segunda-feira, 21 de junho de 2010

LEI DEFINE MEDIDAS PREVENTIVAS PARA ACADEMIAS

Estabelecimentos que difundem a prática de atividades esportivas em Feira de Santana se tornaram alvo de projeto de lei na semana passada, na Câmara Municipal de Vereadores. A matéria tem o intuito de obrigar academias de ginástica, quadras poliesportivas, clubes sociais e estabelecimentos similares, públicos e privados, adotar medidas de prevenção contra doenças cardiovasculares. O projeto não traz muitas novidades diante dos esclarecimentos feitos pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, em 2009.

Dizer apenas se uma pessoa pode ou não praticar exercícios físicos não basta. Com base em relatos de pacientes que passaram mal e até de mortes em academias, a Sociedade Brasileira de Cardiologia passou a defender que os atestados médicos sejam padronizados e deixem claros os limites de cada um antes de suar a camisa. Eles devem ter o número de batimentos cardíacos e os exercícios ideais.

O autor do projeto, o vereador Ewerton Carneiro, diz no texto que frequentadores, sócios ou convidados desses estabelecimentos devem apresentar, no ato da matrícula ou ingresso, atestado médico de aptidão para a prática de atividade que exija esforço físico, bem como de testes ergométricos, aquele da esteira, indicando sua condição. “As empresas devem proporcionar, por meio de faixas, cartazes e outros recursos visuais, sobre os cuidados que os praticantes de atividade física devem tomar”, salienta o vereador.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, um atestado seguro é feito depois de consulta médica, eletrocardiograma, que podem detectar problemas no coração. Quem tem mais de 35 anos ou pretende treinar para competir, deve fazer um teste ergométrico. Os exames médicos devem vir antes dos testes físicos. O ideal é que o atestado indique o número máximo de batimentos cardíacos que não podem ser ultrapassados e os exercícios adequados para cada pessoa.


Academias sugerem fiscalização para cumprimento da lei

O proprietário de uma academia na cidade, Ricardo Pires Meireles (foto), 40 anos, conhece os dois lados da “moeda”. Ele, que já foi fisiculturista profissional com títulos internacionais, lutador de vale-tudo e ex-jogador de futebol, sabe o que é estar como aluno e, agora, como dono de um estabelecimento que oferece a prática de exercícios físicos.

“Aqui na academia preservamos a qualidade no atendimento aos alunos. Desde quando foi fundada, contamos com um profissional que proporciona os cuidados necessários que os praticantes de atividade física devem tomar”, diz Ricardo, referindo-se à fisiologista Kátia Alves. Ela afirma que é de “extrema” importância o atestado antes mesmo do início dos exercícios físicos.

“Exigimos o laudo médico acima de 40 anos e nos jovens são feitas avaliações físicas. Isso para checar dados dos alunos, como: pressão arterial, os batimentos cardíacos, medidas antropomédicas. Preenchemos a ficha com todas as avaliações e verificamos o histórico de doenças na família do aluno”, salienta a fisiologista Kátia Alves.

Ricardo Pires afirma que, para a lei ser mais eficaz, a fiscalização deve acontecer não só em academias, mas também ocorrer em “farmácias que vendem medicações sem prescrições médicas; lojas de suplementos que comercializam produtos inapropriados e até com os próprios cidadãos, que devem ter responsabilidade suficiente para não proceder de forma a prejudicar a própria saúde”.

Para o vereador e médico Getúlio Barbosa, o projeto contribuirá para a prevenção de sérios riscos que ameaçam as pessoas que iniciam a prática esportiva, especialmente nas academias de ginástica. Na opinião dele, tornando obrigatório o exame preventivo, automaticamente vai diminuir o risco de morte súbita e de lesões articulares. “Não existe lei regulamentando que antes de iniciar a atividade física é preciso que a pessoa se submeta a avaliação médica. Há que se observar a idade de cada indivíduo”, explicou.

Por Williany Brito
Foto: Jucilene Martins
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 20.06.2010)

EMPRESA APOSTA NO VINHO EM FEIRA

Não se pode apontar precisamente o local e a época em que o vinho foi feito pela primeira vez. O vinho não teve que esperar para ser inventado: ele estava lá, onde quer que uvas fossem colhidas e armazenadas em um recipiente que pudesse reter seu suco. Hoje, o vinho faz parte de todas as culturas, e Feira de Santana não poderia ficar de fora dessa tendência.

