Os procedimentos de lavagem ajudam na redução dos resíduos
presentes nas superfícies dos alimentos
Na última pesquisa realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ano passado, o pimentão foi o alimento que apresentou o maior índice de irregularidades para resíduos de agrotóxicos, durante o ano de 2008. Mais de 64% das amostras de pimentão, analisadas pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) da entidade, apresentaram problemas. O morango, a uva e a cenoura também apresentaram índices elevados de amostras irregulares, com mais de 30% cada.
“Pesquisa da Anvisa mostra que o residual encontrado nos alimentos, que é invisível, e só vai ser detectado no laboratório, é acumulativo. Uma pessoa que vai sendo exposto ou consumindo esses alimentos em um determinado período, causa uma séries de distúrbios, principalmente o câncer”, explica a nutricionista Cândida da Silva.
Ela cita uma figura conhecida nos meios artísticos, Leandro, da dupla sertaneja Leandro e Leonardo, faleceu vítima de um tipo de câncer comum entre trabalhadores rurais. Foi bastante divulgado que uma das possíveis causa da doença era a exposição a agrotóxicos para extermínio de pragas, no período em que o artista trabalhou em plantações de tomate.
Mas, segundo a nutricionista, é difícil saber ao certo se esse câncer foi detectado pelo uso desses produtos. “Tem que ser a base de pesquisa: quanto tempo ficou exposto, quanto tempo e a quantidade que ingerido determinado alimento, hábitos alimentares. Enfim, envolve uma série de parâmetro para chegar a alguma conclusão nesse sentido”, afirma a nutricionista.
“Pesquisa da Anvisa mostra que o residual encontrado nos alimentos, que é invisível, e só vai ser detectado no laboratório, é acumulativo. Uma pessoa que vai sendo exposto ou consumindo esses alimentos em um determinado período, causa uma séries de distúrbios, principalmente o câncer”, explica a nutricionista Cândida da Silva.
Ela cita uma figura conhecida nos meios artísticos, Leandro, da dupla sertaneja Leandro e Leonardo, faleceu vítima de um tipo de câncer comum entre trabalhadores rurais. Foi bastante divulgado que uma das possíveis causa da doença era a exposição a agrotóxicos para extermínio de pragas, no período em que o artista trabalhou em plantações de tomate.
Mas, segundo a nutricionista, é difícil saber ao certo se esse câncer foi detectado pelo uso desses produtos. “Tem que ser a base de pesquisa: quanto tempo ficou exposto, quanto tempo e a quantidade que ingerido determinado alimento, hábitos alimentares. Enfim, envolve uma série de parâmetro para chegar a alguma conclusão nesse sentido”, afirma a nutricionista.
CUIDADOS
Para reduzir o consumo de agrotóxico em alimentos, o consumidor deve optar por produtos com origem identificada. Essa identificação aumenta o comprometimento dos produtores em relação à qualidade dos alimentos, com adoção de boas práticas agrícolas. Segundo a nutricionista Rosemeiry Barreto, as pessoas devem ter cuidados diários com os alimentos comprados.
“Os procedimentos de lavagem e retirada de cascas e folhas externas de verduras ajudam na redução dos resíduos de agrotóxicos presentes nas superfícies dos alimentos; observar a procedência do fornecedor e fazer visitas aos mesmos; prestar atenção se os alimentos vindos em carros refrigerados; não comprar alimentos que cheguem em carros que não estejam refrigerados. Tem que ter todo cuidado de quem você compra o alimento, se tem idoneidade, se passou pela ANVISA”, orienta a nutricionista .
Segundo as especialistas, é importante, ainda, que a população escolha alimentos da época ou produzidos por métodos de produção integrada (que a princípio recebem carga menor de agrotóxicos). Alimentos orgânicos também são uma boa opção, pois não utilizam produtos químicos para serem produzidos.
PARA
O objetivo do PARA, criado em 2001, é manter a segurança alimentar do consumidor e a saúde do trabalhador rural. O Programa, coordenado pela Anvisa em conjunto com os órgãos de Vigilância Sanitária Estaduais e Municipais, abrange, atualmente, 25 estados e o Distrito Federal.
