terça-feira, 20 de abril de 2010

PARARÁ, REBOLATION, LOBO MAU E NA BASE DO BEIJO SE DESTACAM ENTRE AS MÚSICAS PREFERIDAS DA MICARETA

Tomate tem umas das músicas preferidas da micareta 2010

Parará, Rebolation, Lobo Mau, Na Base do Beijo, Vale Night. A disputa pelo título de música da Micareta de Feira de Santana 2010 é grande e envolve a população feirense. A equipe do FOLHA DO ESTADO saiu pelo circuito oficial Maneca Ferreira durante os cinco dias de folia momesca para saber qual canção é a preferida do folião.
A publicitária Ana Paula Falcão, de 22 anos, afirmou que sua música preferida é o sucesso do Asa de Águia, Vale Night, que brinca com a situação em que um dos cônjuges libera o amado por uma noite. “Essa música está estourada mesmo. Todo mundo quer um vale night. É só tocar que todo mundo gosta”, diz a jovem, sorrindo.
Parará é a preferida do engenheiro civil Paulo Casagrande, de 31 anos. A música do cantor Tomate, para ele, foi a que mais fez os foliões “tirarem os pés do chão”. “Não tem outra: essa música é a que levanta a galera. Basta tocar pra todo mundo enlouquecer e sair dançando. Essa, com certeza, é a música da Micareta 2010”, decreta o engenheiro.
E o Rebolation é a predileta da estudante de administração Claudia Freitas, de 24 anos. Para ela, com certeza, a canção do grupo Parangolé é melhor música da micareta. “Ela é tudo de bom: contagiante, pra cima, a dança é massa, empolgante. Ela é a minha preferida.
A empresária Elaine Brito, de 27 anos, gosta mesmo é do hit do grupo de pagode O Báck, Lobo Mau, com seu polêmico refrão “Vou te comer, vou te comer”. “Ela está tocando bastante. O ritmo é contagiante e não deixa ninguém parado. Pra mim, não tem outra”, diz a empresária.
Já a publicitária Isabela Sousa Cruz, de 28 anos, é fã da música de Ivete Sangalo e defende Na Base do Beijo. “Olha, eu tenho que admitir que o Rebolation é sucesso e valoriza o pagode baiano, mas, em minha opinião, a música da micareta é Na Base do Beijo. Apesar de também gostar do Parangolé, acho a música de Ivete melhor.

Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 20.04.2010)

ALEGRIA E PAZ FORAM AS PRINCIPAIS MARCAS DA MICARETA DE FEIRA DE SANTANA

O Camarote da Comunicação marcou, mais uma vez, presença na Micareta de Feira de Santana


Quem curtiu a Micareta de Feira de Santana pôde pular e dançar ao som de grandes nomes da música. Seja nos blocos, camarotes, arquibancadas ou na pipoca, os foliões não pouparam energia durante todo período da festa, que aconteceu entre os dias 14 e 18 de abril.
A diversidade de hits e a fusão cultural agradaram a todos. Axé, pagode, forró, reggae, marchinhas, samba, música eletrônica tomaram conta dos circuitos da Micareta: Maneca Ferreira (oficial), espaço Quilombola, espaço Charles Albert e nos bairros Rua Nova e Tomba.
A TV Geral realizou a cobertura ao vivo durante os quatro dias oficiais da Micareta. Foram mais de 30 horas de cobertura, mostrando todos os principais lances do circuito Maneca Ferreira. A equipe de reportagem recebeu autoridades, lideranças políticas, músicos e outras personalidades.

CAMAROTE DA COMUNICAÇÃO
O Camarote da Comunicação marcou, mais uma vez, presença na Micareta de Feira de Santana. O Camarote é uma realização da Rede Baiana de Rádio – RBR (rádios: Sociedade de Feira de Santana AM 970, Princesa FM 96,9, Andaiá FM 104,3, Alvorada AM 1460, São Gonçalo AM 1410, Senhor do Bonfim 850 e Valle FM 105,3), em parceria com o jornal FOLHA DO ESTADO, TV Geral e Rádio Geral Web.
Durante a festa, realizada de 14 a 18 de abril, o camarote recebeu outros veículos de comunicação e profissionais da área, autoridades, clientes e convidados. O camarote, com capacidade para 400 pessoas, tem sido um “grande sucesso” na micareta, segundo foliões que passaram pelo espaço, entre eles autoridades, artistas e profissionais da imprensa baiana.
Passaram pelo Camarote da Comunicação o prefeito Tarcízio Pimenta; o vice-prefeito Paulo Aquino; ex-prefeito José Ronaldo; ex-governador Paulo Souto; os deputados estadual e federal Zé Neto e Colbert Martins; o ex-prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy; o secretário Estadual de Comunicação Robinson Almeida; os secretários do Município Edson Borges (Comunicação), Euclides Arthur (Cultura e Lazer), Flailton Frankles (Transporte e Trânsito), Mizael Freitas (Prevenção à Violência), dentre outros.
O ex-secretário de habitação, Antonio Carlos Borges Junior, foi um dos que não poupou elogios à organização do camarote da Comunicação. “Os organizadores estão de parabéns. Quero parabenizar o Folha do Estado, a TV Geral e a Rádio Geral pelo trabalho desenvolvido na micareta, pois a cidade precisa ser reconhecida, e só através da comunicação isso pode acontecer”, elogiou Borges Junior.
“A chuva que caiu em alguns momentos não atrapalhou a alegria das pessoas. A estrutura do camarote está muito boa, com muita gente bonita e, o principal, com profissionais qualificados trabalhando para transmitir a primeira micareta do Brasil”, afirmou ex-vereador Genésio Serafim.


Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 20.04.2010)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

PROJETO PROÍBE USO DE SACOLAS PLÁSTICAS NO COMÉRCIO

A comodidade leva a população a utilizar as sacolas de plástico
oferecidas pelos estabelecimentos comerciais


A maioria das invenções está diretamente relacionada com nosso conforto e praticidade, porém muitas delas são colocadas no mercado sem nenhuma pesquisa mais profunda de seu impacto, principalmente ambiental. Esse é o caso das sacolas plásticas ou "saquinhos de supermercado", que nos últimos tempos estão sendo alvo de discussões, com direito até projeto de lei.
Desde sua invenção, em 1907, o polímero (plástico) vem ocupando cada vez mais espaço no dia-a-dia das cidades. Ganhou novas formas, cores e utilidades. As primeiras sacolas eram de plástico mais grosso (de baixa densidade). Apesar de antiga, a invenção veio explodir no Brasil a partir da década de 80, contribuindo para a filosofia do "tudo descartável". Mas, agora é constatado que elas são um dos grandes vilões do meio ambiente.
Em Feira de Santana, foi votado e aprovado pela Câmara de Vereadores o projeto de lei, de autoria do vereador Carlos Alberto Costa Rocha (Frei Cal), que dispõe sobre a substituição e recolhimento de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais localizados no município. De acordo com Frei Cal, a Lei surge como forma de colocá-las à disposição do ciclo de reciclagem, visando proteger o meio ambiente. O descumprimento da lei implicará em multa da ordem de 100 a 10 mil UFIRs (Unidade Fiscal do Imposto de Renda) contra a empresa infratora.
O autor do projeto alertou para o fato de que as sacolas plásticas, em Feira de Santana e no país, causam prejuízo considerável ao meio-ambiente e, consequentemente, à vida humana. Distribuídas nos supermercados e em outras atividades comerciais, aparentemente são confortáveis, mas suas consequencias são desastrosas para a natureza.
O secretário de Meio Ambiente do Município, Antonio Carlos Coelho, comemora o projeto de lei, mas salienta: “A iniciativa do projeto é excelente, pois o saco plástico leva mais de cem anos para ser decomposto no meio ambiente. Mas, tenho minhas dúvidas a respeito da constitucionalidade. É preciso que a Comissão de Justiça e Redação da Câmara examine com muito cuidado a constitucionalidade para que não seja um projeto aprovado e fique sem aplicar”, afirmou.
PROBLEMAS AO MEIO AMBIENTE
Esse produto aumenta em até 20% o volume do lixo, embora sua massa corresponda a apenas 4% dos resíduos. Outros inconvenientes são o fato de a sacola ser impermeável e demorar até 300 anos para se decompor – e emitir gases ao longo desse processo. “Descartada no ambiente, por ser maleável e leve, o saco plástico contribui também para entupir bueiros e facilitar enchentes nas cidades”, salienta o vereador Frei Cal.
A tosadora Francilene Lucena Aquino já adotou as sacolas reutilizáveis para ir àscompras. “O planeta vem sendo afetado por imprudência e ignorância de várias pessoas. Todos devem se conscientizar que devemos fazer algo hoje para que no futuro esses problemas, causados pelo material, não venha agravar ainda mais a situação do meio ambiente”, alerta.
Para o autor da medida, o município deve adotar ações voltadas a preservação ambiental. “Essa discussão percorre o mundo inteiro, e em Feira não poderia ser diferente. Nós temos que nos conscientizar que ou a gente toma providencias duras com relação ao descuido que está se tendo com o meio ambiente ou sofreremos as conseqüências, e os que virão depois de nós, os filhos, netos, sofrerão mais ainda. A questão dos sacos plásticos traz prejuízos não só em Feira como no Brasil e mundo inteiro”, diz o vereador. Ele acredita que os estabelecimentos comerciais irão acatar a lei, pois “não é mais aceitável usar somente pela comodidade”.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 18.04.2010)

