Estudantes precisam de uma oportunidade
para se inserir no mercado de trabalho
Você, que ainda é um jovem, já tentou se projetar para o futuro e imaginar como estará sua carreira profissional daqui a dez ou vinte anos? Com certeza, não passa pela sua cabeça chegar aos 40 anos sem saber o que quer da vida. Por mais rápida que seja, toda experiência pode servir como parâmetro para suas escolhas no campo profissional.
Conhecimento teórico é bastante importante, mas sem a vivência cotidiana em uma organização, em que se colocam em prática tais conhecimentos, o tão esperado sucesso profissional pode demorar mais a chegar.
De acordo com o Centro de Integração Empresa Escola – CIEE, em Feira de Santana, cerca de 9.000 estudantes estão cadastrados na busca por uma vaga de estágio. Sendo que 50% desses são do nível superior. “São estudantes do nível fundamental, médio, técnico e superior que procuram a empresa. A metade dos cadastros é para o nível superior, e a procura maior é na área administrativa”, explica a auxiliar administrativa do CIEE, Adriana Cardoso de Oliveira. Ela salienta que isso decorre por conta da grande demanda de alunos: “Em Feira cresce bastante o número de faculdades que têm o curso de administração”.
Mas, muitos universitários acabam não tendo a mesma sorte. Surgem as dificuldades em conseguir a primeira oportunidade de estágio na área escolhida. É o caso da estudante de letras Denise Nascimento Paulo (22). Ela não esconde sua preferência por estagiar na sua área: “Estou trabalhando no setor administrativo da minha faculdade, enquanto não consigo um estágio como professora. Minha preferência é atuar na minha área, pois estaria colocando em prática tudo que estou aprendendo na universidade”, conta a jovem.
Identificar-se com os valores da empresa diminui bastante a chance de frustração. É apostando suas fichas que a estudante de direito, Daniela Oliveira Machado (24), foi em busca de estágio em sua área. Ela, que após ter feito o cadastro há 15 dias, foi chamada na última quinta-feira (13) para estagiar no Fórum Filinto Bastos. “Esse é meu primeiro estágio, e quero aproveitar essa oportunidade. Sei que a teoria não é suficiente para me tornar uma profissional qualificada. Preciso muito da prática, pois assim aumenta a chance de me tornar uma profissional de sucesso. Sei que, após a faculdade, várias portas serão abertas”, acredita a estudante.
Conhecimento teórico é bastante importante, mas sem a vivência cotidiana em uma organização, em que se colocam em prática tais conhecimentos, o tão esperado sucesso profissional pode demorar mais a chegar.
De acordo com o Centro de Integração Empresa Escola – CIEE, em Feira de Santana, cerca de 9.000 estudantes estão cadastrados na busca por uma vaga de estágio. Sendo que 50% desses são do nível superior. “São estudantes do nível fundamental, médio, técnico e superior que procuram a empresa. A metade dos cadastros é para o nível superior, e a procura maior é na área administrativa”, explica a auxiliar administrativa do CIEE, Adriana Cardoso de Oliveira. Ela salienta que isso decorre por conta da grande demanda de alunos: “Em Feira cresce bastante o número de faculdades que têm o curso de administração”.
Mas, muitos universitários acabam não tendo a mesma sorte. Surgem as dificuldades em conseguir a primeira oportunidade de estágio na área escolhida. É o caso da estudante de letras Denise Nascimento Paulo (22). Ela não esconde sua preferência por estagiar na sua área: “Estou trabalhando no setor administrativo da minha faculdade, enquanto não consigo um estágio como professora. Minha preferência é atuar na minha área, pois estaria colocando em prática tudo que estou aprendendo na universidade”, conta a jovem.
Identificar-se com os valores da empresa diminui bastante a chance de frustração. É apostando suas fichas que a estudante de direito, Daniela Oliveira Machado (24), foi em busca de estágio em sua área. Ela, que após ter feito o cadastro há 15 dias, foi chamada na última quinta-feira (13) para estagiar no Fórum Filinto Bastos. “Esse é meu primeiro estágio, e quero aproveitar essa oportunidade. Sei que a teoria não é suficiente para me tornar uma profissional qualificada. Preciso muito da prática, pois assim aumenta a chance de me tornar uma profissional de sucesso. Sei que, após a faculdade, várias portas serão abertas”, acredita a estudante.
