sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Apesar de reclamar, pais cedem apelo dos filhos e compram mais

A correria da volta as aulas costuma tirar o sono dos pais. Além de gastarem um bom dinheiro com a lista de material escolar, eles têm que enfrentar lojas cheias e gastar sola de sapato para encontrar o melhor preço. Mas, apesar dos valores elevados, os pais ainda atendem às exigências dos filhos, que têm preferências por produtos com cores e detalhes diferentes e são comercializados a preços bem mais altos.
Mochila com rodinhas e suporte para MP4, fichários com estojo e adesivos dos mais variados personagens. Esses são alguns exemplos dos diversos artigos escolares que as lojas apostam para fisgar as crianças. De acordo com o vendedor Ramon Cerqueira, os pais costumam não se importar com o valor dos materiais e optam pelo mais diferente, fazendo a vontade das crianças. "As crianças preferem os objetos com mais detalhes, cores e que estejam estampados personagens, como o homem aranha, por exemplo", conta Ramon.
Para a pequena Karen Dória, o mundo de cadernos sofisticados e com capas de personagens de desenhos é um paraíso. "Gosto de materiais coloridos e com desenhos", afirma a garota que ainda estava em dúvida entre a mochila da Puca e Joile, ambas com preços elevados, comparados com os modelos tradicionais. "Gosto que elas (as filhas) me acompanhem para escolher. Não observo muito o preço, se elas gostam eu compro", conta a advogada Karina Dória, mãe de Karen.
"Ela sempre vai direto às personagens, principalmente a Barbie. Não compro tudo que ela pede, pois costumo ir de acordo com o orçamento, mas sem dispensar a qualidade", diz a dona de casa Lucineide Lopes Albino. Ela confessa que às vezes prevalece a vontade da filha. "Às vezes gosto de fazer as vontades dela, mas sem exagero", salienta.

A LISTA
Entre copos descartáveis e resmas de papel, Lucineide Lopes que tem uma filha pequena matriculado em uma escola particular, irá gastar muito só com as compras dos materiais exigidos pela escola. “Acho isso um absurdo, eles pedem de tudo. Não existe uma criança gastar 20 lápis e o mesmo tanto de borracha durante um ano, apenas. Mas a gente não pode fazer nada: tem que comprar”, reclama.
O Procon alerta os pais que é preciso denunciar os abusos cometidos pelas escolas.
Por: Williany Brito

(Matéria publicada no dia 07.02.2009 no Jornal Folha do Estado.)

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