terça-feira, 7 de julho de 2009

JORNALISTAS E ESTUDANTES FEIRENSES PROTESTAM CONTRA DECISÃO DO STF

O jornalista e deputado Federal (PT-BA) Emiliano José apresentou declarações contra a decisão

Protestos contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que acabou com a exigência do diploma universitário de Jornalismo como requisito para o exercício da profissão, acontecem em todo o país. Com apitos, narizes de palhaço e gritos de palavras de ordem, o Sindicato dos Jornalistas do Estado da Bahia (Sinjorba), juntamente com jornalistas (de Feira de Santana e Salvador) e estudantes, realizaram manifestações na ultima segunda-feira, pela manhã e à noite, na capital baiana.
Logo cedo, o Sinjorba fez a primeira manifestação em frente ao Tribunal de Justiça da Bahia, quando o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, estava presente no lançamento do Mutirão Carcerário na Bahia. Gilmar Mendes evitou comentar os protestos, mas frisou que não deveriam ser direcionados a ele. "Foi uma decisão do Supremo, aprovada por oito votos", argumentou em entrevista.
Já à noite, um ato político contra a decisão do STF foi realizado no auditório do Sindicato dos Bancários, na Avenida Sete de Setembro, em Salvador. A atividade envolveu jornalistas, professores, estudantes, autoridades e representantes de entidades da sociedade civil.
O ato, que teve o apoio da Federação Nacional dos Jornalistas do Estado da Bahia (FENAJ), contou com a participação do jornalista Manoel Moura, representante de Feira de Santana; Kardé Mourão, presidente do Sinjorba; o jornalista e deputado Federal (PT-BA) Emiliano José, e a jornalista Isabel Santos. Todos fizeram parte da mesa de discussão.

REPRESENTANTES FEIRENSES

Jornalistas e estudantes de Feira de Santana marcaram presença no ato. Um ônibus, cedido pelo deputado estadual Zé Neto (PT-BA), levou todos ao local do evento. O transporte saiu no fim da tarde do campus da Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana – UNEF.
A recém formada em jornalismo pela UNEF, Ana Carla Rodrigues, falou sobre a importância da qualificação para o exercício da profissão de jornalista. “Atualmente, o cenário na área de jornalismo está mudando, em Feira. Os donos de jornais estão a procura de pessoas da área para atuar em suas empresas. Isso é um avanço”, diz a jornalista.
Para a estudante Camila Xavier, esse e outros atos espalhados pelo país são de “extrema” importância. Mas, segundo ela, “os profissionais e alunos deveriam se conscientizar da importância desses manifestos e lutar contra a decisão do STF”, reclama a jovem.

PROPOSTAS

Várias propostas foram feitas durante o ato. Uma delas, feita pelo deputado Emiliano, foi da ocupação dos manifestantes nas redações dos jornais e escolas. “Temos que protestar. Agitar mesmo para que percebam a gravidade da situação”, afirmou o parlamentar. Já o jornalista feirense Manoel sugeriu o envio da xerox do diploma, de todos da área, ao STF, como protesto a decisão. “Temos que lotar a caixa de correio do Supremo”, diz.
Outra proposta aceita, com satisfação, foi a das ações indenizatórias para aqueles que custearam, durante anos, a faculdade de jornalismo. “Dentre os indenizados, os que necessitaram, e necessitam, do Financiamento Estudantil (FIES). Mas, para que essa ação ocorra, precisamos do apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)”, diz a presidente do Sinjorba.
Audiências públicas estão sendo organizadas nas assembléias legislativas de vários estados para debater o fim da exigência do diploma. E na Câmara dos Deputados haverá audiência no dia 9 de julho. O apoio à luta dos jornalistas e da sociedade cresce, também, entre entidades nacionais e internacionais.


Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado (no dia 08.07) e nos informativos da UNEF (no dia 07.07.2009)

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