segunda-feira, 11 de maio de 2009

Alegrias e dificuldades de uma mãe de “primeira viagem”



Letícia desperta novas emoções em Silvaneide



"Como vai ficar minha faculdade e meu trabalho? É uma interrogação, minha vida vai mudar completamente. Não sei o que faço". Foi com esse pensamento, demonstrando um misto de ansiedade e medo do amanhã, que reagiu a jovem Silvaneide Leal, de 24 anos, quando descobriu que estava grávida do primeiro filho.
Letícia Leal Estrela, de apenas 26 dias, não era esperada pelos pais, mas bastou a barriguinha começar a crescer, para que a mamãe de "primeira viagem" começasse a amar aquele ser, que se desenvolveu rapidamente ao longo de pouco mais de sete meses.
"O meu mundo caiu quando soube da gravidez, mas logo que a barriga começou a crescer, comecei a mudar meu pensamento e amar a cada dia meu bebê. Hoje, descobri que ser mãe é a melhor coisa do mundo. Ser mãe de Letícia é maravilhoso", diz Silvaneide, sorrindo para seu bebê.
Mas como tudo na vida não é um "mar de rosas", Silvaneide confessa que sua vida mudou completamente depois da chegada de Letícia. Um filho é uma nova realidade. E aquele relacionamento que parecia estar perfeito, cheio de mimos e atenção um com o outro, agora tem que ser dividido com choro, fraldas e mamadeiras. São muitos os desafios para os pais de primeira viagem: os cuidados com a criança, os novos gastos da família, a mudança nos horários, a rotina em geral.
"A rotina da casa mudou totalmente: tivemos que contratar uma empregada e uma babá; antes comíamos qualquer coisa na rua, agora somos obrigados a comprar mantimentos para a casa, porque não podemos sair mais com tanta frequencia; quem faz meu horário agora é Letícia, que às vezes troca o dia pela noite; fazer reuniões em casa e sair com amigos agora é raro", conta a mamãe que, mesmo assim, afirma que não trocaria essa "nova" vida por nada.



MEDO
Silvaneide conta que seu maior medo é ter que voltar a trabalhar e estudar, deixando sua filha com uma pessoa estranha. Estudante do 5º semestre do curso Serviço Social e trabalhando numa empresa de consultoria, ela diz que "no mundo em que vivemos, não podemos confiar em ninguém". Seus planos é terminar os estudos e finalmente se formar.
"Pretendo voltar à faculdade em junho. Mas, enquanto isso, ensino os macetes ao meu marido, já que ele tirou férias para aprender a cuidar dela. Ele sempre está ao meu lado, dando todo suporte que preciso. Isso para mim é valioso", conta.


Por: Williany Brito

(Matéria publicada no dia 10.05.2009 no Jornal Folha do Estado)

0 comentários:

Postar um comentário