quarta-feira, 13 de maio de 2009

Professores protestam através de passeatas



Manifestantes percorreram as ruas do centro da cidade com destino à Prefeitura




Mais de 100 professores da rede municipal de ensino público participaram de mais uma passeata no centro de Feira de Santana, na tarde de ontem. O objetivo é chamar a atenção do governo e da sociedade para o reajuste concedido para categoria no valor de 5,6% (sendo 3,6% em maio e 2% somente em novembro). Embora tenham obtido a conquista, os professores alegam que este aumento é insuficiente para atender as necessidades da categoria.
Paralisando o trânsito por alguns minutos, os manifestantes percorreram as ruas do centro da cidade pelo segundo dia (o primeiro aconteceu na última segunda-feira). Por volta das 15h30min, professores e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB) chegaram à frente da Prefeitura Municipal e queriam ser recebidos pelo prefeito Tarcízio Pimenta.
A categoria quer que entre em vigor o piso salarial dos professores do ensino básico no valor de R$ 950, sancionado no ano passado pelo presidente Lula. De acordo com o diretor da APLB de Feira de Santana, Germano Barreto. “a luta vai além da melhoria salarial, estendendo-se a melhores condições de trabalho e mudança na postura do poder pública frente à situação educativa”.
Embora o reajuste seja para todo o funcionalismo público, o dirigente alega que existem verbas específicas para a educação que permitiriam um aumento em melhor situação. “Nós educadores, queremos ressaltar que o governo federal garante verbas específicas para a educação pública básica, objetivando garantir a valorização dos profissionais do magistério com o FUNDEB (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação Básica), que neste ano teve aumento de 19,2%, e que sequer foi considerado”, afirma o diretor da APLB.


OUTRAS EXIGÊNCIAS
Além do reajuste, o sindicato pede melhorias nas condições estruturais, como é relatado em uma carta aberta a comunidade: “Queremos enfatizar que a nossa luta não se resume a campanha salarial, exigimos também condições estruturais, pois há várias escolas da rede com infiltrações, telhados destruídos, sem banheiros, salas superlotadas em função do insuficiente número de escolas e do déficit de professores, bem como salas escuras e mal ventiladas, entre outros problemas. Além disso, durante estes quatro meses de aula não houve merenda escolar, valendo ressaltar que a verba para merenda vem direto do governo federal”.


AVALIAÇÃO
Para a professora Michele Correia, que também esteve presente na passeata, o movimento é positivo. “É um absurdo o valor posto pelo governo. Os professores estão certos em reivindicar esse valor absurdo. Essas atitudes tornam-se incoerente diante das necessidades do trabalhador feirense”, diz a professora.
Segundo o diretor da APLB de Feira, as reivindicações nas ruas e na prefeitura vão continuar. “Estamos dispostos a terminar o ano, se preciso, protestando até que uma atitude seja tomada a nosso favor”, finaliza.
Por: Williany Brito
(Matéria publicada no dia 13.05.2009 no Jornal Folha do Estado)

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