domingo, 26 de dezembro de 2010

Secretário de Comunicação da Bahia fala sobre a reeleição de Jaques Wagner e as promessas de governo



Robinson Almeida,
secretário de comunicação do governo da Bahia

Durante o programa ACORDA CIDADE desta quarta-feira (6), o secretário de comunicação do governo da Bahia, Robinson Almeida, falou sobre o resultado das eleições 2010, que reelegeu no primeiro turno o governador Jaques Wagner, com 63,83% votos válidos. Ele conversou com o apresentador Dilton Coutinho.

Sobre a política social, o secretário citou os programas criados no governo Jaques Wagner, como "Casa da Gente", “Água Para Todos” e o Topa (Todos Pela Alfabetização). Segundo ele, o somatório das políticas sociais, da parceria com o governo federal e do ambiente mais democrático, fez com que a população tivesse um reconhecimento do trabalho do governador, e depositasse confiança para administrar mais quatro anos.

Confira a entrevista:

Acorda Cidade - A que o senhor atribui a vitória esmagadora do governador Jaques Wagner?

Robinson Almeida (Secretário de Comunicação do Governado) - A Bahia, em 2006, teve um processo de uma nova escola, uma mudança, na forma de governar. Queria mais democracia, escolaridade, um relacionamento mais aberto e um outro foco que era a área social. Então, o governador Jaques Wagner, desde o primeiro dia de seu mandato, estabeleceu como prioridade cuidar da área social. Foram investimentos pesados na área de educação, habitação, saneamento, abastecimento de água, saúde pública porque a Bahia ostentava, e até hoje ostenta, indicadores sociais que não nos alegra. Mas, os programas estruturantes, como o “Água para Todos”, o “Topa” e “Casa da Gente” foram organizados e começaram a entrar em funcionamento na Bahia. As políticas públicas eram, historicamente, sonegadas ao povo baiano. Essa ênfase na área social, combinada a nova forma de governar com democracia, respeito aos prefeitos independente da sua matriz partidária, um relacionamento democrático com todas as instituições, arejaram o ambiente baiano e fez com que a Bahia formasse espaço conhecido por sua diversidade, da alegria que sempre foi.

Alinhado ao presidente Lula, o governador trouxe obras estruturantes para o nosso estado. Algumas em andamento, outras concluídas e outras planejadas. A construção do Hospital da Criança, o maior hospital pediátrico do Brasil, na parceria com o governo federal, foi uma das grandes obras feitas na Bahia. Todos os investimento federais na parceria com os investimentos estaduais teve uma mudança grande nos indicadores sociais, não só na região de Feira, mas na capital, em todo estado.

A.C – Nós temos ainda, e não podemos negar, problemas na segurança, saúde, educação e na infra-estrutura. O governador tem novas propostas para essas áreas?

R.A – Temos problemas sim. Há um buraco muito grande, onde começamos a fechá-lo. O buraco das desigualdades sociais, onde há um trabalho continuo para ser feito por um período longo. O importante agora é que, enquanto no passado as desigualdades sociais se aprofundavam, agora elas reduzem. E isso não é de uma hora para outra, é um investimento de médio a longo prazo.

Na segurança pública, a partir de uma decisão do governador de reestruturar a área (pois ele encontrou muito sucateada, com poucos policiais, com viaturas sem funcionar) e com a implantação de novas tecnologias e um modelo de gestão mais eficiente, os resultados começaram aparecer esse ano. É obvio que o desafio continua, especialmente pela entrada do crack no tecido social, se transformando numa verdadeira epidemia que desorganiza e desestrutura as famílias. Programas inovadores , como “Ronda nos Bairros” (policiamento nos bairros), que Feira de Santana já experimenta, e as grandes cidade, o governador tem o compromisso.

Dois hospitais vão ser transformados em hospitais especializados em acolhimento a usuários de drogas. O governador vai construir novos hospitais regionais e mais 400 postos de saúde. Então, a política de interiorizar o serviço de saúde e aproximar a saúde da população, de qualificar o atendimento vai ter continuidade e isso vai levar que agente, progressivamente, tenha uma melhoria no serviço.

Na educação, o governador vai fazer uma verdadeira revolução no ensino básico para que a gente possa ter respostas lá na base, desde a formação dos estudantes, com 6, 7, anos. Erradicar o analfabetismo da Bahia é outra meta do governador e levar, também, a ampliação do ensino profissionalizante, que já saltou de 4 mil para 40 mil vagas, no primeiro mandato. Agora, o compromisso é dobrar esse contingente, pois a educação é chave de tudo.

A.C – Os hospitais para combater e ajudar as pessoas a se livrarem das drogas vão ser construídos em Salvador?

R.A – Um será em Salvador. onde funciona o Couto Maia, que vai passar a funcionar em Cajazeiras. A unidade vai passar a ser um local de tratamento de usuários de drogas. E, no interior do estado, em Vitória da Conquista, o Afrânio Peixoto, vai servir o mesmo propósito. Além disso, o governador vai ampliar a rede de CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), com parceria com o governo federal para os municípios grandes do interior do estado para que possa colher os usuários de drogas.

A.C – A mudança no secretariado vai ser radical?

R.A - O governador tem dito que ele não vai fazer um novo governo, vai fazer um governo de continuidade. Certamente, ele vai continuar aperfeiçoando todas as áreas e buscando equilibrar um perfil técnico e, também, a composição política. Porque, você sabe, que em uma democracia ninguém pode governar presidindo dos apoios políticos. Essa é a regra do jogo. Agora, o caráter técnico, de capacidade de gerenciar as áreas, sempre serão as primeiras a serem observadas.

A.C – Hoje funciona como Assessoria Geral de Comunicação. O senhor é o assessor de comunicação do governador. Há informações de que pode ganhar status de secretário, ou seja, transformar a assessoria em uma Secretaria de Comunicação. Isso é verdade?

R.A – Nós fizemos aqui na Bahia, de forma pioneira, duas Conferencias Estaduais de Comunicação. Ou seja, fizemos um processo de diálogo com a sociedade, com os profissionais de imprensa (radialistas e jornalistas), professores e estudantes. Essa bandeira de transformar a Agecom numa Secretaria foi uma das principais resoluções nas duas Conferencias. O governador tem o compromisso com essa bandeira. A intenção dele, inclusive, faça essa reforma administrativa e organize essa área de comunicação que é muito importante para a sociedade. A informação é um direito do cidadão e um dever do estado.


Por Williany Brito
Matéria publicada no portal Acorda Cidade no dia 06.10.2010


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