Tudo sobre a cultura do vinho. Essa é a proposta da Vinart, empresa que comercializa e oferece treinamento para clientes que apreciam a bebida, funcionários e proprietários de restaurantes que trabalham diretamente com vinho em Feira de Santana e região. De acordo com o consultor e diretor técnico da empresa, David Gayá (foto), a Vinart se propõe a trazer para a cidade o conceito de venda e distribuição de vinho de qualidade.

Toda compra exige certa cautela. Se você vai comprar um carro, você conversa antes com alguém que tenha o modelo pelo qual você tem interesse ou, se for usado, você conversa antes com o seu mecânico d

e confiança. Com o Vinho não poderia ser diferente. Na hora de comprar você conversa com um amigo ou vai a uma casa especializada no ramo e conversa com o atendente. Mas, além de saber qual, ou quais os melhores vinhos para comprar, você tem que saber como comprar.

“Para que você possa ter um mínimo de independência na hora da compra é preciso entender. No curso, o aprendiz vai entender técnicas essenciais sobre a venda, compra e degustação de vinhos. Por exemplo, o vinho de uma safra nova, deve ter brilho, já o de uma safra mais antiga tem que estar opaco, sem brilho. Essa é uma das maneiras para identificar um bom vinho”, ensina David.

David acredita que Feira de Santana é uma cidade onde o consumo do vinho é crescente e que os feirenses a cada dia apreciam mais esta bebida. “Identificamos aqui um mercado emergente, mas com características peculiares, como o gosto crescente pelo conhecimento do vinho. Sendo assim, organizamos a Vinart de uma maneira comercial e uma vocação educativa”, finaliza o consultor.

Por Williany Brito
Foto: Jucilene Martins
Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 20.06.2010)

AMBULANTES ATRAPALHAM VENDAS NO ARRAIÁ DO COMÉRCIO

Produtores rurais que expuseram seus produtos juninos na 9ª edição do Arraiá do Comércio ficaram insatisfeitos com o fluxo de vendas durante a festa, que aconteceu de dia 9 a 17 de junho. O evento, que teve como objetivo resgatar, promover e valorizar as tradições juninas aconteceu na Praça João Barbosa de Carvalho (Praça do Fórum) e no Mercado de Arte de Feira de Santana.

A expectativa era grande no começo do Arraiá. Os produtores apostaram na grande variedade de produtos: licor tradicional e cremoso, bolos diversos, amendoim, biscoitos, canjica, pamonha e castanha, entre outros. Mas tudo isso não foi suficiente para atrair os consumidores. As reclamações foram diversas.

A produtora rural Angélica Almeida atribui a baixa venda à presença de vendedores ambulantes, que comercializaram licores mais baratos e ofereceram cerveja, que, na visão dela, “não é uma bebida típica da época”. “Esperávamos que as vendas fossem melhores que as do ano passado, mas a quantidade de ambulantes circulando dentro e ao redor da praça impossibilitou a venda dos nossos produtos”, argumenta a vendedora de licor.

O poder de persuasão até ajudou Edineide Santos a atrair a freguesia, mas nem sempre a venda era garantida. “À noite, o movimento era sempre maior, sem dúvidas. Mas não foi o suficiente. Tínhamos que ter um diferencial: a dica era brincar com os clientes e, assim, convencê-los a comprar. Não foi o que eu esperava, mas irei me preparar melhor para o próximo ano”, afirma Edineide, que pela primeira vez participa da festa.

Valnizia Soares, que há 27 anos comercializa licor em festas, se diz insatisfeita com as vendas. Segundo ela, os outros produtores rurais que expuseram os artigos contribuíram para a venda desigual dos produtos. “Nós havíamos acertado, por exemplo, o valor do licor. Mas alguns estavam vendendo muito mais barato que o valor estipulado anteriormente”, conta a produtora, indignada.