Em 2008, realizaram coletas em supermercados (de acordo com o plano de amostragem) os estados do Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal. Neste mesmo ano, as ações de ampliação do Programa treinaram os estados de Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima. Os dez estados treinados, mais São Paulo, participarão do PARA em 2009.
A escolha dos itens analisados pelo Programa leva em consideração a importância destes alimentos na cesta básica do brasileiro, o consumo, o uso de agrotóxicos e a distribuição das lavouras pelo território nacional. No último ano, o PARA acompanhou oito novas culturas, até então nunca monitoradas: abacaxi, arroz, cebola, feijão, manga, pimentão, repolho e uva.
O Programa funciona a partir de amostras coletadas pelas vigilâncias sanitárias dos estados e municípios. No último ano, as amostras foram enviadas para análise aos seguintes laboratórios: Instituto Octávio Magalhães (IOM/FUNED/MG), Laboratório Central do Paraná (LACEN/PR) e Instituto Tecnológico de Pernambuco (ITEP), nas quais foram investigadas até 167 diferentes agrotóxicos.
Caso a utilização de agrotóxicos esteja em desacordo com os limites permitidos pela Anvisa, os órgãos responsáveis pelas áreas de agricultura e meio ambiente são acionados para rastrear e solucionar o problema.
Para reduzir o consumo de agrotóxico em alimentos, o consumidor deve optar por produtos com origem identificada. Essa identificação aumenta o comprometimento dos produtores em relação à qualidade dos alimentos, com adoção de boas práticas agrícolas. Segundo a nutricionista Rosemeiry Barreto, as pessoas devem ter cuidados diários com os alimentos comprados.
“Os procedimentos de lavagem e retirada de cascas e folhas externas de verduras ajudam na redução dos resíduos de agrotóxicos presentes nas superfícies dos alimentos; observar a procedência do fornecedor e fazer visitas aos mesmos; prestar atenção se os alimentos vindos em carros refrigerados; não comprar alimentos que cheguem em carros que não estejam refrigerados. Tem que ter todo cuidado de quem você compra o alimento, se tem idoneidade, se passou pela ANVISA”, orienta a nutricionista .
Segundo as especialistas, é importante, ainda, que a população escolha alimentos da época ou produzidos por métodos de produção integrada (que a princípio recebem carga menor de agrotóxicos). Alimentos orgânicos também são uma boa opção, pois não utilizam produtos químicos para serem produzidos.
PARA
O objetivo do PARA, criado em 2001, é manter a segurança alimentar do consumidor e a saúde do trabalhador rural. O Programa, coordenado pela Anvisa em conjunto com os órgãos de Vigilância Sanitária Estaduais e Municipais, abrange, atualmente, 25 estados e o Distrito Federal.
Em 2008, realizaram coletas em supermercados (de acordo com o plano de amostragem) os estados do Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal. Neste mesmo ano, as ações de ampliação do Programa treinaram os estados de Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima. Os dez estados treinados, mais São Paulo, participarão do PARA em 2009.
A escolha dos itens analisados pelo Programa leva em consideração a importância destes alimentos na cesta básica do brasileiro, o consumo, o uso de agrotóxicos e a distribuição das lavouras pelo território nacional. No último ano, o PARA acompanhou oito novas culturas, até então nunca monitoradas: abacaxi, arroz, cebola, feijão, manga, pimentão, repolho e uva.
O Programa funciona a partir de amostras coletadas pelas vigilâncias sanitárias dos estados e municípios. No último ano, as amostras foram enviadas para análise aos seguintes laboratórios: Instituto Octávio Magalhães (IOM/FUNED/MG), Laboratório Central do Paraná (LACEN/PR) e Instituto Tecnológico de Pernambuco (ITEP), nas quais foram investigadas até 167 diferentes agrotóxicos.
Caso a utilização de agrotóxicos esteja em desacordo com os limites permitidos pela Anvisa, os órgãos responsáveis pelas áreas de agricultura e meio ambiente são acionados para rastrear e solucionar o problema.
Por Williany Brito
(Matéria publicada no Jornal Folha do Estado, no dia 10.01.2010)
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