Adorava as apresentações, com os mais variados instrumentos que eles tocavam”, conta o poeta João Gonçalves Farias, de 65 anos.

FEIRENSES LEMBRAM COM SAUDADE DAS FILARMÔNICAS

Sociedade Filarmônica 25 de Março passará por reforma em 2010

Pessoas que fizeram parte da história das sociedades filarmônicas em Feira de Santana sentem falta da época em que os acordes podiam ser ouvidos por toda parte, animando o dia. A saudade é mais sentida pelo feirense Albertino Bispo Gonçalves de Oliveira (foto). Aos 68 anos, cuida do prédio onde funcionava a Sociedade Filarmônica 25 de Março.
Músico percursionista e arquivista, Albertino fala com tristeza sobre o descaso com o prédio, que, hoje, encontra-se com estrutura totalmente danificada. “É muito triste ver um prédio como o da 25 quase desabando”, lamenta. Desde 1957 que ele mora e cuida do que restou do local. A esperança do senhor Albertino é que as “autoridades tomem alguma atitude e restaurem o prédio”.
Ele conta com tristeza ao lembrar o quanto a filarmônica era importante para a sociedade feirense. “Eu fico muito sentido. A filarmônica era a tradição da festa de Santana”, diz.
Albertino afirma que ainda há no prédio partituras e instrumentos conservados ainda da época em que os salões do prédio eram cheios de músicos. “Tem instrumentais que nunca foram usados. Ainda permanecem no prédio as músicas e partituras antigas de 56, 57, 58 até 80”, conta Albertino.
A desvalorização das orquestras filarmônicas foi salientada pela musicóloga especialista em música instrumental, Josélia Figueiredo, que faz parte do Centro de Etnomusicologia da Bahia, órgão especializado em documentação musical. “Se tivéssemos uma gestão inteligente, de pessoas que tivesse visão de futuro, a primeira coisa que esses governos teriam feito era conservar essa história”, critica a musicóloga, que lembra: “No ano passado, Estevão Moura foi homenageado na Alemanha. Feira de Santana apareceu lá, pela primeira vez, não como marco da violência, mas com a boa música”.

“2010: ANO DA 25 DE MARÇO”
Com objetivo de resgatar a cultura das músicas filarmônicas, o presidente da Sociedade Filarmônica 25 de Março e, também, Secretário de Planejamento de Feira de Santana, Carlos Brito, afirma que há um projeto para reforma do prédio em 2010 e que, no mesmo ano, uma escola de música será montada, com apoio da prefeitura e outros orgãos da sociedade.
“2010 será o ano da 25 de Março. Um grupo de feirenses está a frente da 25. Vamos buscar apoio da prefeitura e outros organismos para a reforma do prédio, ano que vem, e também alugar uma casa, enquanto o prédio está em reforma. Nesta casa, vamos montar uma escola de música, buscado atrair jovens. Com ajuda, vamos poder contratar um maestro e obter todos os instrumentos para que, na procissão de Nossa Senhora Santana a gente desfilar a 25. Assim, voltar de uma maneira bonita”, promete o presidente.
Ele salienta que os instrumentos antigos permanecidos na 25 de Março serão restaurados. “As partituras e os instrumentos que ainda estão no local serão levados e colocados na casa alugada. Tudo será restaurado. Estamos buscando restabelecer agora, um pouco atrasado, a parte legal da instituição, e vamos buscar mecanismos governamentais para colocar essas filarmônicas nas ruas novamente”, afirma.
Carlos Brito fala da situação do senhor Albertino Bispo, que há 52 anos vive no local: “A diretoria está disposta a arranjar uma casa para que ele possa morar e sair do local, pois o prédio da 25 de Março corre o risco de cair a qualquer momento”, diz.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 25.10.2009)

PALHAÇO PETEKA LEVA ALEGRIA E APRENDIZADO DURANTE TODO MÊS DE OUTUBRO

O palhaço se apresenta para as crianças carentes das pequenas cidades


Uma história que começa dentro do circo. Brincadeira e muita música faziam parte do dia a dia do palhaço Peteka, que leva para a garotada muita alegria. Um palhaço com o sonho de conhecer a cidade grande. Seu sonho é realizado, e lá encontra uma biblioteca. Encantado com o mundo dos livros, ele se divide entre o palhaço popular, de humor, com um palhaço clássico, erudito. Naquele momento, ele vai trabalhar encima da bibliografia de escritores, inventores e descobridores. Levando assim, ao mesmo tempo, alegria e aprendizado às crianças,
É com essa apresentação que o palhaço Peteka vem conquistando seu público: crianças não só de Feira de Santana, mas de outras cidades do Brasil. Vários alunos de escolas públicas e particulares já prestigiaram o projeto que leva informação e humor até as salas de aula através do espetáculo infantil “Palhaço Peteka Brincando na Biblioteca”.
Com o texto de Rafael Guerreiro (o palhaço Peteka), direção de Sonny Guedes e trilha sonora da cantora Márcia Porto, o espetáculo percorreu durante todo o mês de outubro, mês das crianças, escolas de Serrinha, Teofilândia, Irará, Berimbau, São Gonçalo, Feira de Santana, dentre outras cidades do interior. “As escolas vêm enaltecendo o espetáculo por se tratar de um show onde as crianças interagem, brincam e aprendem ao mesmo tempo”, descreve Rafael.
Ele conta como consegue preder a atenção da criança até o fim do espetáculo: “As crianças aprendem brincando e são motivadas a entender e gostar da literatura. Para isso, abro livros, revistas e jornais e passo ensinamentos a elas. Utilizo as bibliografias de Jorge Amado, Monteiro Lobato, Maria Clara Machado, Machado de Assis, dentre outros clássicos”.


“SATISFAÇÃO”
Para Rafael, não há distinção entre a criança da escola particular e a pública, mas confessa sua satisfação em se apresentar para as crianças carentes das pequenas cidades onde se apresenta. “O trabalho do palhaço Peteka foi muito árduo durante o mês de outubro, pois envolve todas as classes sociais. O mundo da criança da cidade pequena é totalmente diferente de uma cidade mais avançada. Para as daqui, o palhaço já é novidade, imagina para uma criança do interior? Eles ficam muito ansiosos quando sabem da chegada do palhaço”, conta Rafael, que passou por mais de 40 escolas ao longo deste mês.
“A satisfação está sendo grande. O humor é o trabalho que as crianças querem e o aprendizado é o trabalho que a professora e a diretora exigem. Então, esse é o diferencial do Peteka. Os outros vão chegar, brincar e irão embora. Peteka vai brincar, as crianças vão sorrir e depois ele vai trabalhar encima da pedagogia, literatura”, explica o jovem, que acha que essa maneira é a mais eficaz para disseminar o aprendizado.
O projeto, que há um ano é desenvolvido pelo grupo, já percorreu diversas cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, Fortaleza e Sergipe. Agora, o palhaço se prepara para as apresentações no mês de novembro e dezembro.


Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 25.10.2009)