domingo, 18 de abril de 2010

FEIRA SE DESPEDE DA MICARETA COM MUITA ALEGRIA

A alegria tomou conta da avenida durante todos os dias de festa


Quem curtiu, ou e ainda está curtindo a Micareta de Feira de Santana, pôde pular e dançar ao som de grandes nomes da música. Seja nos blocos, camarotes, arquibancadas ou na pipoca, os foliões não pouparam energia desde o dia 14 até o domingo (18), último dia da festa.
A mistura do axé, pagode e forró tomam conta do último dia de Micareta. Para fechar com “chave de ouro”, os forrozeiros Xanddy e Solange comandam o Bloco Aviões Elétrico. Para cair no pagodão, o bloco Furacão entra na Avenida com Marcio Vitor da banda Psirico. O axé invade o circuito da folia com a banda Chiclete com Banana e Tomate. Ainda no circuito Maneca Ferreira, o folião vai poder curtir Tonho Matéria.
Como a Micareta não é feita somente no circuito Maneca Ferreira, para o último dia da festa o folião vai poder curtir o grupo Novo Tom, que agita o espaço Quilombola; a Orquestra Biriba estará no Espaço Charles Albert; o grupo Kortezia se apresenta do bairro Rua Nova; e Osvaldo Silva, no Palco do Tomba.

QUEM ESTEVE NA MICARETA
A primeira atração a desfilar na Micareta foi a Banda Maravilha, seguida de Latitude Dez; Fanfarra; Amanda Santiago; Via Circular; Seu Maxcixe; Audacia Pura; Banda Conect; e a Fanfarra finaliza a grade de apresentações da quarta-feira, primeiro dia ainda não oficial da micareta.
As atrações da quinta-feira foram as seguintes: Trio Gospel, Expresso do Samba, Sem mais nem menos, Tatau, Armandinho, Carlinhos Brown, Cheiro de Amor, Rataplan, Netinho, Missinho, Banda Eva, Jammil, Mazinho Venturini, João Gheto, Dj, Papel de Seda, Flavinho, Revolusamba, e finalizando, a banda Concect. No palco Quilombola esteve Velha Guarda do Samba, Saul Barbosa, Geronimo e Deny Mazine. Já na Kalilandia (Charles Albert): Fanfarra e orquestra Alegria Alegria.
Já na sexta-feira, passaram pelo circuito principal Sabor de hortelã, Massarada, H lera vip, Expresso do samba, Pega e Fica, Outros Baianos, Neguinho da beija flor, Claudia Leitte, Negra cor, Banda Eva, Black Style, Filhos de Gandy, Chicabana, Camila Venturine, Motumba, Harmonia, Monte Sião, Groove Guetto, Sine Calmom, D.j, Batifum, Excita Samba, Mania de Ghetto, C. afro. No mesmo dia, no Palco Quilombola esteve Neto de Gandhi, Na Quebrada, Ilê de Malê, Fonte de Luz, Furacão do Reggae. Na Kalilândia (Charles Albert) o folião curtiu Nil Brasil e Wile Hendel.
Já ontem, penúltimo dia da folia, Daniela Mercury, Parangolé, Timbalada, Asa de Águia animaram o circuito Maneca Ferreira. Libú do Reggae levou seu som ao Palco Quilombola e Juan e Ravena animam o folião infantil no Espaço Charles Albert. Ainda no terceiro dia de festa, os palcos da Rua Nova e Tomba receberam os artistas, animando os foliões que preferiram ficar no próprio bairro e curtir a festa. O cantor Sine Calmom tocou no bairro Rua Nova e o grupo Pagodart se apresentou no bairro do Tomba.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 18.04.2010)

sábado, 17 de abril de 2010

INVASÃO IMPEDE REUNIÃO DO CONSELHO DE TRANSPORTE

A sala de reunião foi invadida por manifestantes


Uma manifestação promovida por estudantes impediu a continuidade da reunião do Conselho Municipal de Transporte (CMT), que estava sendo realizada no final da tarde de ontem na Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT). O Ministério Público também tentou suspender a discussão sobre o reajuste da tarifa do transporte coletivo, mas o CMT impediu a participação do advogado na reunião, que deu início a portas fechadas sem a presença da imprensa.
Conforme a pauta, seriam discutidos três itens: apresentação do plano de ação especial de transporte público parta a Micareta 2010; otimização do emprego da frota nova de ônibus coletivos urbanos; e análise dos custos tarifários dos ônibus coletivos urbanos de Feira de Santana.
O Ministério Público já havia recomendado que o órgão não discutisse a questão, graças a uma ação do vereador Getúlio Barbosa, mas houve o impedimento na entrada do advogado André Luiz Marques. O entendimento da promotora Luciélia Silva Araújo é que uma decisão às vésperas da Micareta pode trazer prejuízos ao consumidor, pois não houve tempo para discussões prévias sobre o assunto. Ela sugere que seja realizada mais de uma reunião, para que haja uma avaliação mais embasada.
Após 20 minutos do início da reunião, os estudantes decidiram invadir a sala em que se encontravam os conselheiros, fazendo com que o presidente do Conselho e secretário municipal de Transportes e Trânsito, Flailton Frankles, encerrasse a reunião. “Repudio veementemente a forma como o gabinete foi invadido. Mas, haverei de tomar as posições cabíveis para quem se comporta desta forma”, afirma Flailton Frankles, após finalizar a reunião.
No encontro, estavam presentes os membros do Conselho, como o secretário de Desenvolvimento Urbano, José Pinheiro; o representante da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (ACEFS), Marcelo Alexandrino e o representante do Sindicato Representante das Empresas de Ônibus (Sincol), Eloan Ferreira. Os vereadores Roberto Tourinho, Marialvo Carvalho, Frei Cal e Ângelo Almeida também marcaram presença.