De acordo com um dos organizadores do evento, Ronaldo de Azevedo, cerca de 40 mil pessoas passaram pelo Arraiá do Comércio. Ele confessa que os “vendedores ambulantes atrapalharam as vendas”. Ele conta que todos os produtores que expuseram no evento passaram por um curso com duração de dois dias, no SENAC, sobre segurança, manuseio e empreendedorismo. “Não é justo eles terem passado por todo esse processo de aprendizagem e virem outras pessoas oferecer licores mais baratos e comercializarem cerveja em um período onde deveria vender somente bebidas típicas da época”, salienta Ronaldo.

Por Williany Brito
Foto: Jucilene Martins
Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 18.06.2010)

sábado, 19 de junho de 2010

CONHEÇA O ADVERSÁRIO DO BRASIL NESTE DOMINGO

A passagem para a África do Sul foi conseguida com folga,
de forma invicta e com a melhor colheita de pontos


Mesmo com um empate no último jogo, a Costa do Marfim já está se saindo melhor no Mundial da África do que na Copa de 2006. A seleção enfrenta o Brasil hoje, 20, às 15h30 (Brasília) e depois pega a Coréia do Norte no próximo dia 25, às 11horas (Brasília), fechando sua participação na fase de grupos do Mundial.
Para os seguidores da Costa do Marfim, não deve existir pior momento do que o sorteio de uma Copa do Mundo. Em sua estreia, teve que compartilhar o considerado “grupo da morte” com Argentina, Holanda e Sérvia de Montenegro. Já em 2010, outra vez, está tendo que competir na zona mais difícil e enfrentar o Brasil e Portugal. Para o espectador será genial, pois no mesmo grupo estão três das grandes estrelas desta Copa: Kaká (meio-campista do Brasil), Cristiano Ronaldo (atacante de Portugal) e Didier Drogba (atacante da Costa do Marfim).
Se em 2006 a Costa do Marfim foi a única Seleção cuja escala estava formada integralmente por jogadores que atuavam no exterior, agora não é menos diferente. De acordo com a revista Guia Oficial da FIFA, em todas as posições existem valores de destaque nos clubes mais fortes do planeta: Chelsea, Barcelona, Arsenal e Manchester City. A passagem para a África do Sul foi conseguida com folga, de forma invicta e com a melhor colheita de pontos.

OS DESTAQUES
Um dos jogadores dispostos a brigar pelo trono de melhor jogador da Copa do Mundo é Didier Drogba. Com 32 anos, destacou-se no Marsella e está há seis temporadas no Chelsea, com uma média de 20 gols em cada. Em várias ocasiões foi pretendido pelos poderosos Inter, Manchester e Barcelona, porém, o magnata Abramovich não quis soltá-lo.
De notável jogo aéreo, pura potência e um pesadelo para seus marcadores, também se destacam Yayá Touré (Barcelona), seu irmão mais velho Kolo Touré (Manchester City), Salomon Kalou (Chelsea), Emmanuel Eboué (Portsmouth) e Didier Zokora (Sevilla).
O técnico da equipe é o Sven-Goran Eriksson, que pela terceira vez participa da Copa do Mundo. Ele foi consagrado o técnico da Costa do Marfim em março deste ano.
Por Williany Brito
Foto: Reprodução/Folha do Estado
Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 20.06.2010)

SELEÇÃO BRASILEIRA COLECIONA NÚMEROS IMPRESSIONANTES

O Brasil tem o jogador mais novo a vencer uma Copa do Mundo;
Em 1958, Pelé tinha17 anos e oito meses

Mais do que penta, o Brasil é superior em vários aspectos. A Seleção terminou em 1º lugar nas eliminatórias sul-americanas, é o bicampeão vigente da Copa América (2004 e 2007) e também da Copa das Confederações (2005 e 2009). A Seleção brasileira sempre foi cobrada por todos. Isso porque a cada quatro anos o Brasil mostra que é mesmo o país do futebol. Nenhum dos outros 206 filiados à FIFA tem números tão impressionantes quanto os nossos. O FOLHA DO ESTADO mostra esses diferenciais:

