quinta-feira, 25 de junho de 2009

MULHERES DISCORDAM DA PESQUISA "HOMENS SÃO MELHORES MOTORISTAS”

Claudynara Pereira: "As mulheres são muito mais cautelosas, mais atenciosas"

A polêmica existe desde que a primeira mulher ousou pilotar um automóvel. Afinal, quem é melhor motorista: homens ou mulheres? Elas conquistaram o mercado – representam hoje aproximadamente metade das vendas de automóvel no país. Mas não convenceram o sexo oposto de que essa igualdade se entende também para a habilidade ao volante.
Se depender dos números divulgados pela agência inglesa Driving Standards Agency (DAS) e publicados no site de notícia Wales Online, a fama delas vai continuar. Pesquisa realizada no país com candidatos à carteira de motorista revelou que os homens representam 53,8% dos aprovados no exame contra 47,4% das mulheres.
De acordo com o coordenador da 3ª Ciretran de Feira de Santana, Evandro José Sampaio, o Detran não possui os números, separadamente, de quantos candidatos e candidatas a carteira de motorista foram reprovados no exame. “Não temos como separar esses dados por sexo”, afirma o coordenador.
Apesar da falta de dados, elas se defendem, e afirmam que os homens são mais “afoitos” que as mulheres e que a pesquisa realizada pela agência inglesa está equivocada.
“As mulheres são muito mais cautelosas, são mais atenciosas. Já os homens são mais afoitos, e abusam da velocidade. Na verdade, eles querem mostrar potencial”, afirma a motoqueira Claudynara Pereira de Souza, 33, que dirige há cinco anos.
O pensamento de Suzana Pereira da Silva não é muito diferente de Claudynara. Ela diz com orgulho que nunca colidiu o carro desde quando começou a dirigir. “Eu aprendi a dirigir aos 13 anos. Com 20 anos, tirei a minha habilitação. Dirijo há mais de 15 anos e nunca bati o carro”, conta Suzana, que afirma que os homens, “geralmente, provocam acidentes”.
Segundo ela, os homens são “autoconfiantes até demais”. “Eles acham que são superiores que a gente. Sem dúvida, a mulher dirige muito melhor que os homens. Essa pesquisa está equivocada”, afirma.
Ao contrário delas e a favor da maioria dos homens, o taxista Gilson Ramos, 34, afirma que o que falta nelas é segurança. “Elas até tem capacidade, mas o medo supera. Aqui na Bahia, em outro Estado, em outro país os homens são melhores motoristas. Não é machismo. É a realidade”, diz Gilson sorrindo.

Por Williany Brito

(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 21.06.2009)


"SAIA GILMAR"


O movimento Saia Gilmar realiza manifestação de protesto em frente ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão do presidente da Casa, Gilmar Mendes, de acabar com a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão

domingo, 21 de junho de 2009

ALGUÉM QUER UM EMPREGO DE “JORNALISTA” AÍ?

Carteira de Jornalista da Fenaj
entregue apenas aos diplomados

É verdade... qualquer brasileiro pode requerer no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) o registro profissional de jornalista, independentemente do grau de escolaridade. Não! Não é brincadeira! Não precisa diploma ou certificado que comprove ter algum dia assistido a qualquer curso, tampouco comprovar que domina técnicas de entrevista, entenda de teorias de comunicação ou saiba definir reportagem. Não precisa fazer distinção do que é um “lide” ou uma “manchete”. O futuro candidato pode agora desconhecer até a ética que rege a profissão. Na verdade, se souber “desenhar” seu nome talvez nem precise provar que sabe ler e escrever para retirar o documento no ministério. Depois disso, só falta o passo final para começar a trabalhar na área: encontrar alguém disposto e lhe oferecer um emprego.
Por sorte, temos legislação contra o trabalho infantil e a que regulamenta o trabalho de estrangeiros. Caso contrário, concluo que pela sentença, até um estrangeiro menor de idade poderia se arrogar o direito de ser jornalista no Brasil.
Parece piada de mau gosto, pena que não é. Por oito votos a um, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram na última quarta-feira (17) pelo fim da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. A medida confirmou um entendimento da Casa, já praticamente consolidado quando a Lei de Imprensa foi revogada em 30 de abril. A decisão jogou para os códigos Civil, Penal e Constituição Federal os julgamentos de futuras ações contra os profissionais.
É lastimável um País ser a favor do amadorismo! Como futura jornalista, repudio a postura do STF e sou solidária aos meus “pobres” amigos, também estudantes, que estão iniciando uma jornada fadada ao insucesso de uma categoria que passa a não existir perante a sociedade brasileira!