Clique para visualizar os depoimentos dos estudantes
A QUESTÃO É:ESTAGIAR OU NÃO?
Ainda existe outro ponto dessa questão. Nem só de empresas sérias vive o mundo corporativo, por isso, muitos universitários acabam concluindo os estudos sem estar inseridos na área de formação. Vários estudantes falam coisas do tipo: "Não quero ser mão-de-obra barata!", "Não vou estudar tanto para ser um estagiário que só tapa-buraco." Para se evitar problemas assim, devem ser preservados interesses comuns a serem compartilhados entre Universidade, Estagiário e Empresa.
Para o Coordenador do Grupo de Coordenadores de Estagiários e Trainees - GCET, Abraão Dantas dos Santos Junior, cada parte leva o seu quinhão, já que o jovem entra com gás e quer mostrar serviço para a empresa. "Esta, por sua vez, pode se beneficiar não só pela isenção fiscal, mas pelo fato de poder lapidar o estagiário como quiser, pois ele ainda não apresenta vícios. Para a universidade é ótimo também, afinal o que ela quer é ver seu aluno no mercado de trabalho. A preocupação de inserir jovens na ativa inclui-se no aspecto da questão social, já que o maior índice de desemprego no Brasil chega a quase 9% nessa população. Os que estão entre 17 e 20 anos de idade correspondem a 20% desse total, ou seja, dobra o percentual, porque é mesmo difícil ter a primeira oportunidade", explica.
Além dos alunos, as faculdades são as principais beneficiadas com a aceitação dos seus estudantes no mercado de trabalho. “É muito gratificante para a faculdade que o aluno esteja inserido no mercado. O estágio é a oportunidade, é inclusão, é a certeza de que existem vagas. A meta de qualquer instituição de ensino superior é ter seus estudantes e profissionais formados inseridos no mundo do trabalho”, diz o coordenador de estágios da Agência Experimental de Comunicação, Escola de Ideias, da Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana – UNEF.
Segundo ele, o estágio é um momento importante na vida do estudante. “Primeiro, pela oportunidade de ingressar na área desejada; segundo, pela experiência monitorada e de aplicar de forma prática as teorias estudadas; em terceiro, pela certeza de que não vai estar despreparado para o mercado de trabalho e, em quarto, pelo crescimento na auto-estima do estudante”, pontua o coordenador.
PESQUISA
Em junho deste ano, o GCET apresentou uma pesquisa realizada com 61 grandes empresas e 1639 estagiários, cujo principal objetivo foi levantar quais são as melhores práticas de estágio. Alguns números surpreendem: em 34% das empresas pesquisadas, a taxa de efetivação de estagiários é de 50% a 80% e a bolsa-auxílio varia de R$ 800,00 a R$1.300,00, em 64% das empresas ouvidas na pesquisa. Entre os cursos que possuem as melhores oportunidades estão Administração de Empresas, Ciências Econômicas, Ciências Contábeis, Comunicação Social, Direito, Engenharia Elétrica, Engenharia de Produção, Engenharia Química, Psicologia e Sistemas de Informação.
Mas, para dar o pontapé inicial na carreira, não basta receber a informação de que determinada empresa está recrutando estagiários ou trainees, é preciso ter seu currículo avaliado em seleção prévia, fazer testes específicos e participar de dinâmicas de grupo. Nessa etapa, os principais comportamentos avaliados são o trabalho em equipe, a capacidade de comunicação e iniciativa.
E, por que não iniciar a carreira agora mesmo buscando uma vaga de estágio? Fique atento aos cartazes fixados na sua faculdade e vá à luta.
Para o Coordenador do Grupo de Coordenadores de Estagiários e Trainees - GCET, Abraão Dantas dos Santos Junior, cada parte leva o seu quinhão, já que o jovem entra com gás e quer mostrar serviço para a empresa. "Esta, por sua vez, pode se beneficiar não só pela isenção fiscal, mas pelo fato de poder lapidar o estagiário como quiser, pois ele ainda não apresenta vícios. Para a universidade é ótimo também, afinal o que ela quer é ver seu aluno no mercado de trabalho. A preocupação de inserir jovens na ativa inclui-se no aspecto da questão social, já que o maior índice de desemprego no Brasil chega a quase 9% nessa população. Os que estão entre 17 e 20 anos de idade correspondem a 20% desse total, ou seja, dobra o percentual, porque é mesmo difícil ter a primeira oportunidade", explica.