NOVA REUNIÃO
Diante do ocorrido, o CMT deverá fazer uma nova convocação. Na oportunidade será debatido a otimização da nova frota de ônibus e o ajuste tarifário, ou seja, aumento da tarifa do transporte coletivo.
De acordo com o secretário de Trânsito, a sugestão dos estudantes, com relação à nova data da reunião, não será acatada. “A sugestão sugerida para o dia da nova reunião do Conselho não será acatada porque o presidente vai reunir com seus conselheiros para verificar a data viável e fazer funcionar e valer aquilo que é institucional”, diz.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 15.04.2010)

terça-feira, 13 de abril de 2010

VENDA DE “PÍLULAS DO DIA SEGUINTE” CRESCE NO PERÍODO DA MICARETA

Foliões que abusaram e fazeram sexo sem proteção vão da folia direto para as farmácias atrás das pílulas contraceptivas, conhecidas como “pílula do dia seguinte”. A medicação, que é vendida sem a necessidade de apresentação de receita no Brasil, pode ser tomada até 72 horas após o ato sexual sem proteção. Muitas pessoas extrapolam nesta época e o reflexo é visto nas farmácias. De acordo com seis drogarias do centro de Feira de Santana visitadas pelo FOLHA DO ESTADO, durante a micareta a procura pelo medicamento dobra.
É como conta a balconista de uma das farmácias, Vânia Silva de Carvalho. “Não temos estatísticas, mas sempre depois da Micareta ou de outras festas assim, há aumento na procura por pílulas do dia seguinte”, contou ela, que salienta: “Festa e bebida. As pessoas acabam esquecendo a camisinha, e terminam recorrendo à pílula”. Além de vender, os funcionários são orientados a informar os clientes quanto ao uso do medicamento, que deve ser utilizado apenas em casos extremos e não com regularidade.
“Nos domingos e nas segundas-feiras as vendas sempre aumentam. Cerca de 20 caixas de pílula do dia seguinte são vendidas nesses dois dias. No período da micareta, esse número duplica, chegando a vender aproximadamente 40 caixas do medicamento”, afirma a balconista Eliane da Silva.
A vendedora Raiane Carvalho contou que o aumento na procura pela “pílula do dia seguinte”, nessa época, é incontestável. “As pílulas já começam a ser vendidas logo na quarta-feira, início da micareta, e esse aumento na procura por este produto vai até à segunda-feira”, afirma a vendedora.
A procura pelo medicamento, ingerido via oral pela mulher, muitas vezes está associado à falta de preservativo na hora do ato sexual. E mesmo que diminua a possibilidade de gravidez, caso ser ingerida logo após o ato sexual, a pílula não protege de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST‘s) e Aids.
Concordando com o aumento na procura durante a micareta, farmacêuticos apresentaram algumas das diversas marcas disponíveis no mercado, que variam de R$ 16 a R$ 21 por cartela, contendo de uma a duas pílulas.
CUIDADOS
Muitas mulheres já passaram por alguma situação arriscada e recorreram à pílula do dia seguinte para evitar a gravidez indesejada. Porém, muitas mulheres usam esse meio de emergência como se fosse um método anticoncepcional, não sabendo dos riscos que correm.
Especialistas alertam que a pílula do dia seguinte deve ser usada em caso de extrema urgência, só em casos em que o preservativo rompeu acidentalmente, se esqueceu de tomar o anticoncepcional ou em decorrência de estupros. Mas ela não pode ser trocada pela camisinha, pois ela não previne contra as doenças sexualmente transmissíveis, inclusive o HIV e porque, se tomada com muita frequência, pode trazer problemas de saúde para a mulher.
Os especialistas explicam que são dois os comprimidos que devem ser tomados. O primeiro deve ser ingerido em até 72 horas depois da relação, mas, quanto antes (preferencialmente depois de 24 horas), maior será a sua eficácia. Em seguida, 12 horas depois da ingestão da primeira dose, deve-se tomar a segunda. Se já tomou anticoncepcional tradicional, não há necessidade de tomar a pílula do dia seguinte.
A ingestão pode causar alguns efeitos colaterais, como dores de cabeça, náuseas, vômitos, diarreia, sensibilidade nos seios, alterações intestinais, além de alterar todo o mecanismo hormonal do organismo. Se for tomada com frequência, pode haver muitas complicações menstruais.
Para os foliões que irão cair na farra sem prevenção, a orientação da Secretaria de Saúde é que procurem o Centro de Referência Estadual de DST/HIV/AIDS de Feira de Santana após o período de 90 dias, período necessário para a realização dos exames para detectar a contaminação por DSTs e Aids.

Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 11.04.2010)

CAMPANHA CONSCIENTIZA SOBRE USO DA CAMISINHA ANTES E DURANTE A MICARETA

Camisinha, folders e tatuagens temporárias são
alguns dos itens que serão distribuídas na Micareta
Entre serpentinas, bebidas e música, a Micareta segue no imaginário popular como uma época de sexualidade aflorada. É através da distribuição de camisinha, bandanas, folders, tatuagens temporárias, fitinha para colocar no pulso, porta-camisinha e outdoors que o Centro de Referência de DST/HIV/AIDS de Feira de Santana vai alertar o folião, no período de 15 a 18 deste mês, sobre a importância do uso do preservativo.
O tema deste ano é “Micareta com saúde para todas as tribos”. A ação, promovida pela Secretaria de Saúde, conta com apoio de outros setores, como Associação das Profissionais do Sexo de Feira de Santana (APROFS), Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro (FENACAB), Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania Homossexual (GLICH), Grupo Caminhada, ODUNGÊ e Transfêmea.
“Uma das nossas pretensões é conscientizar as pessoas da importância do uso da camisinha. Uma das formas é a aplicação das tatuagens temporárias com a frase ‘Tenho atitude. Uso camisinha’, que foi muito bem aceita entre os foliões no ano passado”, conta a supervisora geral do programa DST/AIDS, Caroline Oliveira.
Antes mesmo de começar a folia, o Centro de Referência realizou uma campanha pré-micaretesca. Na semana passada, um dos públicos alvos da campanha foram os funcionários e profissionais de saúde do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). “Em cada semana, passamos por bairros diferentes. Essas visitas, que foram até o dia 9, fizeram parte da campanha da micareta”, explica a supervisora.
Segundo ela, vários postos de orientação estarão presentes nos dias da Micareta. “Este ano, a nossa atuação será como nos anos anteriores. Além de um stand no transbordo rodoviário (visando os turistas que chegam para a festa), o folião também contará com as ações em todo o circuito”, afirmou Caroline.

PROGRAMA
O programa Municipal DST/HIV/AIDS atua no município desde 1999, desenvolvendo ações de prevenção através de Campanhas Micaretescas. Esta atividade tem como objetivo informar a população feirense e foliões sobre a importância da prevenção às DST/AIDS, haja vista o aumento da vulnerabilidade neste período festivo, assim como a quantidade significativa de usuários que procuram o serviço do posto médico no período pós-micareta com queixas relacionadas aos sintomas de alguma doença sexualmente transmissível.
A supervisora geral do programa DST/Aids, salienta que após o período de festas, a exemplo de Carnaval, Micareta e feriados, o número de pessoas que procuram o serviço aumenta. Caroline afirma que o medo e a insegurança após as relações que tiveram ao longo da festa são os principais fatores que atraem as pessoas ao Centro de Referência. “Muitos procuram o serviço para fazerem o teste rápido de doenças sexualmente transmissíveis”, diz Caroline Oliveira.

DADOS CRESCENTES DE HIV
As estatísticas apresentam um aumento nos índices de HIV. O Centro de Referência registrou, somente no mês de fevereiro deste ano, onze casos novos de HIV/Aids. Já em março foram constatadas dezessete pessoas com a doença, entre elas oito mulheres e nove homens.
Ano passado, a infecção por HIV cresceu 62% nos municípios baianos, número maior que o registrado há uma década, quando a doença estava em 209 cidades. O vírus está presente em 338 municípios baianos. Em Feira de Santana, segunda maior cidade do Estado, a situação chamou a atenção especialmente nos últimos anos. Desde o primeiro registro do vírus, 690 casos foram oficialmente comprovados no município. Metade deles foi registrada entre 1º de janeiro de 2007 e maio de 2009.
A leitura do significado dos números, no entanto, é mais complexa do que parece à primeira vista. A supervisora geral do programa de DST/Aids em Feira de Santana, Caroline Oliveira destacou a possibilidade de as estatísticas crescentes nas cidades do interior refletirem uma maior consciência da importância de realizar o teste de HIV.


Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 11.04.2010)

INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE A AIDS

Nesta quarta-feira (14), começa a Micareta de Feira de Santana. É nessa época que muitas pessoas exageram um pouco ao fazer sexo com muitos parceiros nestes dias de folia, aliado ao fato de que o consumo de bebidas alcoólicas é muito maior, o que colaborar para que o uso do preservativo seja esquecido – o que aumenta o risco de contrair Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), entre eles o vírus HIV, da AIDS.
A Aids é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Adquirida (cuja sigla, em inglês, é Aids), que provoca uma destruição das defesas naturais do corpo, de forma que o organismo vai se enfraquecendo aos poucos, ficando sujeito a uma série de doenças, chamadas de oportunistas. A Aids pode atingir tanto o sexo feminino quanto o masculino e não depende da orientação sexual das pessoas.
Pessoas contaminadas podem permanecer meses ou anos sem apresentar quaisquer sintomas da doença e, no entanto, são transmissoras do HIV. A doença ainda não tem cura, mas existem tratamentos que melhoram a qualidade de vida, aumentando a sobrevida das pessoas portadoras do HIV e doentes de Aids.