COMPARAÇÃO ABSURDA!

O ministro Gilmar Mendes do STF (o mesmo que foi acusado diante das câmeras em 22 de abril, por outro ministro, Joaquim Barbosa, de estar “destruindo a Justiça deste país”, além de ter sido lembrado pelo colega que não estava “falando com seus capangas de Mato Grosso”) abriu a sessão de votação que extinguiu a necessidade do diploma em jornalismo.
É simplesmente inacreditável. O presidente do STF desrespeitou os jornalistas brasileiros, ao dizer que esta atividade tem a mesma dimensão da culinária e do corte e costura. Respeito muito esses profissionais, mas eles não formam opiniões. Na tese do magistrado, um chefe de cozinha com faculdade em culinária “não obrigaria” que toda e qualquer refeição devesse ser feita por profissionais com curso superior na área.
Diante de tantas asneiras mencionadas, penso que não deveria ser exigido diploma para sentar numa cadeira do STJ.

Por Williany Brito
(Artigo divulgado no Jornal Folha do Estado, no dia 24 de junho 2009)

Vestibular UNEF: inscrições abertas até 17 de julho

A Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana (UNEF) está com as inscrições abertas, até o dia 17 de julho, para seu vestibular de inverno continuado. As provas serão aplicadas no dia 18, às 14 horas, na unidade. As inscrições podem ser feitas através do site www.unef.edu.br ou na própria faculdade.
Os cursos oferecidos são: Jornalismo, Administração e Publicidade e Propaganda. Recentemente, todos os cursos foram reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC), com nota que coloca a UNEF entre as faculdades mais bem avaliadas do Brasil.
Os resultados serão divulgados no dia 19 de julho. Os aprovados devem realizar a matrícula a partir do dia 20 do mesmo mês. Outras informações podem ser obtidas no site mencionado, pelo telefone 2101-5656 ou na própria instituição, localizada na Avenida Presidente Dutra, no bairro Capuchinhos.
Escolher a UNEF é pensar no futuro, é entrar no mercado de trabalho e ter seus sonhos realizados.
Por Williany Brito
(Matéria publicada nos informativos da UNEF e no Jornal Folha do Estado, no dia 20.06.2009)

UNEF tem todos os cursos Reconhecidos pelo MEC

Depois do reconhecimento do curso de Administração, a Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana – UNEF, comemora a Portaria de reconhecimento dos cursos de Comunicação Social (Jornalismo e Publicidade e Propaganda). A portaria foi divulgada hoje (5), no Diário Oficial da União. Em funcionamento desde abril de 2003, o curso já graduou cinco turmas para o mercado de trabalho.
Os avaliadores do Ministério da Educação (MEC) visitaram as instalações da faculdade no dia 15 outubro de 2007, para verificar, entre outros aspectos, as instalações físicas do campus e o projeto político-pedagógico. As notas do MEC variam de 1,0 a 5,0, portanto os cursos receberam 4,0, nota que coloca a UNEF entre as faculdades de comunicação mais bem avaliadas do Brasil.
Para o diretor-presidente da UNEF, professor Newton Oliveira, nestes cinco anos, “professores e alunos têm contribuído para consolidação dos cursos, marcados pela amplitude do campo científico, pluralidade metodológica e por disciplinas relacionadas à sociedade e ao poder simbólico da linguagem”.
A UNEF vivencia um momento impar desde a sua criação, que é o reconhecimento de todos os cursos. “O objetivo de um curso, quando se é autorizado, é atingir todos os pontos qualitativos. Essa fase significa o atendimento de todos os requisitos necessários para preparar os estudantes de Jornalismo e Publicidade e Propaganda para o mercado de trabalho”, afirma a coordenadora dos cursos de Comunicação Social, Élica Paiva.
A coordenadora destaca a qualificação dos professores como aspecto principal do fortalecimento dos cursos. “A estrutura física da instituição ajudou bastante, mas os colaboradores e, principalmente, os professores (com toda a credibilidade e bom desempenho) foram fundamentais para esse reconhecimento”, conta.