• O Brasil é a única seleção que participou de todas as Copas do Mundo;
• O Brasil levantou a taça cinco vezes. Portanto, somos os maiores vencedores da competição, seguidos da Itália, que é tetracampeã;
• O Brasil tem o maior número de vitórias consecutivas. São 11 no total – sete em 2002 e outras quatro em 2006;
• O Brasil tem o melhor artilheiro da competição. Em 2006, o centroavante Ronaldo chegou a 15 gols – e passou o alemão Gerd Müller, que tinha 14;
• O Brasil tem o jogador mais novo a vencer uma Copa do Mundo. Em 1958, Pelé tinha17 anos e oito meses;
• O Brasil foi o primeiro país (e até hoje o único) a vencer uma Copa do Mundo fora do seu continente. Venceu em 1958 na Suécia e repetiu a dose em 2002 na Copa da Coréia do Sul e do Japão.
Por Williany Brito
Foto: Divulgação
MartinsMatéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 20.06.2010)

domingo, 13 de junho de 2010

CURSOS TÉCNICOS POSSIBILITAM INGRESSO MAIS RÁPIDO AO MERCADO

Ter formação profissional aumenta em 48% as chances
de um indivíduo em idade ativa ingressar no mercado de trabalho

Os cursos técnicos se tornaram uma maneira fácil para a inserção no mercado de trabalho


Idades diferentes, mas expectativas parecidas. É assim que podem ser definidas as pessoas que buscam os cursos técnicos. Elas têm algo em comum: querem ser técnicos, se especializar num determinado curso ou setor da economia para depois se encaixar no mercado de trabalho.
“Moda é a bola da vez. O curso é uma novidade no mercado de Feira de Santana, pois isso a expectativa é grande para entrar no mundo do trabalho”, garante a estudante Rose Meire, de 27 anos. “O curso técnico de agroindústria está sendo importante para lapidar o que eu aprendi no de agropecuária. É como se eu fizesse uma faculdade e agora estou na pós-graduação”, compara Vinicius Ribeiro (foto), de 23 anos.
Do total de alunos de nível médio que entre 2003 e 2007 estudaram em escolas técnicas federais, 72% estão empregados. Desses, 65% trabalham em sua área de formação. Os dados foram revelados por uma pesquisa inédita feita pelo Ministério da Educação junto a 2.657 ex-alunos de 130 instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Esses dados aumentam as expectativas de Rose e Vinicius de ingressarem futuramente no mundo do trabalho.
A professora do curso de moda, Dulciana de Souza Lima, garante que o curso técnico é o caminho certo para quem deseja adentrar de forma mais rápida no mercado. “O mercado de Feira de Santana necessita de profissionais na área de moda, por exemplo. Essa é uma oportunidade excelente para se formar em um nível técnico, já que não existe o curso superior nessa área na cidade. Existem pessoas que trabalham aqui na escola que um dia foram alunos e hoje fazem parte do corpo docente”, salienta a professora.

GARANTIA DE EMPREGABILIDADE
Ter formação profissional aumenta em 48% as chances de um indivíduo em idade ativa ingressar no mercado de trabalho. A conclusão é da pesquisa A Educação Profissional e Você no Mercado de Trabalho, feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O trabalho também constatou que os salários daqueles que têm um curso profissionalizante são até 12,94% mais altos e é de 38% a probabilidade de conseguir um trabalho com carteira assinada, em confronto com candidatos com escolaridade inferior.
A pesquisa, do professor Marcelo Neri, da FGV, demonstra ainda que a taxa de ocupação do mercado de trabalho para aqueles que têm qualificação profissional vem crescendo. Isso reflete no número de estudantes matriculados em escolas de educação profissional, que não para de crescer. Nas escolas federais, por exemplo, o número de matrículas de cursos técnicos de nível médio saltou de 79 mil em 2003 para 160 mil no ano passado. Com as novas escolas entrando em funcionamento, esse número vai superar os 250 mil estudantes nos próximos semestres.
O coordenador administrativo de uma distribuidora de remédios em Feira de Santana, Marcio Odailton, diz que a empresa tem funcionário com formação na área técnica e que este é um quesito básico para trabalhar na empresa. “Entre uma pessoa com curso técnico e outra sem, claro que optamos pela qualificação. Mas é preciso salientar que nem todos estão atuando na área de formação”, afirma o coordenador.
Ele afirma, ainda, que há vagas na empresa para indivíduos com nível técnico, mas que o “problema” é achar pessoas qualificadas para ocupar os cargos disponíveis. “Muita gente é demitida durante o mês por não cumprirem suas metas, por isso sobram vagas. Encontrar pessoas qualificadas é mais complicado”, diz.
Por Williany Brito
Fotos: Jucilene Martins
Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 13.06.2010)

