Com provas em mãos, a jovem Mariana Bittencourt Pinto, 28 anos, esteve na redação do jornal FOLHA DO ESTADO para afirmar ter sido realmente sequestrada pelo ex-marido Luciano Dantas de Queiroz, 34, no dia 1º deste mês. Ela negou todas as declarações que o acusado fez na Delegacia de Conceição da Feira, inclusive a de que eles teriam resolvido se encontrar e ficarem alguns dias fora da cidade. Revelou ainda ter sido agredida logo após o fim do casamento, em novembro do ano passado.
Segundo Mariana, a última agressão física de Luciano aconteceu no dia 22 de novembro do ano passado, quando a manteve durante uma semana na casa onde moravam juntos. Na época, por medo, ela não chegou a denunciar, mas no dia 10 de fevereiro deste ano prestou queixa e revelou as ameaças que ela e a família sofriam, as perseguições e as agressões cometidas pelo ex-companheiro.
“Fui agredida fisicamente com murros, socos e ponta-pés. Até uma barra de ferro ele utilizou para me agredir, causando vários hematomas pelo meu corpo. Ele me manteve com uma faca apontada para o meu pescoço e ainda cortou meu cabelo. Fiquei com bastante medo, sem poder revelar à polícia o que acontecia, pois estava me sentindo completamente ameaçada e coagida”, lembra, salientando que a família era também constantemente ameaçada de morte.
Mesmo após ter prestado a queixa, Mariana conta que as ameaças continuaram. “Tive até que trocar o número do meu telefone por causa das ameaças, mas ele sempre descobria e voltava a me ligar. Ele tentava invadir a casa onde atualmente moro com meus pais. Minha família vivia eternamente com medo”, afirma a vítima, que conta que ele colocava pessoas para vigiá-la.
Segundo Mariana, a última agressão física de Luciano aconteceu no dia 22 de novembro do ano passado, quando a manteve durante uma semana na casa onde moravam juntos. Na época, por medo, ela não chegou a denunciar, mas no dia 10 de fevereiro deste ano prestou queixa e revelou as ameaças que ela e a família sofriam, as perseguições e as agressões cometidas pelo ex-companheiro.
“Fui agredida fisicamente com murros, socos e ponta-pés. Até uma barra de ferro ele utilizou para me agredir, causando vários hematomas pelo meu corpo. Ele me manteve com uma faca apontada para o meu pescoço e ainda cortou meu cabelo. Fiquei com bastante medo, sem poder revelar à polícia o que acontecia, pois estava me sentindo completamente ameaçada e coagida”, lembra, salientando que a família era também constantemente ameaçada de morte.
Mesmo após ter prestado a queixa, Mariana conta que as ameaças continuaram. “Tive até que trocar o número do meu telefone por causa das ameaças, mas ele sempre descobria e voltava a me ligar. Ele tentava invadir a casa onde atualmente moro com meus pais. Minha família vivia eternamente com medo”, afirma a vítima, que conta que ele colocava pessoas para vigiá-la.
PROVAS
A Polícia de Conceição da Feira encontrou várias cadernetas na casa do acusado contendo anotações sobre Mariana e explicando os passos da ex-mulher. Em uma delas dizia: “Você não quer me atender, mas não vou desistir. Te quero até o último dia da minha vida. Pensei que eu tivesse valor para você. Não quero nem sonhar que você esteja com outro, você sabe”.
De acordo com as investigações, todas as provas apresentadas pela vítima em entrevista à reportagem da FOLHA DO ESTADO, como: documento do aluguel do carro para o sequestro, fotos que provam as agressões sofridas em novembro e as queixas prestadas por ela, são verdadeiras.
Ainda de acordo com a polícia, Luciano Dantas responde quatro inquéritos: em 1996 e 1997, por tentativa de homicídio; o terceiro foi aberto por ameaça e perseguição à ex-companheira, em fevereiro deste ano, e, agora, por sequestrar Mariana.
A Polícia de Conceição da Feira encontrou várias cadernetas na casa do acusado contendo anotações sobre Mariana e explicando os passos da ex-mulher. Em uma delas dizia: “Você não quer me atender, mas não vou desistir. Te quero até o último dia da minha vida. Pensei que eu tivesse valor para você. Não quero nem sonhar que você esteja com outro, você sabe”.
De acordo com as investigações, todas as provas apresentadas pela vítima em entrevista à reportagem da FOLHA DO ESTADO, como: documento do aluguel do carro para o sequestro, fotos que provam as agressões sofridas em novembro e as queixas prestadas por ela, são verdadeiras.
Ainda de acordo com a polícia, Luciano Dantas responde quatro inquéritos: em 1996 e 1997, por tentativa de homicídio; o terceiro foi aberto por ameaça e perseguição à ex-companheira, em fevereiro deste ano, e, agora, por sequestrar Mariana.
Mariana Bittencourt contou, com provas em mãos, sobre o que aconteceu do dia 1º a 3 de abril, período que esteve em poder do ex-companheiro Luciano Dantas. No dia anterior ao sequestro, ela diz que percebeu que havia três homens próximos à sua casa, como se o carro deles estivesse quebrado no local. “É como se eles estivessem esperando a oportunidade para atacar”, especula.