Arte Williany Brito

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Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 11.04.2010)

sábado, 10 de abril de 2010

COMÉRCIO DE FEIRA JÁ SE PREPARA PARA A COPA DO MUNDO

Algumas lojas de festas infantis também aproveitam o momento
para tornar a Copa do Mundo tema de produções

As lojas do centro de Feira de Santana já estão em ritmo de Copa do Mundo. O comércio começa a se vestir de verde e amarelo para esperar um dos eventos mais queridos pelos brasileiros. Além da paixão futebolística, os negócios esperam pelo alto lucro que envolve a época. Até nos setores mais populares, nos quais os artefatos oficiais estão em segundo plano, a espera é grande.
De acordo com os lojistas, a previsão é de que haja aumento das vendas no mês de maio. Enquanto isso, os comerciantes enfeitam as lojas com bandeirinhas, cartazes e faixas, e abastecem os estoques com os mais variados artigos da festa nas cores verde e amarela. Dentre os produtos em exposição, os que mais se destacam são camisas, que podem ser encontradas até por R$ 10; chapéus de várias formas e tamanhos, ao preço médio de R$ 7; perucas exóticas, a partir de R$ 12; e, claro, as tradicionais cornetas, que podem ser adquiridas por cerca de R$ 5, dependendo do modelo.
Por enquanto, segundo gerentes e funcionários de lojas visitadas pelo FOLHA DO ESTADO, os consumidores varejistas estão mais pesquisando que comprando. A expectativa é que o movimento seja mais intenso a partir de maio. De acordo com o gerente, João Costa, a procura é grande por parte dos que vendem no atacado. “Tem muita gente que vem aqui, olha, anota preços e promete voltar. Os atacadistas é que já estão comprando muito para poder revender. Eles precisam adquirir com antecedência, senão não dá tempo de vender”, diz.
O encarregado de vendas, Jucelino Jesus dos Santos, conta que as pessoas já compram os artigos característicos da festa, mas afirma que a vendas irão começar a “esquentar” somente em maio. Ele acredita, também, que o faturamento vai ser maior este ano, pois “além do São João, no mesmo mês temos a Copa do Mundo”.

FESTAS INFANTIS
Algumas lojas de festas infantis também aproveitam o momento para tornar a Copa do Mundo tema de produções. Há uma grande quantidade de chapéus de aniversário, brindes, bexigas e até bolos artificiais decorados com campos de futebol, jogadores uniformizados e bandeiras do Brasil.
Proprietárias de lojas já comemoram as festas realizadas e outras já programadas para as próximas semanas com o tema Copa do Mundo. “Semana passada, fizemos duas festas infantis. Acredito que nas próximas semanas a procura vai aumentar”, confia a comerciante Edinalva Gonçalves, que há cinco anos trabalha no ramo. “Me arrependo de não ter colocado artigos temáticos da festa na última Copa. A procura foi grande”, lamenta Edinalva.
Os seis eventos, com a temática da Copa, realizados por Adriana Santos foram suficientes para deixar a proprietária de uma loja especializada em festas infantis mais animada. Mas ver o Brasil campeão não é só sinônimo de felicidade, mas de lucro, na visão da proprietária. “Se a seleção trouxer a taça para casa, muitas festas serão solicitadas ao longo do ano”, acredita Adriana.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 04.04.2010)

BLOCOS E CAMAROTES COMEMORAM VENDAS PARA A MICARETA 2010

Os blocos comemoram as vendas, que se multiplicam com a proximidade da festa

Quem curtiu o carnaval em fevereiro não vai precisar esperar muito pra cair na folia novamente, pois a Micareta de Feira de Santana traz grandes nomes da música. Para atrair os diversos foliões, o circuito Maneca Ferreira, por onde passam as principais atrações, oferece espaços de acordo com o “bolso” de cada um. O movimento nos balcões de vendas é intenso e a expectativa dos que comercializam abadás, camarotes e arquibancadas aumentam com a proximidade da festa, que acontece de 14 a 18 de abril.
Os blocos comemoram as vendas, que se multiplicam ao passo que vai se aproximando o início da festa. Atrações variadas, a maioria consagrada pelo carnaval de Salvador, promoções e pacotes (chamados de Mix) que permitem ao folião escolher os dias e os artistas que pretendem apreciar, são os principais atrativos, além das facilidades de pagamento. Com tantas opções, as vendas já superam as expectativas dos empresários do ramo.
De acordo com os responsáveis pelos estandes da Casa da Micareta, Abadá Mania, Elite e a M4 (todos espalhados pelo shopping Boulevard Feira), muitos foliões passam pelos locais de vendas, diariamente, para garantir os tradicionais abadás que dão acesso aos blocos e o passaporte para os camarotes e arquibancadas.