CRESCE A PROCURA PELAS ESCOLAS TÉCNICAS EM FEIRA

O curso de eletrotécnica está sendo um dos mais procurados


Quem faz cursos técnicos tem grandes chances de entrar no mercado de trabalho. A procura por profissionais qualificados é tão grande que o número de vagas em escolas públicas de nível técnico deve aumentar. O Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) Portal do Sertão e o Centro de Educação Tecnológica do Estado da Bahia (CETEB), ambos em Feira de Santana, recebem estudantes de todas as idades, formando técnicos para atuar nas mais diversas áreas.
“Se é por aptidão ou sonho, a procura pelas escolas técnicas para se qualificar está crescendo. Isso porque todo mundo almeja encarar o mundo do trabalho com mais qualificação”, afirma Marizelia Silva Santos, vice-diretora e articuladora técnica pedagógica do CETEP Portal do Sertão, antiga Escola Agrotécnica Dr. Francisco Martins da Silva. Os cursos oferecidos são agroindústria, agropecuária, informática, edificações e enfermagem. Segundo Marizelia, todos esses cursos são “bastante” procurados.
De acordo com o diretor do CETEB Áureo de Oliveira Filho, Claudenir Moreira (foto), 70% dos ex-alunos da escola estão empregados. “Eles entram preparados para o mercado de trabalho e já saem inseridos em empresas como Petrobrás e Pirelli. Passar pela escola técnica é abreviar a entrada no mercado”, garante o diretor. A escola oferece 19 cursos, entre eles os mais procurados, atualmente, são eletrotécnica, edificação, enfermagem e segurança do trabalho. Moda, enfermagem e química foram lançados neste ano, mas a procura já começa a crescer, segundo o diretor.
Ele afirma que a maioria das pessoas opta pelo curso técnico para que, depois de formado, possa pagar uma faculdade. “A restrição de vagas em universidades públicas e o valor alto das mensalidades em faculdades particulares são os principais motivos que levam as pessoas buscarem as escolas técnicas. O indivíduo se matricula e ao término do curso quer encontrar logo um emprego para custear a faculdade. É desta forma que a grande maioria pensa ao entrar na escola técnica”, afirma Claudenir.

SEM FAIXA ETÁRIA
Os cursos técnicos se tornaram uma maneira fácil para a inserção no mercado de trabalho. Pessoas de qualquer idade fazem esses cursos, que servem muito bem para o aperfeiçoamento. De acordo com o diretor, desde a criação da escola (1980) aproximadamente 15 mil pessoas se formaram em cursos de nível técnico no CETEB. Hoje, o número de alunos matriculados chegam a 1.535, das mais variadas idades.
“Decidi entrar aqui para me qualificar e saber se me identifico nessa área. Quando terminar o curso, no final do ano, decido se entro ou não numa faculdade. Acredito que o curso técnico está se abrangendo muito, abrindo caminhos para os jovens. Por isso, irei sair mais seguro para abrir meu próprio comércio”, acredita o estudante do curso de técnica em contabilidade Antônio Rafael de Alencar, 20 anos.
“Os cursos das escolas técnicas duram em média dois anos. Não existe um público específico. Estão matriculados aqui na escola pessoas com idades variadas. Vai de 13 aos 55 anos”, salienta a professora do CETEP, Anete Magalhães.