Além dos alunos, as faculdades são as principais beneficiadas com a aceitação dos seus estudantes no mercado de trabalho. “É muito gratificante para a faculdade que o aluno esteja inserido no mercado. O estágio é a oportunidade, é inclusão, é a certeza de que existem vagas. A meta de qualquer instituição de ensino superior é ter seus estudantes e profissionais formados inseridos no mundo do trabalho”, diz o coordenador de estágios da Agência Experimental de Comunicação, Escola de Ideias, da Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana – UNEF.
Segundo ele, o estágio é um momento importante na vida do estudante. “Primeiro, pela oportunidade de ingressar na área desejada; segundo, pela experiência monitorada e de aplicar de forma prática as teorias estudadas; em terceiro, pela certeza de que não vai estar despreparado para o mercado de trabalho e, em quarto, pelo crescimento na auto-estima do estudante”, pontua o coordenador.
PESQUISA
Em junho deste ano, o GCET apresentou uma pesquisa realizada com 61 grandes empresas e 1639 estagiários, cujo principal objetivo foi levantar quais são as melhores práticas de estágio. Alguns números surpreendem: em 34% das empresas pesquisadas, a taxa de efetivação de estagiários é de 50% a 80% e a bolsa-auxílio varia de R$ 800,00 a R$1.300,00, em 64% das empresas ouvidas na pesquisa. Entre os cursos que possuem as melhores oportunidades estão Administração de Empresas, Ciências Econômicas, Ciências Contábeis, Comunicação Social, Direito, Engenharia Elétrica, Engenharia de Produção, Engenharia Química, Psicologia e Sistemas de Informação.
Mas, para dar o pontapé inicial na carreira, não basta receber a informação de que determinada empresa está recrutando estagiários ou trainees, é preciso ter seu currículo avaliado em seleção prévia, fazer testes específicos e participar de dinâmicas de grupo. Nessa etapa, os principais comportamentos avaliados são o trabalho em equipe, a capacidade de comunicação e iniciativa.
E, por que não iniciar a carreira agora mesmo buscando uma vaga de estágio? Fique atento aos cartazes fixados na sua faculdade e vá à luta.
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ESTAGIÁRIO
É o candidato ainda não é formado. No estágio não-obrigatório a bolsa-auxílio que gira em torno de R$ 800,00 a R$ 1000,00 e o vale transporte são compulsórios. Vale-refeição e convênio médico são opcionais. E tem direito ao seguro contra acidentes pessoais. A jornada de trabalho é de seis horas diárias ao estagiário que vem do ensino médio, profissional e superior. O contrato não pode passar de dois anos numa mesma instituição - exceto se o estagiário for deficiente. Após um ano de casa, ele deve gozar de 30 dias de férias remuneradas.
É o candidato ainda não é formado. No estágio não-obrigatório a bolsa-auxílio que gira em torno de R$ 800,00 a R$ 1000,00 e o vale transporte são compulsórios. Vale-refeição e convênio médico são opcionais. E tem direito ao seguro contra acidentes pessoais. A jornada de trabalho é de seis horas diárias ao estagiário que vem do ensino médio, profissional e superior. O contrato não pode passar de dois anos numa mesma instituição - exceto se o estagiário for deficiente. Após um ano de casa, ele deve gozar de 30 dias de férias remuneradas.
TRAINEE
É o profissional recém-formado. Tem contrato conforme a CLT e passa por um treinamento específico para assumir cargos de nível executivo num curto espaço de tempo - em até três anos. Um bom programa numa companhia é aquele em que o estagiário tenha possibilidade de contato com variadas áreas de atuação, favorecendo o crescimento profissional e a construção de um plano de carreira.
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Por Williany Brito
(Matérias publicadas no Jornal Folha do Estado, no dia 16.08.2009)
(Matérias publicadas no Jornal Folha do Estado, no dia 16.08.2009)
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