Enquanto a luz solar é necessária para a síntese de vitamina D, a exposição excessiva pode danificar seriamente a pele. Dano solar surge inicialmente na forma de sardas, seguidas por aspereza, manchas, rugas e câncer, um dos mais frequentes. A pele protege nosso organismo contra a radiação, os agentes químicos e infecciosos. Por isso, merece cuidados especiais no verão, época em que a incidência dos raios solares na pele é maior.
Ao contrário do que se pensava, há alguns anos, grande parte das alterações que encontramos na nossa pele, especialmente após os 30 anos, não é decorrente do aumento da idade e sim da exposição ao sol durante toda a nossa vida. Queimadura solar, insolação, mais os danos crônicos: fotoenvelhecimento (termo usado atualmente para caracterizar as alterações causadas pelo sol em nossa pele), que são rugas, manchas marrons, aspereza, telangiectasias (pequenos vasos na superfície da pele), cor amarelada da pele e o câncer são as consequencias que a exposição ao sol pode promover, segundo a dermatologista Rivana Almeida (foto).
Segundo Rivana, “quanto mais queimaduras solar se adquire na infância, maiores são as chances da pele, no futuro, desenvolver um melanoma. Então, para prevenir, é necessária a utilização de filtro solar desde criança – a partir dos seis meses de idade, já está liberado o uso de protetor solar infantil e cuidados físicos, como chapéu, sombreiro, roupas com filtro solar, proteção UVB”.
A especialista diz desconhecer a existência de outro produto que substitua o filtro solar. “Para fotoproteção, só existe o protetor solar. Existem produtos que podem funcionar como filtro físico, que causa o mesmo efeito que a roupa, mas isso não vai ser o mel nem muito menos a coca-cola, como muita gente pensa”, esclarece Rivana.
Ao contrário do que se pensava, há alguns anos, grande parte das alterações que encontramos na nossa pele, especialmente após os 30 anos, não é decorrente do aumento da idade e sim da exposição ao sol durante toda a nossa vida. Queimadura solar, insolação, mais os danos crônicos: fotoenvelhecimento (termo usado atualmente para caracterizar as alterações causadas pelo sol em nossa pele), que são rugas, manchas marrons, aspereza, telangiectasias (pequenos vasos na superfície da pele), cor amarelada da pele e o câncer são as consequencias que a exposição ao sol pode promover, segundo a dermatologista Rivana Almeida (foto).
Segundo Rivana, “quanto mais queimaduras solar se adquire na infância, maiores são as chances da pele, no futuro, desenvolver um melanoma. Então, para prevenir, é necessária a utilização de filtro solar desde criança – a partir dos seis meses de idade, já está liberado o uso de protetor solar infantil e cuidados físicos, como chapéu, sombreiro, roupas com filtro solar, proteção UVB”.
A especialista diz desconhecer a existência de outro produto que substitua o filtro solar. “Para fotoproteção, só existe o protetor solar. Existem produtos que podem funcionar como filtro físico, que causa o mesmo efeito que a roupa, mas isso não vai ser o mel nem muito menos a coca-cola, como muita gente pensa”, esclarece Rivana.
CÂNCER DE PELE
De acordo com a dermatologista, os tipos de câncer de pele são divididos em dois grandes grupos, o melanoma e o não melanoma. O melanoma é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. Embora só represente 4% dos tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais grave, devido à alta probabilidade de metástase (quando o câncer ‘espalha-se’ para outras regiões do corpo).
Os não melanomas, Rivana explica, são os mais comuns. “São cânceres que não se espalha pelo corpo (metástase), e são do tipo que a cirurgia é curativa na maioria dos casos. Diferente do melanoma, que vem com mais agressividade, por isso é o que mais preocupa”, define a médica.
“O câncer de pele é um dos mais comuns, mas é um dos mais tratáveis”, afirma a dermatologista. Segundo ela, o tratamento do câncer de pele depende do seu tipo e de sua localização no corpo. Entretanto, independentemente do tipo de tratamento que seja oferecido, o paciente é enfaticamente aconselhado a diminuir drasticamente qualquer futura exposição ao sol.
