LER: CHAVE PARA O CONHECIMENTO

Professora Gilza Fiusa:

“A leitura é a chave de tudo”

Ler é uma forma de consolidar a aprendizagem. Quem não frequentou esta escola, passa longe dos jornais, revistas e livros. Já dizia o filósofo iluminista Voltaire (1694 - 1778): “a leitura engrandece a alma”. Mas é possível ensinar a gostar de ler? Para os professores, as instituições de ensino têm papel importante no incentivo à leitura. Porém, estimular a vontade e a curiosidade nem sempre é uma tarefa fácil.
“O hábito da leitura tem que ser desenvolvido em todas as turmas, não importa a idade. Mas, os textos têm que variar de acordo com os gêneros e a série do aluno. A partir da 8ª, já são selecionados alguns clássicos da literatura”, explica a professora de língua portuguesa Gilza Fiusa de Araújo.
Promover circuito de leitura, socializá-la (“os estudantes lêem, depois formamos um circulo e eles começam a falar um pouco do que leram e o porquê indicariam o livro ao colega”), representações teatrais, baseadas nos livros lidos. Essas são algumas das atividades citadas pela professora Gilza, desenvolvidas na escola onde ensina.
“A leitura é a chave de tudo. Para se ter sucesso, tem que ler. Em qualquer disciplina é importante, pois até na matemática os estudantes precisam estar atentos na hora da interpretação das questões, e, com a leitura, isso se torna fácil”, afirma a professora.

Mariana Carolina: “Além do conhecimento, a leitura faz
a gente viajar por outros mundos”

Para Maria das Neves Santos, professora de história, a leitura deve ser promovida de forma prazerosa. É dessa forma que, também, pensa a estudante Mariana Carolina Vilas Boas, de 13 anos, que reconhece a importância da leitura não só em sala de aula, mas em qualquer lugar. “A leitura traz o conhecimento e faz a gente viajar por outros mundos. Ela permite que o nosso raciocínio fique mais rápido e criar um senso crítico”, afirma a menina.
Mariana não esconde sua preferência pelos livros. “Muito mais interessante ter lido os livros best sellers “Crepúsculo”que o filme. A riqueza na descrição dos detalhes não tem comparação com o filme, que mostra de forma superficial as cenas”, explica a garota, que se diz fã da literatura brasileira: “Dois livros que adorei ler foram ‘Senhora’, de José de Alencar, e ‘A Moreninha’, de Joaquim Manoel de Macedo”.

NA INFÂNCIA...
Como quase tudo na infância, o incentivo começa em casa, já que os filhos se espelham nos pais. “O papel da escola é incentivar os alunos a ler, mas os pais também têm uma função de fundamental importância nessa trajetória”, afirma a professora Gilza Fiusa de Araújo. Ela, que ensina da 3ª a 8ª série, conta que, nas reuniões realizadas com os pais, sempre os orienta a ler com os filhos, acompanhar as leituras, levar a bibliotecas, dentre outros estímulos.
Outros empecilhos à leitura são as tantas mídias concorrentes, como cinema, televisão e internet. Para os professores, o impresso precisa ser cada vez mais incitado para ser acolhido, ainda mais por quem está só começando. "É preciso criar situações para a criança desenvolver a busca pelos livros, de narrativas e propiciar o acesso ao impresso, deixando de lado a leitura de livros na internet", diz a professora.

Por: Williany Brito

(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, como manchete do dia 24.05.2009 )