Diário Oficial da União
PORTARIA No- 728, DE 4 DE JUNHO DE 2009
A Secretária de Educação Superior, usando da competência que lhe foi conferida pelo Decreto no 5.773, de 9 de maio de 2006, alterado pelo Decreto No- 6.303, de 12 de dezembro de 2007, e tendo em vista o Relatório SESu/DESUP/COREG no 052/2009, da Diretoria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, conforme constados Processos nºs 23000.019396/2006-68 e 23000.019403/2006-21, Registros SAPIEnS nºs 20060009227 e 20060009238, do Ministério da Educação, resolve:Art. 1o Reconhecer o curso de Comunicação Social, bacharelado, habilitações em Jornalismo e em Publicidade e Propaganda, com 200 (duzentas) vagas totais anuais, nos turnos diurno e noturno, ministrado pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana, na Avenida Presidente Dutra, s/nº, bairro Capuchinhos, na cidade de Feira de Santana, Estado da Bahia, mantida pela Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana S/C Ltda., com sede na cidade de Salvador, Estado da Bahia, nos termos do disposto no artigo 10, § 7º, do Decreto No- 5.773, de 9 de maio de 2006.Parágrafo único. O reconhecimento a que se refere esta Portaria é válido exclusivamente para o curso ministrado no endereço mencionado neste artigo.Art. 2o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Por Williany Brito
(Matéria publicada nos informativos da UNEF e no Jornal Folha do Estado, no dia 05.06.2009)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

PROFESSORES E ALUNOS DA UNEF INCENTIVAM A RESPONSABILIDADE SOCIAL

Com uma programação diversificada, os estudantes, orientados pelos professores, transformaram as dependências da UNEF, na último dia (10), num verdadeiro ambiente de ações e informações relacionadas a responsabilidade social. Durante todo o curso, o corpo estudantil é estimulado a se conscientizar com a sociedade e, concomitantemente, ampliar os horizontes do conhecimento para além da sala.
A doação de sangue foi uma das ações desenvolvidas pelos alunos do 6º e 7º semestre, do curso de Publicidade e Propaganda em parceria com o IHEF. Além da doação, a comunidade acadêmica pode visitar outros quatro stands, onde os estudantes da disciplina Promoção de Vendas, orientados pela professora Dorotéa Bastos, expuseram os temas propostos de maneira original e criativa.
Para esclarecer o tema “Responsabilidade Sócio Ambiental na Kaiser”, foi convidada a gerente da área de Qualidade, Meio Ambiente e Segurança do Trabalho, Vânia Miralva Cordeiro Pinto. Os alunos do 7º semestre do curso administração puderam perceber que é possível ser socialmente responsável e, ao mesmo tempo, cuidar do meio ambiente e da qualidade de vida da comunidade. A palestra aconteceu na Sala Verde.
Em prol da solidariedade, foi realizado um workshop, com o diretor de fotografia linear, Reinaldo Barcelar. Com o tema “Sorria você vai ser filmado”, os estudantes receberam dicas de filmagem e aprenderam as técnicas utilizadas pelo profissional. A inscrição foi 1kg de alimento, que foram doados a pessoas carentes.
SORTEIO
Na mesma quarta-feira, foi realizada a entrega de uma TV Sharp, na área de convivência da UNEF. O sorteio, referente a uma rifa, foi realizado pelos alunos do 6º semestre de administração, com objetivo de levantar fundos para a formatura.
Por Williany Brito
(Matéria publicada nos informativos da UNEF, no dia 11.06.2009 )