O fato de o indivíduo ter desenvolvido um câncer de pele significa que outras regiões de seu corpo também correm risco de terem sido lesadas pela luz solar e estejam igualmente vulneráveis para instalação de outros processos cancerosos, principalmente se você continuar a se expor ao sol.
“Uma vez, uma paciente me falou ‘eu usei o filtro solar, mas não surtiu efeito’. Na verdade, o efeito do filtro você vai ver daqui a 20, 30, 40 anos. O filtro é prevenção. Eu costumo dizer que o resto, as outras medicações para manchas e envelhecimento, ou para tratamento do câncer de pele, é correr atrás do prejuízo. Quem previne tudo isso aí é o filtro solar”, detalha a dermatologista.
De acordo com Rivana, a cor da pele não influencia na eficiência do protetor solar. “Seja qual for a cor da pele, deve-se repetir várias vezes a aplicação do protetor solar durante o dia. E os filtros mais altos, a gente vai usar de acordo se a pessoa tem alguma doença ou não. Vai por indicação médica e não necessariamente por conta da cor”, explica a dermatologista, que ainda salienta: “Claro que, para peles muito claras, quanto mais proteção, melhor”.
De acordo com a dermatologista, os tipos de câncer de pele são divididos em dois grandes grupos, o melanoma e o não melanoma. O melanoma é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. Embora só represente 4% dos tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais grave, devido à alta probabilidade de metástase (quando o câncer ‘espalha-se’ para outras regiões do corpo).
Os não melanomas, Rivana explica, são os mais comuns. “São cânceres que não se espalha pelo corpo (metástase), e são do tipo que a cirurgia é curativa na maioria dos casos. Diferente do melanoma, que vem com mais agressividade, por isso é o que mais preocupa”, define a médica.
“O câncer de pele é um dos mais comuns, mas é um dos mais tratáveis”, afirma a dermatologista. Segundo ela, o tratamento do câncer de pele depende do seu tipo e de sua localização no corpo. Entretanto, independentemente do tipo de tratamento que seja oferecido, o paciente é enfaticamente aconselhado a diminuir drasticamente qualquer futura exposição ao sol.
O fato de o indivíduo ter desenvolvido um câncer de pele significa que outras regiões de seu corpo também correm risco de terem sido lesadas pela luz solar e estejam igualmente vulneráveis para instalação de outros processos cancerosos, principalmente se você continuar a se expor ao sol.
“Uma vez, uma paciente me falou ‘eu usei o filtro solar, mas não surtiu efeito’. Na verdade, o efeito do filtro você vai ver daqui a 20, 30, 40 anos. O filtro é prevenção. Eu costumo dizer que o resto, as outras medicações para manchas e envelhecimento, ou para tratamento do câncer de pele, é correr atrás do prejuízo. Quem previne tudo isso aí é o filtro solar”, detalha a dermatologista.
De acordo com Rivana, a cor da pele não influencia na eficiência do protetor solar. “Seja qual for a cor da pele, deve-se repetir várias vezes a aplicação do protetor solar durante o dia. E os filtros mais altos, a gente vai usar de acordo se a pessoa tem alguma doença ou não. Vai por indicação médica e não necessariamente por conta da cor”, explica a dermatologista, que ainda salienta: “Claro que, para peles muito claras, quanto mais proteção, melhor”.
O PODER DO PROTETOR SOLAR
CONTRA PROBLEMAS DA PELE
A pele deve ter um tratamento diário com o protetor solar
As nossas atividades diárias contribuem com aproximadamente 80% da nossa exposição solar total. Os filtros (ou protetores) solares são substâncias que, quando aplicadas sobre a pele, protegem-na contra a ação dos raios ultravioleta (UV) do sol. Os filtros solares podem ser químicos (absorvem os raios UV) ou físicos (refletem os raios UV). É comum a associação de filtros químicos e físicos para se obter um filtro solar de FPS mais alto.
