sexta-feira, 26 de março de 2010

MÉDICOS AMEAÇAM PEDIR DEMISSÃO DO HGCA

O vereador Reinando Miranda Filho, Ronny (PMN), utilizou seu tempo na sessão de ontem, na Câmara de Vereadores, para alertar que médicos cirurgiões e ortopedistas do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) ameaçam parar suas atividades no próximo dia 9 de abril, caso o Governo do Estado não atenda à reivindicação de reajuste salarial. A categoria ameaça pedir quebra do seu vínculo com o Estado.
O vereador se mostrou preocupado e cobra do Governo do Estado que resolva a questão. “É injusto que profissionais de saúde e médicos recebam esse tipo de tratamento do Estado”, salienta Ronny.
Cerca de 250 pessoas são atendidas diariamente pelo Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana. O número de atendimentos pode ser reduzido, caso os cirurgiões e ortopedistas peçam demissão dos cargos da unidade. De acordo com assessoria de comunicação do hospital, os médicos enviaram um ofício ao Ministério Público Estadual com o aviso de demissão, caso não haja reajuste salarial.
DECISÃO
Ainda segundo informações da assessoria, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab) foi comunicada oficialmente da decisão dos médicos pelo próprio hospital, através de carta enviada ao secretário de saúde Jorge Solla. De acordo com os representantes da categoria, eles estão com os salários congelados desde 2007.
“Este ano foram realizadas duas reuniões entre os médicos e Jorge Solla, onde, entre os assuntos discutidos, estava a possibilidade de reajuste salarial, que foi negado”, conta Ilma Silva, assessora do HGCA. De acordo com ela, os médicos levaram o caso ao Ministério Público e, na semana passada, enviaram um documento ao hospital, pedindo posicionamento da unidade com relação à situação. “Respondemos que ainda é aguardado acordo entre as partes envolvidas. O hospital não tem poder de contratar e ajustar salários. Isso é responsabilidade da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia”, afirma.
Ainda de acordo com a assessora, caso ocorram os pedidos de demissões, o setor de atendimento do Clériston será prejudicado, “pois os contratos não acontecem da noite para o dia”. “Em média, são realizados 250 atendimentos diariamente. Entre eles está o de cirurgia, setor de extrema importância para o Clériston, referencia em traumas na região”, salienta a assessora.

Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 25.03.2010)

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