Sociedade Filarmônica 25 de Março passará por reforma em 2010
Pessoas que fizeram parte da história das sociedades filarmônicas em Feira de Santana sentem falta da época em que os acordes podiam ser ouvidos por toda parte, animando o dia. A saudade é mais sentida pelo feirense Albertino Bispo Gonçalves de Oliveira (foto). Aos 68 anos, cuida do prédio onde funcionava a Sociedade Filarmônica 25 de Março.
Músico percursionista e arquivista, Albertino fala com tristeza sobre o descaso com o prédio, que, hoje, encontra-se com estrutura totalmente danificada. “É muito triste ver um prédio como o da 25 quase desabando”, lamenta. Desde 1957 que ele mora e cuida do que restou do local. A esperança do senhor Albertino é que as “autoridades tomem alguma atitude e restaurem o prédio”.
Ele conta com tristeza ao lembrar o quanto a filarmônica era importante para a sociedade feirense. “Eu fico muito sentido. A filarmônica era a tradição da festa de Santana”, diz.
Albertino afirma que ainda há no prédio partituras e instrumentos conservados ainda da época em que os salões do prédio eram cheios de músicos. “Tem instrumentais que nunca foram usados. Ainda permanecem no prédio as músicas e partituras antigas de 56, 57, 58 até 80”, conta Albertino.
A desvalorização das orquestras filarmônicas foi salientada pela musicóloga especialista em música instrumental, Josélia Figueiredo, que faz parte do Centro de Etnomusicologia da Bahia, órgão especializado em documentação musical. “Se tivéssemos uma gestão inteligente, de pessoas que tivesse visão de futuro, a primeira coisa que esses governos teriam feito era conservar essa história”, critica a musicóloga, que lembra: “No ano passado, Estevão Moura foi homenageado na Alemanha. Feira de Santana apareceu lá, pela primeira vez, não como marco da violência, mas com a boa música”.
“2010: ANO DA 25 DE MARÇO”
Com objetivo de resgatar a cultura das músicas filarmônicas, o presidente da Sociedade Filarmônica 25 de Março e, também, Secretário de Planejamento de Feira de Santana, Carlos Brito, afirma que há um projeto para reforma do prédio em 2010 e que, no mesmo ano, uma escola de música será montada, com apoio da prefeitura e outros orgãos da sociedade.
“2010 será o ano da 25 de Março. Um grupo de feirenses está a frente da 25. Vamos buscar apoio da prefeitura e outros organismos para a reforma do prédio, ano que vem, e também alugar uma casa, enquanto o prédio está em reforma. Nesta casa, vamos montar uma escola de música, buscado atrair jovens. Com ajuda, vamos poder contratar um maestro e obter todos os instrumentos para que, na procissão de Nossa Senhora Santana a gente desfilar a 25. Assim, voltar de uma maneira bonita”, promete o presidente.
Ele salienta que os instrumentos antigos permanecidos na 25 de Março serão restaurados. “As partituras e os instrumentos que ainda estão no local serão levados e colocados na casa alugada. Tudo será restaurado. Estamos buscando restabelecer agora, um pouco atrasado, a parte legal da instituição, e vamos buscar mecanismos governamentais para colocar essas filarmônicas nas ruas novamente”, afirma.
Carlos Brito fala da situação do senhor Albertino Bispo, que há 52 anos vive no local: “A diretoria está disposta a arranjar uma casa para que ele possa morar e sair do local, pois o prédio da 25 de Março corre o risco de cair a qualquer momento”, diz.
Músico percursionista e arquivista, Albertino fala com tristeza sobre o descaso com o prédio, que, hoje, encontra-se com estrutura totalmente danificada. “É muito triste ver um prédio como o da 25 quase desabando”, lamenta. Desde 1957 que ele mora e cuida do que restou do local. A esperança do senhor Albertino é que as “autoridades tomem alguma atitude e restaurem o prédio”.
Ele conta com tristeza ao lembrar o quanto a filarmônica era importante para a sociedade feirense. “Eu fico muito sentido. A filarmônica era a tradição da festa de Santana”, diz.
Albertino afirma que ainda há no prédio partituras e instrumentos conservados ainda da época em que os salões do prédio eram cheios de músicos. “Tem instrumentais que nunca foram usados. Ainda permanecem no prédio as músicas e partituras antigas de 56, 57, 58 até 80”, conta Albertino.
A desvalorização das orquestras filarmônicas foi salientada pela musicóloga especialista em música instrumental, Josélia Figueiredo, que faz parte do Centro de Etnomusicologia da Bahia, órgão especializado em documentação musical. “Se tivéssemos uma gestão inteligente, de pessoas que tivesse visão de futuro, a primeira coisa que esses governos teriam feito era conservar essa história”, critica a musicóloga, que lembra: “No ano passado, Estevão Moura foi homenageado na Alemanha. Feira de Santana apareceu lá, pela primeira vez, não como marco da violência, mas com a boa música”.
“2010: ANO DA 25 DE MARÇO”
Com objetivo de resgatar a cultura das músicas filarmônicas, o presidente da Sociedade Filarmônica 25 de Março e, também, Secretário de Planejamento de Feira de Santana, Carlos Brito, afirma que há um projeto para reforma do prédio em 2010 e que, no mesmo ano, uma escola de música será montada, com apoio da prefeitura e outros orgãos da sociedade.
“2010 será o ano da 25 de Março. Um grupo de feirenses está a frente da 25. Vamos buscar apoio da prefeitura e outros organismos para a reforma do prédio, ano que vem, e também alugar uma casa, enquanto o prédio está em reforma. Nesta casa, vamos montar uma escola de música, buscado atrair jovens. Com ajuda, vamos poder contratar um maestro e obter todos os instrumentos para que, na procissão de Nossa Senhora Santana a gente desfilar a 25. Assim, voltar de uma maneira bonita”, promete o presidente.
Ele salienta que os instrumentos antigos permanecidos na 25 de Março serão restaurados. “As partituras e os instrumentos que ainda estão no local serão levados e colocados na casa alugada. Tudo será restaurado. Estamos buscando restabelecer agora, um pouco atrasado, a parte legal da instituição, e vamos buscar mecanismos governamentais para colocar essas filarmônicas nas ruas novamente”, afirma.
Carlos Brito fala da situação do senhor Albertino Bispo, que há 52 anos vive no local: “A diretoria está disposta a arranjar uma casa para que ele possa morar e sair do local, pois o prédio da 25 de Março corre o risco de cair a qualquer momento”, diz.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 25.10.2009)
1 comentários:
No tempo do Realidade eu e Júlio César Oliveira também alertamos para o risco do Casarão. Ainda bem que será reformado.
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