FPS significa Fator de Proteção Solar. Segundo a dermatologista Rivana Almeida, isso quer dizer “quanto tempo você pode se expor ao sol sem que sua pele fique vermelha”. Todo filtro solar tem um número que determina o seu FPS, que pode variar de 2 a 60 (até agora, nos produtos comercializados no Brasil). O FPS mede a proteção contra os raios UVB, responsáveis pela queimadura solar, mas não medem a proteção contra os raios UVA.
O filtro solar com FPS 15 bloqueia a maior parte dos raios UV e o aumento do FPS aumenta pouco o bloqueio desses raios. No entanto, o tempo em que o filtro solar continuará a absorver os raios UV será maior quanto maior for o FPS, diminuindo a frequência da reaplicação. “A partir do FPS 15 nós já temos uma proteção alta contra o sol. Não é como muita gente pensa, que o 15 protege a metade do 30, que o 30 protege a metade do 60. Você não aumenta proporcional a isso. O FPS significa quanto tempo você pode ficar exposto ao sol sem a pele ficar vermelha”, explica Rivana Almeida.
Toda essa exposição solar ocorre especialmente no nosso dia a dia: no carro, nas caminhadas na hora do almoço, durante a prática de esportes. A dermatologista salienta que é preciso repetir várias vezes ao dia a aplicação do filtro solar. “A gente precisa repetir e aplicar bem o protetor. Não colocar uma camada fininha, pois isso reduz o fator de proteção que está sendo aplicado na pele”, esclarece Rivana.
ESCOLHA DO POTETOR
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) não reconhece a avaliação sobre protetores solares da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste). Ao testar os 10 principais produtos vendidos no país, a pesquisa concluiu que cinco não são resistentes à luz e perdem o poder de proteção aos raios UVB após uma hora de sol.
"Não temos uma posição formada sobre os resultados apresentados, pois desconhecemos a metodologia de avaliação. Temos uma série de questionamentos sobre os métodos empregados e tememos que o resultado desestimule o uso do protetor solar", diz a dermatologista.
Segundo a dermatologista, o filtro solar deve proteger a pele evitando o dano causado pela radiação solar. “Se o filtro que você utiliza permite que sua pele fique vermelha após a exposição ao sol, isto é sinal de que a proteção não está sendo eficaz. Neste caso, você deve aumentar o FPS ou então reaplicar o filtro solar com um intervalo menor”, explica.
O fator mínimo para uma proteção adequada é o FPS 15, aplicando o filtro generosamente, sempre 20 ou 30 minutos antes de se expor ao sol e reaplicá-lo a cada 2 horas. Entretanto, como o FPS é determinado em laboratórios, sob condições especiais, os especialistas recomendam dar uma margem de segurança, usando sempre um filtro solar com FPS igual ou maior que 30.
“Ao contrário do que se pensa, os cuidados com a pele no verão precisam ser diários, mesmo quando não estamos na praia ou na piscina”, salienta a dermatologista. Segundo ela “a proteção solar é importante, já que evita o envelhecimento precoce, câncer de pele e queimaduras. Cuidados como a hidratação e limpeza da pele também são indispensáveis”, finaliza.
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Entenda seu filtro solar
A linguagem utilizada nos rótulos dos filtros solares muitas vezes deixa o consumidor confuso na hora da compra. Aprenda o que significam os termos mais frequentes e escolha aqueles mais indicados ao seu tipo de pele:
•Anti UVA e UVB: filtros que protegem contra os raios ultravioleta A e ultravioleta B.
•Hipoalergênico: utiliza substâncias que geralmente não provocam alergias.
•Livre de PABA ou "PABA Free": filtros que não contém a substância PABA, que tem alto poder de causar alergias.
•Livre de óleo ou "oil free": filtros cujos veículos não contêm substâncias oleosas. São os mais indicados para pessoas de pele oleosa ou com tendência à formação de cravos e espinhas.
•Não-comedogênico: filtros que não obstruem os poros, evitando assim a formação de cravos. São também indicados para pessoas de pele oleosa e com tendência à formação de cravos e espinhas.
Dica da especialista: Filtro solar que protege não deixa queimar. Filtro solar que deixa queimar não protege.
Por Williany Brito
(Matérias publicadas no Jornal Folha do Estado, no dia 13.12.2009)
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