PROCURA
“A procura pelos abadás está grande. Em quatro anos, esse é o melhor. Todas as bandas estão sendo muito bem vendidas”, afirma a gerente do Abadá Mania/Central Mix, Sandra Santos. Segundo ela, este ano houve aumento de 40% nas vendas dos abadás. “Agora é esperar o movimento aumentar ainda mais e esgotar todos os blocos”, diz a gerente confiante.
Para aqueles que desejam um lugar mais reservado, o circuito oferece camarote individual (como universitário, Micarote e Dj Agenor), coletivo (para 12 a 20 pessoas) e arquibancada. De acordo com as empresas responsáveis pelos espaços na avenida, a procura cresce mais com a proximidade da micareta.
Segundo o diretor de uma empresa, Roberto Koch, houve uma mudança no local da arquibancada, que nos anos anteriores ficava posterior aos portões dos camarotes. “As pessoas que comprarem a arquibancada estarão assistindo as atrações no corredor da folia”, afirma o diretor.

ATRAÇÕES E FUNCIONAMENTO
No Abadá Mania são encontrados abadás de atrações como: Harmonia do Samba, Tomate, Parangolé, Psirico, Timbalada, Chiclete com Banana, Banda Eva e Amanda Santiago. O stand ficará no shopping até o dia 17 de abril.
Já na Casa da Micareta podem ser adquiridas as seguintes atrações: Via Circular, Jamil, Cláudia Leitte, Aviões do Forró e Asa de águia. As vendas de abadás da Casa da Micareta acontecerão até o dia 18 de abril.
Para os que preferem camarote ou arquibancada, os stands funcionarão até 18 de abril. Os que optarem pelo camarote universitário (individual), além das atrações dos blocos, os foliões vão dançar ao som do Dj. Simba.


PROMOÇÕES
O mix mais barato pode ser adquirido por R$180, podendo chegar a R$450, caso o folião opte pelas “famosas” promoções. “Na compra de algum mix, o folião ganha o ingresso para curtir outra festa badalada após a micareta. Hoje, elas pagam mais barato para curtir duas festas em épocas diferentes”, salienta a gerente Sandra.
As pessoas que desejam garantir o “passaporte da alegria” devem se apressar, pois, segundo os responsáveis, o preço do abadá vai sofrer aumento. “As pessoas devem garantir logo as camisas que dão acesso aos blocos, pois nos próximos dias haverá aumento”, afirma a vendedora da Casa da Micareta, Margareth Moraes.
O camarote individual, que comporta 200 pessoas por dia, é vendido no valor de R$100 e R$380 os quatro dias. Os que preferem reservar um espaço para 12 pessoas terão que investir R$2.700, e R$4.500 para 20 foliões. O ingresso para a arquibancada pode ser adquirido nos valores de R$12 (inteira) e R$6 (meia) para estudante.
“As pessoas gostaram da estrutura do ano passado, por isso aumentaram as vendas para este ano. E a novidade é que nesta micareta o camarote individual oferece camisa para todos os dias e a primeira rodada de cerveja é por nossa conta”, salienta a supervisora de vendas de camarotes, Iza Farias.
A facilidade no pagamento é outro ponto investido pelos empresários do ramo. Todos os abadás são divididos em até seis vezes em qualquer cartão.

Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 04.04.2010)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

60% SÃO FAVORÁVEIS À DOAÇÃO DE ÓRGÃOS NO BRASIL, MAS AINDA É INSUFICIENTE

Coordenadora do CIHDOTT do HGCA afirma que de 2009
até março deste ano não foi realizada nenhuma doação
As ações têm mantido o estado de São Paulo na liderança
de doações e de cirurgias realizadas

Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde revela que 60% dos brasileiros são favoráveis à doação de órgãos. No ano passado, o país registrou número recorde de doadores de órgãos: foram 1.658, o que representa um crescimento de 26% em relação a 2008. Apesar de o país registrar esse número de doadores de órgãos, o crescimento ainda é pequeno para atender à demanda de mais de 60 mil brasileiros que esperam por um órgão. Na Espanha, por exemplo, o número de doadores chega a 36 ppm (partes por milhão). Nos Estados Unidos, o índice é de 26 ppm.
Fernanda Cláudia Silva, enfermeira e coordenadora da Comissão Intra Hospitalar de órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), de Feira de Santana, conta que de 2009 até março deste ano não foi feita nenhuma doação na unidade. “Em 2008, dos 15 diagnósticos confirmados de morte encefálica, seis famílias autorizaram a doação de múltiplos órgãos. Um número ainda muito abaixo do ideal. Por isso a necessidade das campanhas educativas, na tentativa de mostrar para a comunidade a importância da doação”, diz a coordenadora.
Ela atribui a diminuição de doadores à questão cultural. “Ainda há um mito quando se fala em doação de órgãos. Muitas pessoas ainda desconhecem o procedimento, por isso não concordam com a captação de órgãos. Geralmente, elas acreditam, erroneamente, que só há morte quando os órgãos param de funcionar. Mas, às vezes, nos deparamos com o coração batendo, mesmo com diagnostico de morte do individuo”, explica a coordenadora
Mas ela salienta que a doação é um ato “altruístico, e que cada pessoa tem o direito do familiar doar ou não. Nós viemos de uma cultura que sempre achando que a vida é dentro do coração. Não é fácil para um ente querido compreender isso. Envolve todo um sentimento.
Com objetivo de melhorar a capacitação de profissionais da área de saúde, para identificar possíveis doadores e facilitar o acesso a exames que confirmam a morte encefálica em tempo hábil, o HGCA elabora do dia 4 de maio a 31 de agosto aperfeiçoamento para os seus funcionários. “Os profissionais devem entender todo o processo de funcionamento que norteia o transplante de órgãos. Desta forma, pode haver o aumento no número de doadores”, afirma a Fernanda Cláudia.