segunda-feira, 8 de junho de 2009

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PAUTA DAS ESCOLAS

Nas últimas décadas, vêm se intensificando as preocupações inerentes à temática ambiental. Concomitantemente, as iniciativas dos variados setores da sociedade para o desenvolvimento de atividades, projetos e congêneres no intuito de educar as comunidades. Dentro desse contexto, sobressaem-se as escolas, como espaços privilegiados na implementação de atividades que propiciem essa reflexão.
Em Feira de Santana, diversas escolas, durante toda essa semana, realizaram atividades de conscientização sobre o aquecimento global e preservação do meio ambiente e suas consequências no mundo. Elaboração de cartazes, preparação e distribuição de panfletos, plantação de mudas, vídeos documentários, palestras, visitas ao Parque do Saber e ao Parque da cidade, dentre outras, foram algumas das atividades desenvolvidas entre alunos e professores.
Para a diretora da Escola Adventista de Feira de Santana, Vandete Lopes Castor, é preciso desenvolver a educação ambiental durante todo o ano, não somente na semana em que se comemora o Meio Ambiente. “A ideia político-pedagógica da escola é refletir sobre o meio ambiente, desenvolvendo o hábito diário entre eles e com os pais, para que os oriente também em casa”, diz a diretora.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 05.06.2009 )

PRESERVAR É TAMBÉM COISA DE CRIANÇA

Crianças elaboram frases e desenhos, que servirão para confecção de panfleto

A questão ambiental está em alta por uma razão simples: necessidade de sobrevivência. Clara, Lorena, Everton e toda a turma da 2ª ano da Escola Adventista têm na ponta da língua a importância de se preservar o meio ambiente dentro e fora da escola. Segundo os professores, quanto mais cedo o tema for abordado maiores as chances de despertar nas crianças a consciência pela preservação.
Com a frase “Me ajude, não jogue o lixo no chão”, ao lado de um desenho da Terra, a pequena Milena Andrade da Silva, de 8 anos, orienta as pessoas a sempre levarem um saco dentro do carro para depositar o lixo. “É preciso jogar o lixo no lixo. Se jogarmos no chão, quando chover, ele vai entupir bueiros e a água invade casas e rios, poluindo o meio ambiente”, adverte a garota.
Vinícius Silva Oliveira, de 9 anos, cita vários cuidados que a comunidade deve ter para preservar o meio ambiente. “Não devemos cortar árvores; temos que separar o lixo em casa e na escola; não jogar lixo no chão; deixar o carro em casa e andar mais a pé ou de bicicleta”, recomenda o garoto.
Para a professora Valda Mélo, do 2ª ano, fazer atividades dentro e fora da escola é de “extrema importância, pois desperta na criança os cuidados que devemos ter com o nosso planeta”. “Eles entendem que tudo que fazemos volta como consequência dos maltratos com a natureza. Por
isso, quanto mais cedo o tema for abordado com as crianças, maiores são as chances de abrir os olhos à consciência pela precaução”, afirma.
Hoje, Dia do Meio Ambiente, os alunos da professora Valda irão ao Parque da Cidade plantar mudas de árvores. Logo após, estarão distribuindo panfletos com frases, produzidas por eles, no local e na comunidade.
Valda Mélo: tudo que fazemos é
consequência dos maltratos com a natureza

Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 05.06.2009 )

sábado, 6 de junho de 2009

MÚLTIPLAS POTENCIALIDADES NA SALA VERDE ÁGUAS DO SUBAÉ


Durante a Semana do Meio Ambiente, a Sala Verde Águas do Subaé, instalada no Colégio Santo Antonio, recebeu a comunidade para divulgar informações sobre o meio ambiente. O objetivo da Sala Verde é oferecer espaços com múltiplas potencialidades, dentre elas, a disponibilização e a democratização do acesso às informações, sendo esse um de seus principais focos.
Tais iniciativas podem desenvolver atividades diversas de Educação Ambiental como: cursos, palestras, oficinas, eventos, encontros, reuniões, campanhas, dentre outras. O Projeto Salas Verdes é coordenado pela Diretoria de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (DEA/MMA)
Ao ser aprovado o projeto, em 5 de junho de 2007 (Dia Mundial do Meio Ambiente), a direção do estabelecimento de ensino assumiu o compromisso com o Ministério de que a Sala Verde ficaria à disposição da comunidade. A Sala Verde recebeu o nome Águas do Subaé porque há muito o Colégio Santo Antônio levantou a bandeira em defesa do Rio Subaé, único que é genuinamente feirense.

Por Williany Brito

(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 05.06.2009 )

segunda-feira, 1 de junho de 2009

MULHERES SÃO MAIS AFETADAS PELO CIGARRO

“Estava desesperada para deixar de fumar. Tentava, mas não conseguia sozinha. Só um fumante sabe bem das dificuldades”. Dessa forma, a dona de casa Valéria Nascimento, 45 anos, descreve os momentos de tensão e sofrimento que enfrentou antes de procurar ajuda de especialistas e deixar definitivamente a dependência da nicotina.
No Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado hoje, 31 de maio, as atenções voltam-se para as mulheres, que passaram a ocupar mais espaço entre as vítimas fatais do câncer de pulmão – doença diretamente ligada ao tabagismo. As estatísticas mostram que, entre 1990 e 2002, o câncer de pulmão saltou de quarto para segundo lugar no ranking dos tumores que mais matam pacientes do sexo feminino no Brasil, perdendo apenas para o câncer de mama.
Durante muitos anos, o tabagismo foi visto como uma opção por um estilo de vida. Porém, hoje é reconhecido pela ciência como uma doença causada pela dependência de uma droga, a nicotina. Valéria era uma das milhares de pessoas a passar anos se expondo a mais de 4.700 substâncias tóxicas, que causam graves doenças incapacitantes e fatais como câncer, doenças cardiovasculares e pulmonares obstrutivas crônicas.
Em Feira de Santana, através da Secretaria Municipal de Saúde e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS ad) Dr. Gutemberg de Almeida, foi implantado o Programa Municipal de Controle do Tabagismo, que busca possibilitar uma melhor qualidade de vida à população, com um trabalho de prevenção e promoção à saúde. Foi com o apoio do núcleo que Valéria encontrou ajuda para deixar o vício.
Mas, o contrário do que muitos pensam, não é fácil para o fumante acostumar com a ideia de nunca mais colocar um cigarro na boca, principalmente quando se fuma há muitos anos, como é o caso de Valéria. Fumante desde os 12 anos de idade, ela conta que essa não foi a primeira tentativa de parar de fumar.
“Entrei no CAPS no final do ano passado. Comecei o tratamento com psicólogo, depois passei pelo psiquiatra, usei adesivos e antidepressivos, mas não consegui continuar e acabei voltando a fumar”, conta a dona de casa, que voltou a buscar ajuda há um mês e se diz recuperada, mas salienta: “A partir da próxima semana, não precisarei ser acompanhada semanalmente pelos médicos. Agora, os encontros serão de dois em dois meses”.

AUMENTO DE PESO
Perguntada sobre a principal mudança em seu corpo, Valéria afirma que está “mais gorda”. Os nutricionistas explicam que a nicotina, além de acelerar um pouco o metabolismo, também suprime o apetite. Quando se está a trabalhar e não se tem muito tempo para parar, é (ou era) aparentemente mais fácil pegar num cigarro e continuar o trabalho do que interromper o trabalho para comer.
“Parar de fumar é igual quando terminamos o namoro, temos que fazer algo para não pensar naquilo que não quer sair da cabeça. E é isso que venho fazendo, ocupo meu tempo com algumas atividades, como, por exemplo, caminhar. Isso é muito importante, pois, além de não pensar no cigarro, perco alguns quilinhos”, comemora, sorridente.

Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, como manchete do dia 31.05.2009 )

NICOTINA: UMA DEPENDÊNCIA MUITO PODEROSA









Lázaro tenta substituir o cigarro pelo chiclete de nicotina

As pessoas que já tentaram parar de fumar sabem o quanto é difícil esta experiência pode se tornar. Isto ocorre porque a nicotina é uma droga muito poderosa na produção da dependência. A fumaça do cigarro possui cerca de 4.700 substâncias, a nicotina é somente uma delas.
O estudante de publicidade e propaganda Lázaro Sampaio, 25 anos, luta contra a dependência. Fumando desde os 18 anos, segundo ele por influência de seus pais ( ex-fumantes), já tentou por várias vezes parar, mas sem sucesso. “Essa já é a quarta vez que tento largar o cigarro. Não é fácil, isso eu garanto”, revela o estudante, que diz mascar chiclete com nicotina para suprir a necessidade do cigarro. “O chiclete substitui o cigarro”, afirma.
Entre todas as substâncias do cigarro, a nicotina não é a que mais mata ou produz doenças. A nicotina produz a dependência. As substâncias que produzem as doenças são as demais. Portanto, as pessoas fumam basicamente devido ao fato de serem dependentes da nicotina e acabam ficando doentes ou mesmo morrendo devido as ações das demais substâncias.

Por Williany Brito

(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 31.05.2009 )

CAPS: UMA SAÍDA PARA O VÍCIO

Carolina Carvalho: “Não cobramos nada pelo tratamento”

Criado em 2003, o Centro de Apoio Psicossocial Dr. Gutemberg de Almeida (CAPS ad) é destinado aos cuidados a pacientes que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas, como o cigarro, possibilitando, ainda, intervenções precoces, limitando o estigma associado ao tratamento.
De acordo com a psicóloga e coordenadora do CAPS, Carolina Carvalho, não é cobrado nada para se tornar paciente. “Não cobramos nada pelo tratamento, apenas pedimos uma cesta básica, que não é obrigatório, para ser doada entre os próprios pacientes que necessitam de ajuda”, orienta.
A proposta do trabalho, segundo a psicóloga, é utilizar a estratégia da “dedução de danos”, não tendo a abstinência como única meta viável e possível. “Trata-se de uma estratégia de saúde pública, que visa minimizar as possíveis consequências adversas do consumo de substâncias psicoativas lícitas e ilícitas sem necessariamente interrromper o uso”, explica.

FUNCIONAMENTO
Ao mesmo tempo em que há várias pessoas viciadas no cigarro, existem outras que desejam parar de fumar, mas não sabem como. O CAPS recebe pessoas a partir dos 12 anos, residentes em Feira de Santana, com sofrimento psíquico decorrente do uso, abuso e dependência de álcool e outras drogas e que desejam fazer o tratamento.
O CAPS conta com uma equipe interdisciplinar composta por médicos psiquiatras, psicólogos, enfermeira, assistente social, terapeuta ocupacional, musicoterapeuta, professor de educação física, oficineiros de teatro e artes, técnicas de enfermagem e equipe de apoio. “As atividades acontecem diariamente, havendo atendimento individual (quando necessário), atendimentos em grupos, oficinas terapêuticas de artes, dentre outras atividades”, informa Carolina.
São vários os horários de atendimento do CAPS: segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas. Às quartas-feiras, das 13 às 19 horas, as atividades para o público externo são suspensas para a realização de reuniões de equipe, estudo de caso e atividades de capacitação e formação continuada.
A coordenadora avisa que os interessados em realizar o tratamento podem ligar para (75)3625-3378 ou ir diretamente ao CAPS, localizado na rua Prudente de Moraes, 170, bairro Ponto Central.


Por Williany Brito

(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 31.05.2009 )