Por Williany Brito
Fotos: Jucilene Martins
Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 13.06.2010)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

ARRAIÁ É EXPECTATIVA DE LUCROS PARA PRODUTORES

Produtores investem em variedades para atrair os consumidores

A poeira começou a levantar ontem na abertura do Arraiá do Comércio. O evento, que tem o objetivo de resgatar, promover e valorizar as tradições juninas, acontece até o dia 17 deste mês. Os produtores rurais presentes no local acreditam que as vendas irão ser ainda melhores que no ano passado.
Licor, amendoim, bolos e canjica fazem parte da gastronomia do Arraiá do Comércio. Eunice Ferreira dos Santos produziu uma mesa recheada de guloseimas juninas. A participação em eventos como este é comum na vida da produtora rural. “Há oito anos faço parte do Arraiá. Mas, sempre participo de outros eventos, como a Expofeira e Semana das Mulheres, realizada na UEFS. Sempre é lucrativo”, conta Eunice.
Sinvaldo dos Santos, que há quatro anos participa do evento, afirma que essa é uma “ótima oportunidade para lucrar”. Ele aposta nos licores cremosos e exóticos. “Morango com maracujá e morango com chocolate foram os mais procurados no ano passado. Neste ano, abasteci o estoque da bebida para não faltar até o término da festa”, garante o produtor.
No meio de bebidas e comidas típicas, sobrou espaço até para o artesanato. Enfeites para o cabelo, chapéu, jogo para banheiro, entre outros artigos de crochê, podem ser encontrados no tabuleiro da produtora rural Lúcia dos Santos. Mas, ela vai além. Quem for durante o dia ao local pode conferir uma variedade de artesanatos. Já à noite, ela vai investir na venda de licores. “Além de gostar do artesanato, lucro com as vendas. Como o movimento ainda é maior à noite, exponho os licores para a venda. Há dez anos faço isso e o retorno sempre é positivo”, diz Lúcia.

IMPORTÂNCIA
Segundo o coordenador do Arraiá do Comércio, Michael Andrei, ganha quem expõe os produtos e ganha a própria comunidade. “O evento fermenta o aquecimento do comércio no centro da cidade, atraindo a comunidade com uma programação temática de qualidade. O Arraiá permite que todas as classes sociais tenham acesso, promovendo a integração campo/cidade, através da propagação de atividades genuinamente rurais (artesanatos, bebidas e comidas típicas da época)”, afirma.
Ele conta que todos os produtores que expõem no evento passaram por um curso com duração de dois dias, no SENAC, sobre “Segurança, manuseio e empreendedorismo”. “Os produtores tiveram a oportunidade de desenvolver novos conhecimentos e aperfeiçoar o seu trabalho”, explica o coordenador.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 10.06.2010)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

MARCHA PARA JESUS PREGA O FIM DO PRECONCEITO

Há 17 anos, a Marcha para Jesus acontece em todos os estados do Brasil. Em Feira de Santana, o evento será realizado nesta quinta-feira (3), às 14 horas. A concentração será na Avenida Getúlio Vargas, em frente à igreja Batista Central, com deslocamento em sentido ao Centro de Abastecimento. A caminhada será finalizada nas proximidades do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC).
A Marcha para Jesus é um evento internacional que chegou ao Brasil em 1993. Em setembro do ano passado, foi oficializada por lei federal de N° 12.025, sancionada pelo Presidente Luis Inácio Lula da Silva. “A Marcha é muito importante para a unidade da Igreja de Cristo, para derrubar as barreiras e os gigantes do preconceito e da religiosidade”, afirma o bispo Ruy Rocha, presidente a Associação de Ministros Evangélicos (AME) Feira. “Espero que haja fortalecimento da igreja evangélica e das orações em prol da cidade”, diz o bispo Roque Hudson, presidente da AME Bahia.
Todos os anos a caminhada atrai crianças, jovens, homens e mulheres. Dois trios elétricos e um palco (no final do percurso) com atrações (como a banda Geração Santa e Pierre Onassis, ex-Vixe Mainha) fazem alegria da caminhada. “Ao som de muito louvor, todos irão seguir em direção ao palco principal montado próximo ao SAC, onde inicia as apresentações de shows Gospel”, conta o pastor Roque.
“Todas as cidades precisavam de uma Marcha para Jesus, onde pessoas oram pedindo proteção a Deus para as nossas famílias e a nossa cidade”, destacou o pastor Ruy. Segundo ele, no evento não há vendas de bebidas alcoólicas, nem problemas de briga ou violência, e “as pessoas saem renovadas espiritualmente”.

Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 02.06.2010)