AUTORIZAÇÃO
Existem instituições particulares em Feira de Santana que realizam transplante de córnea, como Unimed e o São Matheus. Já HGCA, apesar da estrutura, ainda não tem condições de fazer transplante de órgãos (coração, pulmão, fígado, rim, pâncreas e intestino) e tecidos (córnea, medula óssea, pele, osso, tendão e valva cardíaca), mas faz todo procedimento para que as pessoas se tornem doadoras.
Desde março de 2008, o Clériston Andrade obedece à portaria de número 1.752 de 23 de setembro de 2005, que determina a constituição de Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante em todos os hospitais públicos, privados e filantrópicos. O hospital trabalha com doadores falecidos, identificação do possível doador, diagnostico da morte encefálica, manutenção do potencial do doador e captação – quando a família autoriza.

Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 28.03.2010)

SAIBA COMO SER DOADOR DE ÓRGÃOS

De acordo com o Ministério da Saúde, as regras para que alguém possa ser considerado doador de órgãos após a morte são as seguintes:
  • Ter identificação e registro hospitalar;
  • Ter a causa do coma estabelecida e conhecida;
  • Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central;
  • Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante;
  • Ser submetido a exame complementar que comprove a morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sanguíneo em quantidade necessária ao cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral.
  • Estar comprovada a morte encefálica. Nessa situação o cérebro está morto, tornando a parada cardíaca inevitável. Apesar de ainda haver batimentos cardíacos, que vão durar apenas por algumas horas, o paciente não pode mais respirar sem os aparelhos.

Quando há morte encefálica podem ser doados os seguintes órgãos:

  • Córneas (retiradas do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidas fora do corpo por até sete dias);
  • Coração (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo seis horas);
  • Pulmão (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo seis horas);
  • Rins (retirados do doador até 30 minutos após a parada cardíaca e mantidos fora do corpo até 48 horas);
  • Fígado (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);
  • Pâncreas (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);
  • Ossos (retirados do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por até cinco anos);
  • Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue);
  • Pele;
  • Válvulas cardíacas.

O Ministério ressalta que hoje, pela legislação brasileira, a retirada de órgãos e tecidos de pessoas mortas só pode acontecer após a autorização da família. Por isso, quem tem interesse em doar órgãos deve manter a família avisada.

  • O passo principal para você se tornar um doador é conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo. Não é necessário deixar nada por escrito. Porém, os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte.


Os potenciais doadores são identificados principalmente pelas centrais estaduais de transplantes, que em geral são avisadas pelos hospitais em que os pacientes estão internados de que aquele se trata de um caso de morte encefálica. Essas centrais fazem o encaminhamento para que os órgãos e tecidos sejam doados e cheguem até o receptor.

Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 28.03.2010)

ENTENDA O QUE É TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Já pensou na possibilidade de algum dia você ou alguém da sua família precisar de uma doação de órgão para continuar vivendo? Muitas vezes o transplante de órgãos é a única saída para uma pessoa sobreviver. O transplante é todo procedimento cirúrgico no qual é substituído um órgão ou tecido doente por um órgão ou tecido sadio de doador.
Segundo a coordenadora da Comissão Intra Hospitalar de órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), de Feira de Santana, Fernanda Cláudia Silva (foto), as pessoas que precisam de transplante são as que apresentam doenças incuráveis, do ponto de vista clínico, com falência de um determinado órgão ou tecido. “Todas as pessoas são doadoras em potencial, após avaliação médica da história clínica e das doenças prévias. Temos dois tipos de doadores: o vivo e o falecido”, explica a coordenadora.
A morte encefálica, como esclarece Fernanda Cláudia, é a morte do indivíduo, que é caracterizada pela morte do cérebro e tronco cerebral. O coração continua funcionando por pouco tempo. “A doação no Brasil só é permitida mediante a autorização de parentes de primeiro e segundo grau do doador. Por isso, é necessário que comunique à família”, salienta a coordenadora.
“Podem ser doados órgãos (coração, pulmão, fígado, rim, pâncreas e intestino) e tecidos (córnea, medula óssea, pele, osso, tendão e valva cardíaca)”, salienta Fernanda Cláudia. A Secretaria do Estado da Bahia disponibiliza a Central de Notificação Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos (CNCDO) para esclarecimentos sobre doação de órgãos. As pessoas interessadas podem ligar para o 0800 284-0444 ou enviar um e-mail para
transplantes@saude.ba.gov.br .
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 28.03.2010)