quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

MAGIA DOS SÍMBOLOS NATALINOS


O presépio já tem uma história
de mais de sete séculos


O Natal é uma festa rica em símbolos, não muito diferente de outros festejos que possuem, também, imagens que falam por si. Mas, talvez estejamos tão acostumados a estes símbolos que nem são mais percebidos e acabamos não lhes dando a devida importância. O FOLHA DO ESTADO, com ajuda do arcebispo dom Itamar Viam, destacou os principais símbolos e seu significados. Confira:
Coroa do advento - Aparece no início do advento, anunciando o tempo de Natal. É uma guirlanda verde, sinal de esperança e vida. A fita vermelha que a envolve simboliza o amor de Deus com todos. Nela aparecem quatro velas, correspondendo aos quatro domingo do advento. Estas velas acesas, uma a cada domingo, simbolizam alegria pelo Deus que vem;
Árvore de Natal – A árvore utilizada é o pinheiro, pela sua capacidade de manter-se verde mesmo durante as estações mais adversas, nunca perdendo as folhas. A árvore, símbolo da vida, é enfeitada para acolher a verdadeira vida: Jesus Cristo. Com a árvore de Natal manifestamos a Jesus nossa alegria pela vida. Essa tradição surgiu na Alemanha, no século 16. As famílias germânicas enfeitavam suas árvores com papel colorido, frutas e doces. Somente no século 19, com a vinda dos imigrantes à América, é que o costume espalhou-se pelo mundo;
Sinos - Os sinos anunciam mensagens. O nascimento de Jesus é a boa notícia que o povo esperava. O toque dos sinos representa a alegria pelo fato de Jesus esta entre todos;
Bolas coloridas – Elas enfeitam a árvore de Natal, significando os dons maravilhosos que Jesus trouxe. São as boas ações dos seguidores e seguidoras de Jesus: perdão, partilha, verdade, oração, fé, esperança, justiça, solidariedade, compreensão e diálogo;
Presentes de Natal – O presente que oferecemos a alguém significa que se tem amizade por esta pessoa. No presente, que é um gesto de doação, nos incluímos no dom ofertado. No Natal, o presente quer expressar a alegria pelo nascimento de Jesus. “Deus deu o maior de todos os presentes: Jesus”, diz o arcebispo;
Estrela de Natal - “O evangelista Matheus, ao narrar o nascimento de Jesus, diz que os magos vieram do Oriente para adorar Jesus e foram guiados por uma estela (Mt 2,2.9). Assim como a estrela ilumina a noite , Jesus é a luz que vem nos visitar”, conta o religioso. As quatro pontas da estrela estão a nos dizer que todos os povos do norte, sul, leste e oeste vêm adorar Jesus. “Nós precisamos ser uma estrela de fé, de esperança”, salienta Don Itamar;
Velas - Representam a boa vontade. No passado europeu, apareciam nas janelas indicando que os moradores estavam receptivos;
Presépio – “O presépio é um elemento bastante significativo para o Natal dos cristãos. Nessa época, algumas famílias montam seu próprio presépio ou, pelo menos, pode admirá-lo na igreja da comunidade, geralmente em tamanho maior”, diz o arcebispo. O presépio já tem uma história de mais de sete séculos. Foi durante a missa de Natal, em Greccio, na Itália, que São Francisco de Assis decidiu representar o nascimento de Jesus, para que todos pudessem compreender melhor a mensagem de Deus.
Conta-se que São Francisco organizou tudo exatamente como aconteceu no dia em que Jesus nasceu. “Numa gruta, ele armou a manjedoura com palha e feno, chamou algumas pessoas para representar Maria, José, os reis magos e os pastores e, ainda, colocou um burro e um boi dentro da gruta. A missa foi celebrada por um sacerdote”, conta Don Itamar Vian. Segundo conta a história, muitas pessoas compareceram ao local com velas acesas.
Atualmente, em cada lugar, a montagem de presépio é adequada às expressões culturais e ao folclore dos respectivos povos;
Cartões - Surgiram na Inglaterra em 1843, criados por John C. Horsley que o deu a Henry Cole, amigo que sugeriu fazer cartas rápidas para felicitar conjuntamente os familiares;
Comidas típicas - O simbolismo que o alimento tem na mesa vem das sociedades antigas que passavam fome e encontrava na carne, o mais importante prato, uma forma de reverenciar a Deus.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 20.12.2009)

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