Ao voltar do dentista, Mariana diz que foi colocada dentro do carro por três desconhecidos armados, sendo levada para uma estrada de chão. No momento do sequestro, várias pessoas testemunharam e logo acionaram a polícia, que deu início a busca pela localização de Luciano, que, segundo a família, era o principal suspeito.
Mariana conta que, ao chegar na estrada, Luciano estava armado e a colocou dentro de seu carro. “Fui levada para uma pousada, no fundo de um posto, em Riachão do Jacuípe. Nesse tempo, o celular dele tocava e ele negava o sequestro. Percebi que as pessoas estavam atrás de mim”, conta.
Por volta das 20 horas, ela foi levada para a casa de um amigo dele no bairro Santa Mônica, em Feira de Santana. “Sob ameaças, ele me forçou a fingir que estava tudo bem. Como não poderia afirmar qualquer coisa que ele mandasse, se ele dizia toda hora que estava em contato com os três homens, e caso não fizesse o que ele mandava, iria acontecer alguma coisa com minha família?”, questiona a vítima.
Segundo Mariana, no dia 2, ainda na casa do amigo, o acusado permitiu a entrada do tio, que pediu a liberação da jovem. “Ele negou para o próprio tio que não era um sequestro e disse que eu estava lá por minha vontade”, conta. Depois da conversa, disse a vítima que iria entrar em contato com um advogado e que era para ela confirmar a versão dele: “Estávamos saindo sempre, o que acontece é que a família dela não aceitou nosso namoro. Então resolvemos nos encontrar e ficar alguns dias fora”. “Para sair de perto dele, concordei com tudo que Luciano disse”, afirma a vítima.
Ao chegar na delegacia, no dia 3, Luciano contou que não foi um sequestro, mas sim um acordo que eles iriam ficar juntos independentemente da opinião da família. “Isso nunca existiu. Eu tenho 28 anos e sei o que quero da minha vida. Meus familiares nunca intervieram no nosso relacionamento”, diz Mariana. Ela passou mal na delegacia e foi levada a um hospital da cidade, onde terminou confirmando o sequestro.
A Polícia Militar foi chamada para evitar que Luciano deixasse a delegacia, pois a delegada foi ouvir as declarações de Mariana no hospital. Na sala de atendimento de emergência, ela confessou ter sido mantida em cativeiro pelo ex-companheiro.
Luciano Dantas de Queiroz permanece preso, à disposição da Justiça, no Complexo Policial de Feira de Santana.
Por: Williany Brito
Ao voltar do dentista, Mariana diz que foi colocada dentro do carro por três desconhecidos armados, sendo levada para uma estrada de chão. No momento do sequestro, várias pessoas testemunharam e logo acionaram a polícia, que deu início a busca pela localização de Luciano, que, segundo a família, era o principal suspeito.
Mariana conta que, ao chegar na estrada, Luciano estava armado e a colocou dentro de seu carro. “Fui levada para uma pousada, no fundo de um posto, em Riachão do Jacuípe. Nesse tempo, o celular dele tocava e ele negava o sequestro. Percebi que as pessoas estavam atrás de mim”, conta.
Por volta das 20 horas, ela foi levada para a casa de um amigo dele no bairro Santa Mônica, em Feira de Santana. “Sob ameaças, ele me forçou a fingir que estava tudo bem. Como não poderia afirmar qualquer coisa que ele mandasse, se ele dizia toda hora que estava em contato com os três homens, e caso não fizesse o que ele mandava, iria acontecer alguma coisa com minha família?”, questiona a vítima.
Segundo Mariana, no dia 2, ainda na casa do amigo, o acusado permitiu a entrada do tio, que pediu a liberação da jovem. “Ele negou para o próprio tio que não era um sequestro e disse que eu estava lá por minha vontade”, conta. Depois da conversa, disse a vítima que iria entrar em contato com um advogado e que era para ela confirmar a versão dele: “Estávamos saindo sempre, o que acontece é que a família dela não aceitou nosso namoro. Então resolvemos nos encontrar e ficar alguns dias fora”. “Para sair de perto dele, concordei com tudo que Luciano disse”, afirma a vítima.
Ao chegar na delegacia, no dia 3, Luciano contou que não foi um sequestro, mas sim um acordo que eles iriam ficar juntos independentemente da opinião da família. “Isso nunca existiu. Eu tenho 28 anos e sei o que quero da minha vida. Meus familiares nunca intervieram no nosso relacionamento”, diz Mariana. Ela passou mal na delegacia e foi levada a um hospital da cidade, onde terminou confirmando o sequestro.
A Polícia Militar foi chamada para evitar que Luciano deixasse a delegacia, pois a delegada foi ouvir as declarações de Mariana no hospital. Na sala de atendimento de emergência, ela confessou ter sido mantida em cativeiro pelo ex-companheiro.
Luciano Dantas de Queiroz permanece preso, à disposição da Justiça, no Complexo Policial de Feira de Santana.
Por: Williany Brito
(Matéria publicada no dia 11.04.2009 no Jornal Folha do Estado)
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